Legislativas/Impressões
Se olharmos os resultados destas legislativas pelo prisma das eleições europeias de Junho, e com a crise mundial em pano de fundo, é indubitável que o PS teve um resultado positivo, pois recolheu o maior número de votos e de mandatos. Ficou, no entanto, muito aquém da maioria absoluta, perdendo à volta de duas dezenas de mandatos em relação às legislativas de 2005.
Inversamente, O PSD foi o grande derrotado desta noite eleitoral, com uma votação pouco acima da obtida há quatro anos, então considerada humilhante. O partido social-democrata e a sua líder, Manuela Ferreira Leite, não conseguiram capitalizar o bom resultado das europeias, nem o desgaste do governo de Sócrates.
Os que mais souberam captar o descontentamento do eleitorado foram o CDS, grande surpresa e em termos relativos o vencedor destas eleições, e o BE, que duplica o número de mandatos na assembleia, superando o meio milhão de votos. No entanto, o progresso eleitoral do bloco fica ensombrado pelo resultado do CDS: é o partido de Paulo Portas que, se associar os seus eleitos aos do PS, consegue formar a maioria absoluta de mandatos. Nesse sentido, a capacidade de o bloco influenciar a governação socialista sai diminuída. Além disso, a soma dos deputados do CDS e do PSD excede o número de mandatos socialistas na futura assembleia. Mérito da campanha de Paulo Portas. Mérito de um político que ilude as sondagens, não se deixando por elas escravizar.
Resta a CDU, que também avança (tem mais um deputado,um crescimento de mais de treze mil votos). Mas foi avanço tímido, em tempo de crise económica e de crescimento do desemprego. Por que razão progride tão pouco a CDU num contexto como este? Uma questão central para os comunistas.
Há uma maioria de esquerda na assembleia, mas muita crispação entre as formações políticas que se reclamam desse ideário. Desejável seria um governo de esquerda plural, mas o espectro é o de uma governação à Guterres.
Inversamente, O PSD foi o grande derrotado desta noite eleitoral, com uma votação pouco acima da obtida há quatro anos, então considerada humilhante. O partido social-democrata e a sua líder, Manuela Ferreira Leite, não conseguiram capitalizar o bom resultado das europeias, nem o desgaste do governo de Sócrates.
Os que mais souberam captar o descontentamento do eleitorado foram o CDS, grande surpresa e em termos relativos o vencedor destas eleições, e o BE, que duplica o número de mandatos na assembleia, superando o meio milhão de votos. No entanto, o progresso eleitoral do bloco fica ensombrado pelo resultado do CDS: é o partido de Paulo Portas que, se associar os seus eleitos aos do PS, consegue formar a maioria absoluta de mandatos. Nesse sentido, a capacidade de o bloco influenciar a governação socialista sai diminuída. Além disso, a soma dos deputados do CDS e do PSD excede o número de mandatos socialistas na futura assembleia. Mérito da campanha de Paulo Portas. Mérito de um político que ilude as sondagens, não se deixando por elas escravizar.
Resta a CDU, que também avança (tem mais um deputado,um crescimento de mais de treze mil votos). Mas foi avanço tímido, em tempo de crise económica e de crescimento do desemprego. Por que razão progride tão pouco a CDU num contexto como este? Uma questão central para os comunistas.
Há uma maioria de esquerda na assembleia, mas muita crispação entre as formações políticas que se reclamam desse ideário. Desejável seria um governo de esquerda plural, mas o espectro é o de uma governação à Guterres.