Mais um
Foi um ano em constantes mudanças, um recordar que planear o futuro é uma ciência mais intuitiva que a simples leitura de padrões passados.
A continuação que o ínicio do ano apontava, logo se transformou em sinais de alarme para os fogos que, de forma invísivel, já estavam ateados. Muitos foram apanhados desprevenidos mas uns quantos há muito tinham identificado as condições incendiárias que um dia haveriam de atear os fogos. A era do crédito fácil, encorajado pelo populismo político ignorante (devidamente aconselhado pelos teóricos do direito social à repartição da riqueza), gerou um exército de gestores desejosos de ganhar na margem com os volumes crescentes que geriam. Agora é díficil explicar ao Povo que afinal não podem, não devem, viver da riqueza alheia, aquela que lhes é prometida pelo crédito facilitado pela abundância monetária (e respectivas taxas de juro) e pela subsidização da indolência e da irresponsabilidade pessoal promovida pelos impostos cobrados.
Pessoalmente, 2007 tinha sido um ano de viragem significativa. O ano de 2008 veio recordar-me que nada é garantido, que a permanência e o descanso sobre o "status quo" de um determinado dia é transitório. Para o mal mas sei que também para o bem. Resta-me continuar a fazer aquilo que sempre fiz: planear para os dias de chuva e esperar que afinal os dias de sol sejam em maioria.
Por falar em sol e chuva: a minha estrutura física e o meu sistema respiratório não se dão nada bem com o frio e o enregelamentos madrugadores a que uma vida proletária suburbana me obriga. Gostaria, pois, de lavrar o meu protesto contra os que andam por aí a prometer paraísos de aquecimento global quando 2008 foi prova de um esfriamento generalizado. Será que a geração que há 20/30 anos previa o cataclismo de uma nova idade do gelo estaria assim tão errada?
Termino com os meus votos para 2009. Pelos vistos vão ser 3. E nesta altura ainda não sei em quem nem no quê. Apenas admito fazer mais barulho que o habitual contra a cambada de mentirosos que para aí anda (e respectivos acólitos), adversários dissimulados da Liberdade e todos os que continuam a procurar para si e para a sua clientela as rendas que sabem poder extrair do controlo político gerado pelo voto democrático.
De resto, tentem sobreviver mais 365 dias, pensem por vocês, em vocês e nos que vos são queridos. E deixem os outros viver a vida na Liberdade que todos queremos para nós próprios.
Eu espero continuar (mais...) por aqui.