terça-feira, março 27, 2007

Confrangedor

No domingo passado, terminou um concurso televisivo que decorreu na RTP.
A ideia era pagar para votar no que cada um dos pagantes do voto considerava o maior português.
Confesso que me ri e bem.
Não só pela votação, devidamente auditada (só gostava de saber quanto é que isto tudo custou à RTP), que António Salazar obteve, mas também por ser seguido a alguma distância por outro ilustre amigo da liberdade, Álvaro Cunhal.
Mas deixei de rir quando comecei a aperceber-me que havia, naquele estúdio, um ser humano que começava a dar mostras de alguma perturbação emocional.

Estou a falar de Odete Santos.

Nas últimas aparições na TV, esta setubalense e deputada do PCP, tem mostrado alguns problemas de comunicação e de perturbação quando tenta contra-argumentar, quando tenta participar numa discussão.
Desta vez a coisa foi um pouco mais longe e a senhora esteve à beira de uma ataque de histerismo. O ponto mínimo foi atingido, quando, já quase deitada na cadeira, começou a mexer na camisa que trazia, a puxar o cabo do microfone (que saltou), quando exibiu perante o país a sua escolha de lingerie, vísivel desde o pescoço à cintura.
Aí está uma imagem a que eu gostaria de ter sido poupado.

Sinceramente, não compreendo porque insitem os produtores televisivos a convidá-la. O discurso é bastante incoerente, bastas vezes ironizado pelos outros convidados. Não haverá no PCP quem saiba melhor comunicar, explicar as posições do partido (é disso também que se trata - Odete Santos nunca apresentou um ideia individual, como ela fez questão de recordar, ela representa a unicidade de pensamento do PCP)?
Não interessa aos produtores televisivos que essa mensagem seja perceptível? Interessa-lhes mais o, por vezes triste, desempenho que Odete Santos proporciona, a exibição da emoção que sempre coloca no que diz, mesmo quando diz as maiores barbaridades (por exemplo, quando fala de economia)?

Talvez pudesse haver mais respeito, afinal trata-se de uma senhora e já com uma idade que merece mais reverência. Se ela não tem consciência dos seus desempenhos, alguém que seja honesto e lho diga.
Nada me divertirá, assistir a mais momentos destes.