As intercalares de Lisboa
António Costa venceu as intercalares da Lisboa, mas ficou longe, muito longe, da maioria absoluta. Do resultado obtido por António Costa, podemos tirar ilações, quer a nível local, quer a nível nacional.
Para um peso pesado do governo, esta vitória tem de se considerar modesta. Porque António Costa ficou-se por um resultado abaixo dos trinta por cento, somente seis vereadores, o que o obrigará a fazer acordos pontuais com as restantes forças que estarão representadas no elenco governativo da cidade (a não ser que formalize uma aliança com a lista de Carmona, o que seria a todos os títulos escandaloso). Porque se previa a débâcle da direita nestas eleições e o partido socialista nelas empenhou a sua principal figura do governo, aquele que era talvez o seu ministro politicamente mais prestigiado.
A elevada abstenção foi o traço mais marcante destas eleições. Atrever-me-ia a dizer que entre os eleitores a descrença está instalada, que tudo permanecerá na mesma, no que toca ao governo da cidade. Mas esta abstenção diz-nos também algo sobre a popularidade do governo socialista, que está em queda; são evidentes os sinais de erosão.
Neste quadro de desmobilização dos eleitores, as listas de dissidentes/independentes saíram-se muito bem, enquanto comunistas e bolquistas conseguiram segurar as suas posições. Já o CDS ficou fora da vereação, o que representa o primeiro revés de Paulo Portas, desde que assumiu a presidência do partido.
P.S. O aparelho socialista quis brindar-nos com uma manifestação de terceiro-mundismo. No Átrio do Hotel Altlis, um grupo de militantes de Cabeceiras de Basto dava cor à vitória de Costa. Ao menos, espera-se que não tenham também votado nestas eleições.
Para um peso pesado do governo, esta vitória tem de se considerar modesta. Porque António Costa ficou-se por um resultado abaixo dos trinta por cento, somente seis vereadores, o que o obrigará a fazer acordos pontuais com as restantes forças que estarão representadas no elenco governativo da cidade (a não ser que formalize uma aliança com a lista de Carmona, o que seria a todos os títulos escandaloso). Porque se previa a débâcle da direita nestas eleições e o partido socialista nelas empenhou a sua principal figura do governo, aquele que era talvez o seu ministro politicamente mais prestigiado.
A elevada abstenção foi o traço mais marcante destas eleições. Atrever-me-ia a dizer que entre os eleitores a descrença está instalada, que tudo permanecerá na mesma, no que toca ao governo da cidade. Mas esta abstenção diz-nos também algo sobre a popularidade do governo socialista, que está em queda; são evidentes os sinais de erosão.
Neste quadro de desmobilização dos eleitores, as listas de dissidentes/independentes saíram-se muito bem, enquanto comunistas e bolquistas conseguiram segurar as suas posições. Já o CDS ficou fora da vereação, o que representa o primeiro revés de Paulo Portas, desde que assumiu a presidência do partido.
P.S. O aparelho socialista quis brindar-nos com uma manifestação de terceiro-mundismo. No Átrio do Hotel Altlis, um grupo de militantes de Cabeceiras de Basto dava cor à vitória de Costa. Ao menos, espera-se que não tenham também votado nestas eleições.