sexta-feira, fevereiro 16, 2007

Aconselhamento e obrigatoriedade não rimam

Está à vista de todos a cultura democrática dos partidários do Não.
Por entre apelos ao Presidente da República para que não promulgue a futura lei por esta atentar contra a vida e nessa medida ser inconstitucional (ao que isto chegou), passando pelo Cavalo de Tróia do aconselhamento obrigatório, não escondem senão a vontade de embargar a consulta popular de 11 de Fevereiro; a vontade de continuar a tutelar as consciências.
Não disfarçam o mal perder e exprimem acima de tudo intolerância, ao persistirem nas acusações de homicídio e demais terrorismo verbal...
Verter para a nova lei os contributos destas luminárias? Não, obrigado.
Fez muito bem o deputado socialista Alberto Martins, em dizer que o aconselhamento não será obrigatório, pois caso contrário assistiríamos a um remake das comissões de ética dos hospitais, responsáveis pela abortamento da lei de 84, que não teve latitude de aplicação.
Do referendo não podemos extrair outro entendimento, senão o de que a mulher decide até às dez semanas. Qualquer modelo de aconselhamento, que subverta esse princípio, está desvirtuar a vontade dos eleitores.


P.S. Bem mais moderada a posição da hierarquia da Igreja, expressa hoje em comunicado.