quarta-feira, março 21, 2007

Jogada de antecipação?

Não deixa de ser legítima a dúvida, sobre o impacto que as suspeitas da eventual participação de Carlos Sousa em ilegalidades, no âmbito do caso das "reformas antecipadas", terão tido na decisão do PCP ter substituído o autarca.

Obviamente, os órgãos do partido tiveram, e terão, acesso a informação priveligiada sobre a actuação dos serviços camarários e das indicações que estes tinham para actuar de determinada maneira. É, pois, possível que os dirigentes do PCP se quisessem antecipar ao que sabiam poder ser o resultado dos inquéritos levantados, numa tentativa de minorar os danos, de manter a famosa aura de honestidade imaculada que caracteriza a imagem publicitada das edilidades por si controladas.
Se outras razões ouve, penso que esta também terá sido considerada.

Hoje, no Sol:
O antigo presidente da Câmara de Setúbal, Carlos Sousa, foi hoje de manhã constituído arguido pelo Ministério Público, no inquérito-crime que investiga o caso das reformas compulsivas de funcionários da autarquia.(...)
(...) é de prever, adiantou fonte judicial ao SOL, que todos os vereadores que participaram nesta decisão possam também vir a ser envolvidos no caso e também constituídos arguidos.
Como me costumam explicar os vários juristas que conheço, na condição de arguido, Carlos Sousa poderá melhor argumentar e defender-se desta acusação. A ver vamos.

Sobre este assunto: Pouca vergonha I; II; Faltas e aposentações I; II; III; IV

[Obrigado ao BB pela dica]