Democracia Local IV -A Obra/Projecto Urbanístico/Imobiliário
Falo de projectos urbanísticos/ imobiliários que, pelo seu impacte profundo na vivência dos munícipes, faria todo o sentido escrutinar melhor. Falo de obras que pela sua dimensão e natureza estruturante mereceriam uma discussão alargada e outras formas de escrutínio. Que não podem ficar confinadas aos executivos camarários nem aos especialistas. Porque é perigoso deixar aos especialistas o governo das coisas e dos homens, a história do último século aí está para prová-lo.
A política é o lugar das escolhas que vão além dos critérios de natureza técnico-científica. E, no poder local, os critérios de natureza técnica são muitas vezes brandidos para despolitizar o debate sobre as escolhas públicas. Para obscurecer o político, fazendo recuar o espaço da cidadania.
Tais projectos são, muitas vezes, afirmados como um imperativo categórico, espécie de uma única via sem a qual não há futuro para a cidade e o concelho. Assim se procura de deslegitimar a crítica democrática e as escolhas políticas que lhe subjazem. É como se a esquerda e a direita se diluíssem perante a força opressiva da obra ou do projecto imobiliário que vem sempre bem acompanhado da noção de utilidade pública. Ora, isso é o pior que pode acontecer à democracia local que acabará por se tornar mero simulacro. Ou refém dos interesses do betão.
A política é o lugar das escolhas que vão além dos critérios de natureza técnico-científica. E, no poder local, os critérios de natureza técnica são muitas vezes brandidos para despolitizar o debate sobre as escolhas públicas. Para obscurecer o político, fazendo recuar o espaço da cidadania.
Tais projectos são, muitas vezes, afirmados como um imperativo categórico, espécie de uma única via sem a qual não há futuro para a cidade e o concelho. Assim se procura de deslegitimar a crítica democrática e as escolhas políticas que lhe subjazem. É como se a esquerda e a direita se diluíssem perante a força opressiva da obra ou do projecto imobiliário que vem sempre bem acompanhado da noção de utilidade pública. Ora, isso é o pior que pode acontecer à democracia local que acabará por se tornar mero simulacro. Ou refém dos interesses do betão.