quinta-feira, setembro 30, 2004

O som no Office

M.Jackson & J.Coltrane - «Bags & Trane»
Tocou o dia todo. Replay. And again... Once again...

Concorrência ou cartel entre as petrolíferas

Diz o João Miranda, no Blasfémias (ver comentário nesse post): "Como a Galp já controla duas refinarias, se controla também quase todos os terminais, a concorrência não tem hipóteses."
Ou seja, o problema está a montante (no ínicio do processo de produção e distribuição) e não a jusante (junto do consumidor final).

Significaria isto que apesar de poderem vir a existir mais pontos de distribuição e os hipers poderem vir a comprar quantidades elevadas (fazendo uso das suas centrais de compra), os preços seriam determinados sempre pelas condições da Galp.
No entanto, e na realidade, cada uma das petrolíferas a operar no mercado oferece aos seus grandes clientes (p. ex: revendedores regionais, empresas de camionagem ou oficinas) condições diferentes. Estas vão além do preço: prazos de pagamento, transportes, goodwills dos terrenos, construção dos postos ou outros equipamentos... Isto sendo certo que as petrolíferas se abastecem, como o João Miranda relembra, em Sines ou em Leça da Palmeira - na Galp.
O mercado destas empresas inclui produtos químicos, lubrificantes, betumes e outros combustíveis - aviação (em maior escala) e petróleos carburantes e iluminantes (em menor escala). Os lubrificantes são parte relevante do negócio, usando muitas vezes os mesmos canais que os combustíveis. As condições contratuais destas empresas com a Galp (como clientes) ou com os seus grandes consumidores (como fornecedores) também pode depender destes produtos (p.ex. os lubrificantes para as empresas de camionagem).
Nos últimos anos, houve alguma concentração, como a recente compra da rede Shell pela Repsol ou até a fusão Total-Fina-Elf. Este movimento pode tornar mais fácil a fixação conjugada de preços, com mais relevância no preço ao consumidor final- aquele que vai abastecer nas bombas destas marcas. Não será de espantar que exista partilha de informação sobre quantidades, preços, prazos pagamento, nível de reservas... Isto poderá levar a que o preço seja semelhante, uma vez que a informação é partilhada - ou seja, uma espécie de cartel "informal", resultante de um acordo de cavalheiros sobre as regras do mercado.
Difícil será a Autoridade da Concorrência, ou mesmo a D.G. Energia, encontrarem dados que provem estas suposições. Imagine-se o trabalho de análise financeira, de estrutura de armazenamento, de rede distribuição ... que seria necessário em todas as petrolíferas para suportar materialmente estas suspeitas. A não ser que aparecesse alguém, que "agastado" com tal cartel, resolvesse enviar a estas entidades documentação provando esse conluio - uma espécie de arrependido. No meio disto ainda temos que contar com os comunicados da ANAREC, representada pelo Sr. António Saleiro.
Como em qualquer cartel, a tentação de furar o acordo é alta. Quanto maior o numero de postos não pertencentes às marcas ou revendedores tradicionais, mais vezes teremos fugas ao preço único e concertado. Os hipers usarão os seus postos para promover vendas nas "mercearias" ali ao lado, integrando-os nas suas estratégias de marketing operacional.
Daí a "Campanha Super 95 num Hiper perto de si!".

quarta-feira, setembro 29, 2004

OGM's e a fome em Angola

O Intermitente dá-nos conta de mais testemunhos assegurando que os OGM's não constituem perigo para a alimentação humana, tendo sido autorizado o seu consumo na União Europeia.

Como se poderá então explicar a decisão do governo angolano de proibir a importação de alimentos geneticamente modificados?
Num país devastado pela fome e pela guerra, com as infraestruturas em ruínas e uma administração corrupta, como é que se justificam os pedidos de auxílio aos países doadores, como os EUA, donde chega 77% da ajuda alimentar?

Decisões destas são um crime contra a humanidade, cometido por déspotas herdeiros das mais estupidificantes tradições isolacionistas dos regimes comunistas.

Era uma vez o espaço...

