Fontão de Carvalho não se demite
Fontão de Carvalho, vice-presidente da Câmara Municipal, constituído arguido por indício de peculato, insiste porém em manter-se em funções no executivo camarário.
O comportamento do autarca em nada nos deve espantar, pois inscreve-se dentro da norma ou daquilo que é a prática política deste país: raramente os actores políticos assumem a renúncia voluntária aos cargos em exercício, quando sobre eles recaem graves acusações. A demissão, a acontecer, é quase sempre por imposição do partido ou do presidente, ou então é travestida de uma qualquer “substituição” ou “remodelação”.
Não existe entre nós uma ética da responsabilidade, a decisão de voluntariamente nos demitirmos quando sobre nós graves impendem graves suspeitas, lesivas da credibilidade das instituições que representamos, raramente é vista como um gesto nobre. Com isso perde a política. Estamos, infelizmente, longe do exemplo anglo-saxónico.
Regressando a Fontão de Carvalho, as razões por este invocadas, em particular a da omissão da sua condição arguido, seriam do domínio do risível, não fosse a gravidade do caso.
Aperta-se pois o cerco ao executivo de Carmona Rodrigues, o espectro da dissolução é cada vez mais real.
O comportamento do autarca em nada nos deve espantar, pois inscreve-se dentro da norma ou daquilo que é a prática política deste país: raramente os actores políticos assumem a renúncia voluntária aos cargos em exercício, quando sobre eles recaem graves acusações. A demissão, a acontecer, é quase sempre por imposição do partido ou do presidente, ou então é travestida de uma qualquer “substituição” ou “remodelação”.
Não existe entre nós uma ética da responsabilidade, a decisão de voluntariamente nos demitirmos quando sobre nós graves impendem graves suspeitas, lesivas da credibilidade das instituições que representamos, raramente é vista como um gesto nobre. Com isso perde a política. Estamos, infelizmente, longe do exemplo anglo-saxónico.
Regressando a Fontão de Carvalho, as razões por este invocadas, em particular a da omissão da sua condição arguido, seriam do domínio do risível, não fosse a gravidade do caso.
Aperta-se pois o cerco ao executivo de Carmona Rodrigues, o espectro da dissolução é cada vez mais real.