Perplexidades
É a machete do Diário de Notícias de hoje, os jovens libertários, que na passada Quarta-feira, 25 de Abril, se manifestavam contra o fascismo, pretendiam atacar a sede do Partido Nacional de Renovador (PNR).
Para quem não raro vê estes jovens anarcas nas imediações do Chiado, custa acreditar em semelhante estória. É que não vejo neles o culto do corpo e da violência comum noutras paragens do espectro político; pelo menos em Portugal. Como poderiam eles enfrentar os skinheads, que como sabemos engrossam as fileiras do PNR? Mas bem, o DN já não é o que era, agora o sensacionalismo é quem mais ordena... Nos outros medias mais institucionais, a versão da polícia tem assumido primazia.
Mas parece que o pecado dos jovens foi o de terem graffitado umas montras de bancos. Será que tal delito justifica tão grande aparato policial? Intervenção tão desproporcionado que não poupou sequer alguns inocentes transeuntes? É que não consta que seja crime ser filiado em movimento anarcolibertário.
Deixo a versão do Indymedia:
Mais tarde, após uma manifestação contra o fascismo (quer o “oficial”, da extrema-direita, quer o “não-oficial” do sistema social e económico) – que decorreu pacificamente, sem quaisquer incidentes –, a PSP decidiu cercar cerca de 50 pessoas, que desmobilizavam em grupo. Conforme um relato publicado “Na altura em que estavam os manifestantes a alcançar as escadas por de baixo do elevador de Sta Justa (a meio da Calçada), começaram eles -manifestantes- a fazer meia volta e a correr calçada acima. Alguém os avisou que tinham sido encurralados. E assim foi. Carrinhas com polícias de choque às largas dezenas desceram em grande velocidade o Chiado, selando o alto da rua do Carmo, enquanto outras com igual força e os referidos polícias de choque subiam a rua do Carmo. Estes últimos desceram imediatamente dos carros, ainda antes destes travarem e começaram a correr em direcção aos manifestantes, agredindo-os à bastonada enquanto estes tentavam escapar desesperadamente. Os que estavam perto, meros espectadores ou pessoas que acompanharam o cortejo de lado, ficaram também encurralados (...). Vi polícias em grupos de cinco ou mais «dar caça» na baixa a manifestantes ou outras pessoas. Uma rapariga que ia a fugir, estava diante da Pastelaria Suiça, quando foi agredida, imobilizada no chão e arrastada sob prisão a 500 metros de distância para ser encurralada nos carros celulares. O mesmo passou-se com outros (eles não fizeram nenhum gesto agressivo, a fuga era para os polícias o «motivo» para perseguirem e baterem selvaticamente nessas pessoas).
Para quem não raro vê estes jovens anarcas nas imediações do Chiado, custa acreditar em semelhante estória. É que não vejo neles o culto do corpo e da violência comum noutras paragens do espectro político; pelo menos em Portugal. Como poderiam eles enfrentar os skinheads, que como sabemos engrossam as fileiras do PNR? Mas bem, o DN já não é o que era, agora o sensacionalismo é quem mais ordena... Nos outros medias mais institucionais, a versão da polícia tem assumido primazia.
Mas parece que o pecado dos jovens foi o de terem graffitado umas montras de bancos. Será que tal delito justifica tão grande aparato policial? Intervenção tão desproporcionado que não poupou sequer alguns inocentes transeuntes? É que não consta que seja crime ser filiado em movimento anarcolibertário.
Deixo a versão do Indymedia:
Mais tarde, após uma manifestação contra o fascismo (quer o “oficial”, da extrema-direita, quer o “não-oficial” do sistema social e económico) – que decorreu pacificamente, sem quaisquer incidentes –, a PSP decidiu cercar cerca de 50 pessoas, que desmobilizavam em grupo. Conforme um relato publicado “Na altura em que estavam os manifestantes a alcançar as escadas por de baixo do elevador de Sta Justa (a meio da Calçada), começaram eles -manifestantes- a fazer meia volta e a correr calçada acima. Alguém os avisou que tinham sido encurralados. E assim foi. Carrinhas com polícias de choque às largas dezenas desceram em grande velocidade o Chiado, selando o alto da rua do Carmo, enquanto outras com igual força e os referidos polícias de choque subiam a rua do Carmo. Estes últimos desceram imediatamente dos carros, ainda antes destes travarem e começaram a correr em direcção aos manifestantes, agredindo-os à bastonada enquanto estes tentavam escapar desesperadamente. Os que estavam perto, meros espectadores ou pessoas que acompanharam o cortejo de lado, ficaram também encurralados (...). Vi polícias em grupos de cinco ou mais «dar caça» na baixa a manifestantes ou outras pessoas. Uma rapariga que ia a fugir, estava diante da Pastelaria Suiça, quando foi agredida, imobilizada no chão e arrastada sob prisão a 500 metros de distância para ser encurralada nos carros celulares. O mesmo passou-se com outros (eles não fizeram nenhum gesto agressivo, a fuga era para os polícias o «motivo» para perseguirem e baterem selvaticamente nessas pessoas).
Ver também o Expresso.