Está mesmo para muito breve aquilo que até há poucas décadas parecia uma impossibilidade, só ao alcance do sonho e da imaginação de visionários como Júlio Verne.
A "SpaceShipOne" poderá ser a primeira nave comercial a levar passageiros a passear pelo espaço. Este projecto é financiado por Paul Allen (co-fundador da Microsoft). Após esta semana ter conseguido aterrar em segurança, no final do seu segundo vôo, passou a contar também com a participação de Richard Branson (Virgin).
O objectivo será ter o primeiro vôo comercial em 2007.

SpaceShipOne"Lá em cima, há um Mundo sem fim..."

Demasiada exposição...

A TSF noticia que a Autoridade da Concorrência tem dívidas ("rendas" em atraso, p.ex.). Parece que não recebeu o valor incluido no OE.
O facto da AC estar a analisar mercados com indícios de cartelização, leva a que também ela seja analisada.
O interesse jornalístico desta análise não deve ser misturado com o interesse em criar-lhe entraves ou fornecer argumentos contra a sua actuação.

Wilt em Parte Incerta

A Teorema volta a editar um livro de Tom Sharpe.
Com o título em português de "Wilt em parte incerta" ("Wilt in Nowhere" no original), a sua saída está prevista para Outubro.

Para quem, como eu, ficou viciado pelo humor destrutivo e sem tabus de Tom Sharpe não poderia haver melhor notícia que esta.
É o regresso do super-herói Wilt, sobrevivente da sua alucinada mulher, das filhas, dos colegas e alunos, do sempre vigilante inspector Flint e de todas as personagens fantásticas que Sharpe lhe atravessou pela frente.
Tom Sharpe criou um personagem do tempo que corre: "(...)Wilt fights for those liberal values which are threatened both by international terrorism and by the sophisticated methods of police anti-terrorist agents(...)"
A estupidez do racismo, os velhos sentimentos colonialistas, as tradições rurais inglesas,... muitos foram os temas "destruidos" pela imaginação arrazadora de Tom Sharpe.

Teoria da Cabala, versão ANAREC

E o Sr. António Saleiro não pára!
Desta vez sugere a existência de uma conspiração entre a Autoridade da Concorrência e as Petrolíferas e, presumo, com participação dos hipers. A mesma AC que aplicou multas aos hipers, por prática de dumping (outro assunto interessante...).

Proponho outra versão: não haverá aqui uma coligação de interesses entre a ANAREC e as uniões de comerciantes locais, que tanto se têm esforçado para impedir a abertura de mais hipers ou o alargamento do seu horário de funcionamento?
Vejam só: se não abrirem mais hipers, vai haver menos postos de combustíveis; se abrirem menos postos de combustíveis vai haver menos um (enorme) incentivo a que os consumidores façam compras em grandes superfícies. E qual o impacto que esta aliança teria junto do poder local , visando dificultar a obtenção das várias licenças necessárias à instalação de hipers e respectivos postos?
Viram que simbiose perfeita de interesses entre dois lobbys?

terça-feira, setembro 28, 2004

Ordem! Ordem! Vamos lá a ter Ordem!

Quem me conhece, sabe que nutro uma pequena/grande embirração contra as Ordens Profissionais (as maiúsculas são desperdiçadas...) por tudo o que representam de corporativismo, de barreiras ao acesso e exercício da profissão, de entrave à livre escolha dos consumidores, de regulamentação auto-protectora, de arregimentação de clientelismos, ...
Sem procurar justificar a minha posição (tão emocional como racional), pode-se encontrar nos trabalhos de Douglass North (Nobel economia 1993) a referência a estas organizações, como dificultando o desenvolvimento: "The speedier industrialisation in England and the Netherlands depended upon the fact that certain conservative institutions, such as the guilds, were weak."; ou o sistema de certificação de profissões na Alemanha: "(...)this system has often been compared to medieval guilds, its main raison d´être being to maintain high barriers of entry for outsiders(...), (...)"But Douglass North was right in pointing out that institutional change is "incremental and slow." So much more so when the institutional structure forms an overbearing state and a society with marked corporatist traits. Every attempted reform calls into action the defenders of the status quo who do have something to lose. Problem is, the welfare state creates such a tight network of rent-seekers and winners from redistribution that everyone has something to lose and thus practically everyone opposes one necessary reform or another."

