O Presidente, as Escutas e o Público
Ao demitir o seu assessor, o Presidente da República lançou ainda mais sombras sobre o caso das escutas a Belém. Ao não falar ao país, fica cada vez mais associado ao clima de intriga política que tem assolado a campanha eleitoral.
Está história espelha, porém, o clima de desconfiança, de surdez, que existe entre Belém e São Bento. Entre o Presidente da República e o primeiro-ministro. O primeiro-ministro de um governo belicoso.
Já sobre o PÚBLICO, muitos querem lançar o seu director, José Manuel Fernandes, na fogueira, qual bode expiatório em todo este processo. Não me quero arvorar em advogado de defesa deste impenitente neoconservador, mas não deixo de sustentar que o director do PÚBLICO agiu dentro da ética jornalística: um presidente que suspeita de que está a ser ilicitamente escutado é notícia em qualquer parte do mundo. Pelo menos do mundo onde a imprensa é livre.
Onde o PÚBLICO falhou foi na protecção das fontes. È por causa disso que o jornal e o seu director saem fragilizados. É por causa disso que o PÚBLICO deve esclarecimentos aos seus leitores.
Está história espelha, porém, o clima de desconfiança, de surdez, que existe entre Belém e São Bento. Entre o Presidente da República e o primeiro-ministro. O primeiro-ministro de um governo belicoso.
Já sobre o PÚBLICO, muitos querem lançar o seu director, José Manuel Fernandes, na fogueira, qual bode expiatório em todo este processo. Não me quero arvorar em advogado de defesa deste impenitente neoconservador, mas não deixo de sustentar que o director do PÚBLICO agiu dentro da ética jornalística: um presidente que suspeita de que está a ser ilicitamente escutado é notícia em qualquer parte do mundo. Pelo menos do mundo onde a imprensa é livre.
Onde o PÚBLICO falhou foi na protecção das fontes. È por causa disso que o jornal e o seu director saem fragilizados. É por causa disso que o PÚBLICO deve esclarecimentos aos seus leitores.