quarta-feira, janeiro 10, 2007

Pergunta e dúvidas - III

Porque é que se considera que terminar o processo de evolução de um feto humano após as 10 semanas é o limite para separar uma acusação criminal, ligada à eliminação de uma vida humana, e a boa consciência de que assim estamos a respeitar os direitos das mulheres?
O que é que acontece de tão extraordinário alguns segundos/minutos/horas/dias depois da marca das 10 semanas?
Vai haver cronómetros nos "estabelecimentos de saúde legalmente autorizados", para verificar se uma IVG feita à última hora das 10 semans não se transforma num crime ou num grave peso moral para a sociedade que permitiu que o processo se iniciasse minutos antes?

Porque é que se deve aceitar a IVG em casos de violação? Acaso os direitos do feto mudam por ter sido concebido durante um acto sexual não consentido? O que separa os direitos desses fetos e dessas mulheres dos que resultam de sexo mutuamente consentido? Porque não se ouve os defensores do "Não" a pugnar pela proibição e criminalização absoluta do aborto (ou estarei menos atento...)? Há abortos menos imorais que outros?

Em caso de a gravidez resultar de sexo mutuamente consentido, poderá o pai opôr-se eficazmente à eliminação da vida do seu filho? Ou só as mulheres têm direito absoluto ao seu corpo e a decidirem sobre as consequências e resultados da sua prática sexual?