Robert Redecker e a liberdade de Expressão
Robert Redecker, professor de filosofia num liceu Toulouse e membro do comité de redacção da revista Les Temps Modernes, tem sido alvo de ameaças de morte por parte de grupos islamistas, na sequência de um artigo, publicado no periódico Le Figaro, em que expressava fortes críticas ao Islão. Por razões de segurança, Robert Redecker deixou mesmo de leccionar e as ameaças estendem-se agora aos membros da sua própria família.
O artigo é de facto polémico e, em parte, injusto, nas considerações acerca do carácter de Maomé (sem a devida contextualização histórica) e na violência intrínseca ao Islão (noutros textos religiosos, do Cristianismo ao Judaísmo, também encontramos passagens que legitimam a violência e o ódio ao Outro; como existem passagens que pregam a paz e o amor o próximo. São as circunstâncias da História que explicam a primazia de algumas correntes de interpretação dos livros sagrados).
Mas é também corajoso, porque nos alerta para a forma como os islamistas estão a colonizar o espaço público, o espaço da Polis:
Islam tries to impose its rules on Europe : opening of public swimming pools at certain hours reserved exclusively for women, ban on caricaturing this religion, demands for special diets for Muslim children in school cafeterias, struggle to impose the veil at school, accusations of Islamophobia against free spirits.
How can one explain the ban on the wearing thongs on Paris-Beaches this summer? The reasoning put forth was bizarre: women wearing thongs would risk “disturbing the peace”. Did this mean that bands of frustrated youths would become violent while being offended by displays of beauty? Or were the authorities scared of Islamist demonstrations by virtue squads near Paris-Beaches?
Referia-se o articulista à proibição, decretada pelo maire de Paris, o socialista Bertrand Delanoë, de “trajes indecentes" (topless, por exemplo) nas "praias" fluviais do Rio Sena e nos parques públicos da cidade, sob o pretexto de garantir a ordem pública.
Poderão ler aqui o artigo da polémica, numa tradução inglesa, porque, lamentavelmente, o Figaro decidiu retirá-lo do seu sítio na internet.
Deixo também o editorial do Le Monde em defesa de Robert Redecker, porque o exercício da liberdade é acima de tudo a aceitação do direito à livre expressão por parte dos que pensam de maneira diferente de nós. Encerrada nas fronteiras da concordância e do “respeitinho”, a liberdade é como uma flor murcha.
Este episódio é mais um indicador de que, na Europa, a Liberdade está sob a ofensiva de uma nova espécie de fascismo, de um fascismo que encontra a sua fonte de legitimação no Islão.
O artigo é de facto polémico e, em parte, injusto, nas considerações acerca do carácter de Maomé (sem a devida contextualização histórica) e na violência intrínseca ao Islão (noutros textos religiosos, do Cristianismo ao Judaísmo, também encontramos passagens que legitimam a violência e o ódio ao Outro; como existem passagens que pregam a paz e o amor o próximo. São as circunstâncias da História que explicam a primazia de algumas correntes de interpretação dos livros sagrados).
Mas é também corajoso, porque nos alerta para a forma como os islamistas estão a colonizar o espaço público, o espaço da Polis:
Islam tries to impose its rules on Europe : opening of public swimming pools at certain hours reserved exclusively for women, ban on caricaturing this religion, demands for special diets for Muslim children in school cafeterias, struggle to impose the veil at school, accusations of Islamophobia against free spirits.
How can one explain the ban on the wearing thongs on Paris-Beaches this summer? The reasoning put forth was bizarre: women wearing thongs would risk “disturbing the peace”. Did this mean that bands of frustrated youths would become violent while being offended by displays of beauty? Or were the authorities scared of Islamist demonstrations by virtue squads near Paris-Beaches?
Referia-se o articulista à proibição, decretada pelo maire de Paris, o socialista Bertrand Delanoë, de “trajes indecentes" (topless, por exemplo) nas "praias" fluviais do Rio Sena e nos parques públicos da cidade, sob o pretexto de garantir a ordem pública.
Poderão ler aqui o artigo da polémica, numa tradução inglesa, porque, lamentavelmente, o Figaro decidiu retirá-lo do seu sítio na internet.
Deixo também o editorial do Le Monde em defesa de Robert Redecker, porque o exercício da liberdade é acima de tudo a aceitação do direito à livre expressão por parte dos que pensam de maneira diferente de nós. Encerrada nas fronteiras da concordância e do “respeitinho”, a liberdade é como uma flor murcha.
Este episódio é mais um indicador de que, na Europa, a Liberdade está sob a ofensiva de uma nova espécie de fascismo, de um fascismo que encontra a sua fonte de legitimação no Islão.