Muito pouco nacionalistas
Hoje de manhã, ao ver as notícias na TV, vi uma reportagem sobre a chegada ao tribunal dos membros de uma "organização nacionalista", aparentemente detidos por delito de opinião (é verdade: isso existe em Portugal) e por posse de armas.
À chegada das viaturas que os traziam, alguns amigos ou camaradas de ideais, gritaram o seu apoio. Entre as várias frases, ficou-me uma: "Viva o Hitler, seus filhos da puta!".
A mim fazem-me um pouco de espécie, estes nacionalistas.
Além de no plano político e filosófico estarem nos antípodas do liberalismo que defendo (tanto económico, como das ideias e dos direitos individuais), encontro-lhes uma contradição que me parece um pouco bizarra.
Porquê este culto a um austríaco (ok, também tenho particular interesse por alguns austríacos), que se tornou alemão, invadiu e subjugou o seu país natal, preconizava a supremacia dos arianos puros e a eliminação de outros seres humanos que não se encaixavam nesta pureza geradora de uma raça de super-homens?
Acaso estes nacionalistas se deram conta do seu caldeirão genético: fenícios, lusitanos, romanos, germanos, magrebinos, judeus, cristãos e muçulmanos - esqueci-me de alguém?
Terão eles ponderado que considerações teceria o guia nacional-socialista (às vezes esta última palavra é esquecida) sobre estes tugas, baixotes, morenos, de olhos e cabelos castanhos?
À chegada das viaturas que os traziam, alguns amigos ou camaradas de ideais, gritaram o seu apoio. Entre as várias frases, ficou-me uma: "Viva o Hitler, seus filhos da puta!".
A mim fazem-me um pouco de espécie, estes nacionalistas.
Além de no plano político e filosófico estarem nos antípodas do liberalismo que defendo (tanto económico, como das ideias e dos direitos individuais), encontro-lhes uma contradição que me parece um pouco bizarra.
Porquê este culto a um austríaco (ok, também tenho particular interesse por alguns austríacos), que se tornou alemão, invadiu e subjugou o seu país natal, preconizava a supremacia dos arianos puros e a eliminação de outros seres humanos que não se encaixavam nesta pureza geradora de uma raça de super-homens?
Acaso estes nacionalistas se deram conta do seu caldeirão genético: fenícios, lusitanos, romanos, germanos, magrebinos, judeus, cristãos e muçulmanos - esqueci-me de alguém?
Terão eles ponderado que considerações teceria o guia nacional-socialista (às vezes esta última palavra é esquecida) sobre estes tugas, baixotes, morenos, de olhos e cabelos castanhos?