Eis algumas destas guildas:
Economistas (serve para quê, exactamente?)
Médicos
Engenheiros
Enfermeiros
Advogados
Farmacêuticos
Veterinários
Médicos Dentistas
Arquitectos
Associação
Pró - Ordem dos Psicólogos

Revisores Oficiais de Contas

e as Câmaras
Técnicos Oficiais de Contas
Solicitadores
Câmara dos Despachantes Oficiais

Peço desculpa se alguém ficou de fora. Garanto-vos que têm todos um cantinho especial no meu coração...

Sobre o preço do petróleo

Numa altura em que o crude atingiu um preço record acima dos 50 USD barril, recomendo a leitura deste artigo de opinião publicado pela "The Economist".
Foi escrito por Fred Bergsten que é director do "Institute for International Economics". Entre 5 perigos para a economia mundial, ele coloca em 5º lugar a possibilidade dos preços do petróleo poderem subir até $60-70 por barril, ou mais se houver graves perturbaçoes políticas ou ameaças terroristas.
Diz ele: "The impact is extremely significant since every sustained rise of $10 per barrel in the world price takes $250 billion-300 billion (equivalent to about half a percentage point) off annual global growth for several years."
As notícias recentes de revoltas na Nigéria e a reacção dos preços, vão de encontro a estes avisos.

Neste quadro, a CGTP poderá a ter que vir a organizar mais manifestações, para além daquela já prevista contra o aumento dos transportes (dado o novo sistema de revisão trimestral de preços).

ANAREC: orgulhosamente sós

Via O Intermitente: há novas reacções às sugestões liberalizadoras da AC.

Já fiz várias referências à ANAREC, associação com fins certamente meritórios - do ponto de vista dos seus associados - mas que parece não entender as mudanças que se avizinham no mercado em que opera.
Enquanto o seu presidente fôr António Saleiro, o trabalho de lobby desta associação, terá sempre algo de "nonsense" dado o tipo de argumentação por ele apresentado: "Se a Autoridade da Concorrência quer baixar os preços que recomende às petrolíferas que pratiquem os mesmos preços".
Porque isto da concorrência é um grande aborrecimento!
Há que não perder as suas próximas declarações.

Diferentes perpectivas sobre o capitalismo

Algumas explicações sobre capitalismo popular fornecidas por um anónimo perito da internet. Chamo particular atenção à correctíssima análise da economia portuguesa e do papel do Estado como regulador exímio.

CAPITALISMO IDEAL
Você tem duas vacas.
Vende uma e compra um boi.
A manada multiplica-se, tem de empregar várias pessoas e a economia cresce.
A sua família enriquece e você pode reformar-se ainda novo e só fazer aquilo que lhe der prazer!

CAPITALISMO AMERICANO
Você tem duas vacas.
Vende uma e força a outra a produzir o leite de quatro vacas.
Fica surpreso quando ela morre.

CAPITALISMO JAPONÊS
Você tem duas vacas.
Redesenha-as para que tenham um décimo do tamanho de uma vaca normal e produzam 20 vezes mais leite.
Depois cria desenhinhos de vacas chamados Vaquimon e vende-os para o mundo inteiro.

CAPITALISMO BRITÂNICO
Você tem duas vacas.
As duas são loucas.

CAPITALISMO HOLANDÊS
Você tem duas vacas.
Elas vivem juntas, em união de facto, não gostam de bois e tudo bem.

CAPITALISMO ALEMÃO
Você tem duas vacas.
Elas produzem leite regularmente, segundo padrões de quantidade e horário previamente estabelecido, de forma precisa e lucrativa.
Mas o que você queria mesmo era criar porcos.

