segunda-feira, março 22, 2010

Everybody loves the sunshine

Finalmente, Sol e calor. Milhares (milhões?) de setubalinos à beira d'água (Albarquel, praia e Parque) ou nas esplanadas (Algodeia). A do MXL fechou há meses - é pena. No Bonfim a Escola de Hotelaria tem a esplanada fechada. Não quererão hotelar?



Roy Ayers

domingo, março 21, 2010

Leituras sobre Carris



Invisível - Paul Auster

sábado, março 20, 2010

Leituras sobre Carris



Portugal - Ensaios de História e de Política de Vasco Pulido Valente

terça-feira, março 02, 2010

Encontros interessantes que fazem brotar a música. A boa música

segunda-feira, março 01, 2010

Da Bolha Imobiliária

Ou do absurdo que tomou conta do nosso pais.
Este artigo de Pedro Bringe põe o dedo na ferida:

Portugal sofreu uma bolha imobiliária mais grave que os Estados Unidos: enquanto a americana começou a crescer em 2001, a portuguesa vinha inchando-se desde 1986. As diferenças quantitativas estão à vista: naquele país existem cerca de 60 casas vazias ou “secundárias” por cada 1000 habitantes; no nosso, esse número ultrapassa as 140; a habitação média estado-unidense custa cerca de 2,5 orçamentos anuais brutos da família, ao passo que a sua equivalente portuguesa custa 9,5 vezes o respectivo orçamento. Acresce ainda o facto de a maioria das hipotecas contraídas em Portugal serem exemplos acabados de subprime: as suas prestações consomem mais de 40% do orçamento mensal da família, cobrem mais de 80% do valor do imóvel, são amortizadas a três ou mais décadas, e estão indexadas a taxas de juro variável. Por fim, o preço absoluto dos fogos residenciais portugueses raia o incongruente: em Lisboa ultrapassa os 2500 €/m2, quando em Berlim ronda os 1500 €/m2.

Contraste-se este nosso regime comercial com o dos Países Baixos; o mercado imobiliário holandês é dos que mais exemplarmente executa a retenção pública de mais-valias urbanísticas. Mesmo que se encontrem contíguos aos perímetros urbanos, os solos agrícolas holandeses são transaccionados a preço estritamente agrícola, posto que qualquer comprador privado sabe de antemão que futuros acréscimos de valor do solo, produzidos por via de loteamentos, reverterão para o erário público. Além de reter as mais-valias urbanísticas, o Estado Holandês oferece também para arrendamento público mais de 30% do parque habitacional do país — fórmula que além de facilitar a mobilidade laboral e assegurar residência a preço justo para toda a população, dificulta sobremaneira o crescimento de bolhas imobiliárias.

In Opinião Socialista