"Ser Setubalense": conversas entre bloggers - IX
Eu não vou deixar cair o meu argumento, por muito que isso aborreça alguma gente. Eu posso estar errado, admito que sim, mas ainda estou à espera que me expliquem porque é que acidade se dá tão mal com os monumentos que ela própria produziu (sejam eles bons ou maus, mas se são maus, também gostaria que me explicassem porquê).
Tomemos como exemplo o caso desta resposta de Pedro Custódio. Há demasiados monumentos políticos? Mas afinal quantos deveria haver? 50%? 20%? 5%? E qual é a percentagem que existe na realidade? Do que é que o Pedro discorda: da ideologia política associada aos monumentos? Ou é averso a que quaisquer opções políticas sejam
vertidas em monumentos? Acaso a Igreja da Batalha não é um monumento político? E os Jerónimos? E estão a mais?
Desculpem lá, mas acho que se sonha em demasia com um mundo asséptico, em torno de valores "neutros" tais como essa "comunidade" queteria direito aos tais monumentos "diferentes". Nós vivemos em comunidade, temos as nossas instituições e elas funcionam! O facto de haver muito a melhorar no seu funcionamento não implica que se tratem as instituições e a cidade como um erro. É que todos nós fazemos
parte da cidade e participamos nas suas instituições. Se dizemos assim tanto mal delas, é de nós próprios que estamos a dizer mal...