CAPITALISMO RUSSO
Você tem duas vacas.
Conta-as e vê que tem cinco.
Conta de novo e vê que tem 42.
Conta de novo e vê que tem 12 vacas.
Você pára de contar e abre outra garrafa de vodca.

CAPITALISMO SUÍÇO
Você tem 500 vacas, mas nenhuma é sua.
Você cobra para guardar a vaca dos outros.

CAPITALISMO ESPANHOL
Você tem muito orgulho de ter duas vacas.

CAPITALISMO BRASILEIRO
Você tem duas vacas.
E reclama porque O seu rebanho não cresce...

CAPITALISMO HINDU
Você tem duas vacas.
Ai de quem tocar nelas.

CAPITALISMO PORTUGUÊS
Você tem duas vacas.
Uma delas é roubada.
O governo cria O IVVA- Imposto de Valor Vacuum Acrescentado.
Um fiscal vem e multa-o, porque embora você tenha pago correctamente o IVVA, o valor era pelo número de vacas presumidas e não pelo de vacas reais.
O Ministério das Finanças, por meio de dados também presumidos do seu consumo de leite, queijo, sapatos de couro, botões, presume que você tenha 200 vacas e para se livrar do sarilho, você dá a vaca que resta ao inspector das finanças para que ele feche os olhos e dê um jeitinho...

segunda-feira, setembro 27, 2004

Voyeurismo Bárbaro

Durante o fim-de-semana os telejornais deram conta da romaria que os famosos "populares" fizeram à aldeia da Figueira, até junto da casa onde vivia a criança desaparecida.
Instados pelos repórteres a justificar a sua presença ali, depois do tradicional encolher de ombros (de quem nunca pensou o porquê das suas acções) lá contavam do seu desejo de ver como a casa era, como corriam as buscas e de poderem estarem presentes caso se desse a descoberta do corpo da Joana. Alguns, levantavam as tampas da rede de esgoto, espreitando para a escuridão só para depois relatarem aos que os rodeavam, o desalento de nada encontrarem. Todos tinham a sua teoria, baseada em anos de experiência como membros da raça humana, do que se terá passado e davam sugestões de como arrancar a "verdade" da boca dos detidos - "Fazia falta era a PIDE!", dizia um.
Eu acredito na boa vontade da maior parte das pessoas; acredito que toda a história choca até os corações mais empedernidos; acredito que os repórteres tentam fazer o seu trabalho da maneira mais isenta e emocionalmente desligada possível.
Custa-me a acreditar que o Juiz que está a ouvir os familiares da menina, o Ministério Público, a Polícia Judiciária e a GNR não pudessem evitar aquele ajuntamento continuado de gente a andar de um lado para o outro, numa área que pelos vistos tem estado continuamente sujeita a escavações e demais buscas pelo corpo que provará o homicídio.
Caso o corpo não apareça e os arguidos resolvam não falar em julgamento ou desmentirem as confissões, como poderá o MP fundamentar o seu caso? Espero que as possíveis provas deste crime não sejam adulteradas pelos populares em busca de satisfação para o seu voyeurismo bárbaro.

Ainda o mercado de combustíveis

A Repsol obteve o visto da Comissão para adquirir a rede de distribuição da Shell em Portugal, uma vez que a concorrência no mercado estava assegurada pela presença de outros distribuidores.Este aumento de quota da Repsol (de 5% para 19%) transforma-a na 3ª maior rede do país.

Será interessante seguir os movimentos deste mercado: se por um lado se assiste à concentração da distribuição nalgumas petrolíferas, por outro lado, a possibildade de os hiper aumentarem significativamente a sua rede e quota abre espaço a maior concorrência. E podemos sempre contar com os, também interessantes, comunicados da ANAREC...

sexta-feira, setembro 24, 2004

Som d'estante II ...

The SmithsMeat is MurderThe Queen is DeadStrangeways, Here We ComeRank

Lembro-me que um dia, por uns dias, alguém se engraçou por mim por causa deles.

Os The Smiths são a melhor banda de sempre. Ponto final. Paixões, assim, são raras...

quem tenha há meses uma dívida; um texto sobre esta paixão partilhada por muitos, por toda a parte. Que tal se o PM a saldasse?

