Outros Senhores, Outras Teorias
Usando como base uma citação do post do Luís Marvão, sugeria aos nossos visitantes um pequeno passatempo. Tentem preencher o espaço em branco com o nome do(s) país(es) que mais se adequa(m):
É do domínio da evidência histórica que estes senhores fizeram do(a) ________ um campo privilegiado de experimentação das suas teorias económicas. Campo privilegiado, porque expurgado das impurezas que afectam imaculado reino do mercado ou da “ordem espontânea” em democracia.
Podem procurar pistas para a(s) vossa(s) resposta(s), aqui, aqui, ou aqui.
Espero que com esta entretenga, se tenha tornado mais fácil perceber que usar argumentos que demarcam o território entre os "nossos" ditadores e os "deles", é uma técnica tristemente perseguida pela memória da história. Se o objectivo marxista, assaz religioso, de estabelecer o paraíso proletário na terra, sempre ponderou os meios com os efeitos que se procuram (o verbo está no presente...), já não consigo entender que a liberalização económica possa ser feita atacando a liberalização política, ou não tendo esta como companheira de viagem. Se a livre iniciativa não fôr cerceada, se os direitos de propriedades forem respeitados, se a liberdade contratual sem coercção fôr garantida, não há como impedir as relações entre diferentes indivíduos ou comunidades, ajustando-se num mercado tendencialmente global e procurando aumentar a prosperidade de todos. Essa quebra de barreiras, essa ligação aos diferentes de nós, permite uma aprendizagem por comparação que terá inevitavelmente um inimigo no poder político que tenta restringir essa vontade de aumentar a prosperidade. A criação de limitações à liberdade económica é por isso uma política dos que pretendem limitar a liberdade política. A permissão e protecção da propriedade privada e da liberdade de troca leva à eventual derrocada de qualquer regime político que não respeite os seus cidadãos e os seus naturais direitos - o poder emana destes e deve ter a extensão que a transferância de direitos concedidos permite.
Não há ditadores "nossos"/"deles"; há ditadores que reconhecem a inexorável caminhada para a devolução da responsabilidade política para a livre escolha dos cidadãos (reconhecendo a necessária transitoriedade do seu regime) e outros que recorrem aos meios que o estado totalitário põe ao seu dispôr para se colocarem em "estado de guerra" com os seus concidadãos, tentando manter o absolutismo das suas teorias - as económicas incluídas.
Espero que com esta entretenga, se tenha tornado mais fácil perceber que usar argumentos que demarcam o território entre os "nossos" ditadores e os "deles", é uma técnica tristemente perseguida pela memória da história. Se o objectivo marxista, assaz religioso, de estabelecer o paraíso proletário na terra, sempre ponderou os meios com os efeitos que se procuram (o verbo está no presente...), já não consigo entender que a liberalização económica possa ser feita atacando a liberalização política, ou não tendo esta como companheira de viagem. Se a livre iniciativa não fôr cerceada, se os direitos de propriedades forem respeitados, se a liberdade contratual sem coercção fôr garantida, não há como impedir as relações entre diferentes indivíduos ou comunidades, ajustando-se num mercado tendencialmente global e procurando aumentar a prosperidade de todos. Essa quebra de barreiras, essa ligação aos diferentes de nós, permite uma aprendizagem por comparação que terá inevitavelmente um inimigo no poder político que tenta restringir essa vontade de aumentar a prosperidade. A criação de limitações à liberdade económica é por isso uma política dos que pretendem limitar a liberdade política. A permissão e protecção da propriedade privada e da liberdade de troca leva à eventual derrocada de qualquer regime político que não respeite os seus cidadãos e os seus naturais direitos - o poder emana destes e deve ter a extensão que a transferância de direitos concedidos permite.
Não há ditadores "nossos"/"deles"; há ditadores que reconhecem a inexorável caminhada para a devolução da responsabilidade política para a livre escolha dos cidadãos (reconhecendo a necessária transitoriedade do seu regime) e outros que recorrem aos meios que o estado totalitário põe ao seu dispôr para se colocarem em "estado de guerra" com os seus concidadãos, tentando manter o absolutismo das suas teorias - as económicas incluídas.