Então porque não experimentam.?
No DD:
De acordo com dados do Observatório da Avaliação de Desempenho, órgão criado pela Federação Nacional dos Sindicatos da Educação e pelo Instituto Superior de Educação e Trabalho, apenas 26 por cento dos inquiridos continuariam a escolher a profissão de professor.
Ou seja, 74% dos professores inquiridos (segundo a notícia foram 1.100) preferiam ganhar a vida de outra forma. Também diz a notícia que 81% dos inquiridos preferia pedir a aposentação mesmo sofrendo penalizações.
Resumindo: apenas 19% dos 1.100 inquiridos gostariam de continuar activos como professores.
Se isto não é um indicador do mercado (se os restantes insurgentes me perdoam o abuso da expressão) não sei o que será. Seria de esperar uma redução astronómica do número de candidatos aos concursos de colocação bem como a redução a zero das candidaturas a cursos universitários que formassem professores.
Mas não será isso que acontecerá.
Porquê?
Porque os inquiridos estão a ser, digamos, menos fiéis às suas reais intenções (não estão a ser obrigados a pôr “o dinheiro onde a boca está”) e porque o aconchego de ser funcionário público é cada vez mais desejado e estimado no contexto actual do mercado de trabalho.
Quando voltar a época das candidaturas universitárias e dos concursos estatais de colocação de professores, lembremo-nos deste inquérito.
Já colocado no Insurgente.