O Metro do Porto e o Comboio Lisboa - Setúbal

Dúvido que a notícia da anulação do concurso para aquisição de novos "tram-trains" agrade ao CAA do Blasfémias.

Olhe, sei que não lhe serve de consolo, mas cá por Setúbal temos finalmente prometida, para 6 de Outubro, a inauguração da ligação directa por comboio entre Setúbal e Lisboa. Infelizmente, também aqui parece não haver carruagens suficientes...

Colocação de professores: "Smaller is better"

Segundo esta notícia a distribuição dos professores pelas escolas das Regiões Autónomas está feita, tendo-se recorrido a software desenvolvido localmente.

Por experiência sei que a criação e implementação de novos sistemas ou softwares deve ser aprazada tendo em conta que, durante um período relevante para as operações por eles controladas, devem correr em paralelo com as soluções já a funcionar. Só assim há tempo de verificar desvios e erros contra dados aferidores já testados de modo a proceder a correcções.Com muita sorte, poucas alterações serão feitas.
Neste caso, tal não seria de esperar, dada a complexidade e quantidade de variáveis introduzidas pela lei que regulamenta o concurso - como pode ser lido, por exemplo, nos textos colocados no Abrupto.
Parece-me mau planeamento por parte do ME e também alguma temeridade por parte da COMPTA assumir a dispensa deste período de teste.

Parte importante nestas implementações é a colaboração e os conhecimentos das pessoas que já conheciam estes processos. Até que ponto a empresa não teve o seu trabalho dificultado (para não dizer boicotado) pelo pessoal do ME? Este factor devia ter sido antevisto pela COMPTA e pelo próprio ministro(a). Este(a) devia ter estado presente desde sempre (sem delegações de poder) de modo a evitar desleixos por parte de funcionários públicos mais maquiavélicos. Os mesmos que agora aparecerão esforçadamente a reparar todos os problemas.
E isto não é uma teoria da conspiração...

Actualizações

Nova estrutura e novos links ali à direita.
Há tempo bem passado no Causa Liberal, enquanto à esquerda aparecem o Barnabé, o Causa Nossa, o Blogue de Esquerda e o último bastião da pureza ideológica na luta proletária, O Anacleto.
Só pelo prazer de os ler acrescento o Homem a Dias e a Bomba Inteligente.

quinta-feira, setembro 23, 2004

A OCDE publica o "Economic Survey - Portugal 2004"

Os pontos abordados são suficientes para nos lembrar do muito que há por fazer:

"Key challenges and issues:
Growth performance improved over the 1990s, but public finances lack strength and the catching-up process has stalled. The priorities are to spur potential growth and to ensure sustained fiscal discipline.(...)

Structural policies to lift Portugal’s living standards:
What should be done to raise productivity growth and allow catching up in living standards? Have insufficiencies in the education and training systems been appropriately addressed? How well does the labour market perform? Is the business environment innovative, friendly and competitive?

The fiscal challenge:
What should be done to put public finances on a sound footing? Is enough being done to reform the public administration and the pension system?

Of special interest: The public administration reform

Of special interest: Ageing-related pressures on public finances

The ongoing reform of the health care system:
Is the reform of the health care system addressing most of the sector’s weaknesses? What more should be done to achieve durable improvements in efficiency and quality of health care?"

Todos gostam de campeões nacionais

A "The Economist" relata (link premium) mais um caso em que um político sucumbe ao populismo.
O ministro autríaco das finanças, Karl-Heinz Grasser, suposto admirador de Friedrich Hayek, resolveu impedir que a Siemens comprasse parte de austríaca VA Technologie, autorizando a holding estatal ÖIAG a participar no aumento de capital do "campeão local". Da mesma maneira foi impedida a venda de 42% da Telekom Austria à Swisscom (da Suíça) e de 25% dos serviços postais ao Deutsche Post (da Alemanha).
A revista chama a atenção para as semelhanças com o, já paradigmático, caso francês da Alstom em que também a Siemens foi interveniente.
Pelo meio temos o aproveitamento do sentimento popular por parte do conhecido Jörg Haider, ao lado dos sindicatos e da oposição socialista, com a defesa pública dos campeões nacionais.

