Manuel Alegre
Manuel Alegre ainda não apresentou a sua candidatura à Presidência da República, apenas disse que era candidato, ”que a democracia não podia ficar refém dos partidos”, esses espaços kafkianos por excelência.
Surge, com a aura dos puros, a vituperar a partidocracia vigente, em particular o directório socialista que tão insidiosamente preparou a candidatura de Soares: temos então o idealista, vítima das malhas que a burocracia partidária tece.
Há aqui muito de esquizofrenia, mas de uma esquizofrenia que traz dividendos políticos: Alegre é a um tempo o militante de longa data do partido socialista e o político anti-sistema em deriva populista.
Não se percebe o sentido desta candidatura anunciada, até agora nem uma ideia para o país que não a velha retórica republicana e antifascista. Fora isso, há um imenso vácuo.
Terá sido o despeito a mover Alegre?
Surge, com a aura dos puros, a vituperar a partidocracia vigente, em particular o directório socialista que tão insidiosamente preparou a candidatura de Soares: temos então o idealista, vítima das malhas que a burocracia partidária tece.
Há aqui muito de esquizofrenia, mas de uma esquizofrenia que traz dividendos políticos: Alegre é a um tempo o militante de longa data do partido socialista e o político anti-sistema em deriva populista.
Não se percebe o sentido desta candidatura anunciada, até agora nem uma ideia para o país que não a velha retórica republicana e antifascista. Fora isso, há um imenso vácuo.
Terá sido o despeito a mover Alegre?
É uma pena o rumo tomado por Manuel Alegre, personalidade que aprendi a admirar e na qual esperava rever-me, no que toca às eleições presidenciais. Mas face a esta arrogância moral eivada de populismo, sou obgrigado a inflectir caminho.