Foram mais de vinte mil
A manifestação dos professores, pela sua dimensão, merecia tratamento diferente daquele que lhe foi dado pelas televisões, em especial a RTP, que, alardeando ser serviço público, tinha a obrigação de se não vergar às regras da sociedade do espectáculo. Mas não, a maior manifestação de sempre protagonizada pelos professores, excedendo largamente o vetusto espectro sindical, foi remetida para a condição de episódio menor, por entre Setúbal (sempre falada pelas piores razões) e o futebol, que a diligente TV pública ministra em pesadas doses.
Pouca importa que a aludida manifestação tenha sido, de longe, o maior protesto com que o governo de Sócrates se viu, até hoje, confrontado. Ou que a revolta dos professores seja a expressão do despotismo iluminado que grassa lá para os lados da 5 de Outubro e que, justiça seja feita, é muito anterior ao consulado da dr.ª Maria de Lurdes Rodrigues. Verdade se diga, que a ministra se tem esforçado por ser digna representante desse mesmo despotismo, ao fazer dos professores o bode expiatório dos males do nosso ensino.
Pouca importa que a aludida manifestação tenha sido, de longe, o maior protesto com que o governo de Sócrates se viu, até hoje, confrontado. Ou que a revolta dos professores seja a expressão do despotismo iluminado que grassa lá para os lados da 5 de Outubro e que, justiça seja feita, é muito anterior ao consulado da dr.ª Maria de Lurdes Rodrigues. Verdade se diga, que a ministra se tem esforçado por ser digna representante desse mesmo despotismo, ao fazer dos professores o bode expiatório dos males do nosso ensino.