O poder de decisão económico nas mãos de políticos preocupados com os resultados das próximas eleições tem efeitos devastadores na liberdade económica. Não podemos esquecer que este caso se passa na UE e com empresas da UE onde é suposto haver liberdade de circulação de capitais, livre fixação de empresas e onde ajuda estatal às empresas é sujeita ao escrutínio da Comissão.

quarta-feira, setembro 22, 2004

Dia da Quercus sem Carro

Não é que se lhe tenham avariado todos os veículos.
A Quercus é que aproveitou a efeméride, hoje celebrada por todo o país, para fazer alguns reparos e algumas sugestões quanto ao uso do pópó.

Só não percebo o que são "estratégias integradas de políticas de mobilidade, mediante a adopção de planos integrando as várias vertentes sociais, económicas e ambientais".

Quanto aos "planos municipais de estacionamento para uma gestão global da oferta de estacionamento público" podia-se entregar a sua concepção e gestão a quem, a troco de algumas moedas, já hoje ajuda os condutores a parquear a sua viatura.

Nada como pôr o planeamento centralizado na mãos de peritos privados.

Cool Miles

O Jazz no país do improviso! chama a atenção que o "The Birth of The Cool", o "Milestones" e o "'Round About Midnight" podem ser adquiridos a preço promocional.

Se nunca ouviu, já devia ter ouvido. Mas ainda vai a tempo de se redimir...

Informatizado à mão

Recorrendo a um upgrade de hardware, conjugado com um software aparentemente mais fiável e sujeito a crashar menos, o ministério vai tentar colocar o resto dos professores até 30 de Setembro.

Quem vai pagar o desperdício de dinheiros públicos que foi a implementação do projecto informático escolhido? É que a história de apurar responsabilidades políticas está muito bem, mas há que apurar responsabilidades materiais. Alguém conhece alguma explicação dada pela empresa que ganhou o concurso para as sucessivas falhas de implentação?
Só se, maquiavelicamente, foram boicotados pelos serviços do ministério, os mesmos que agora irão tentar finalizar o processo.

terça-feira, setembro 21, 2004

As belas palavras de Kofi Annan

O S.G. das Nações Unidas volta a falar sobre Darfur. Continua a falar de multilateralismo, das UN como "casa comum" e de outras belas noções.

Os deslocados nos campos do Chade apreciam certamente a sua determinação em investigar um possível genocídio. Severamente avisa as milícias e o governo sudanês, que as apoia, que durante esse período se devem coibir de atacar aldeias e dizimar os seus habitantes.

Não aprenderam nada com o Ruanda?

Ainda os transportes

O governo quer potenciar a utilização dos transportes públicos através de benefícios fiscais.

Quantas milhares de viagens serão necessárias para atingir o benefício máximo? Como comprovar a utilização de transportes públicos? Entre as várias hipóteses, certamente os bilhetes. Se assim fôr, vale a pena recolhê-los todos, mesmo ao que estão no chão ou no lixo, juntá-los em vários sacos bem grandes para o caso do contribuinte ser sujeito a inspecção...

ADENDA: A ler: no Blasfémias, relata-se mais um caso de planeamento estatal na área dos transportes.

segunda-feira, setembro 20, 2004

Dia de Entulho no Autocarro

Sei do que falo. Anos a fio de clientela fiel: RN, Belos, Setubalense, TST, Carris e ocasionalmente do Metro.
Convivi com todo tipos de co-viajantes: donas de casa, dr.'s e eng.'s, drogados, estudantes, velhos e novos... Ao frio ou calor, à chuva ou ao sol, à espera do próximo transporte. Tive tempo para conhecer as suas paragens, os seus veículos, os seus funcionários, preços, avarias,... Mais tempo certamente do que aqueles que alarvemente, uma vez por ano, promovem esse dia de convívio popular: o Dia Sem Carros.
Assitiremos às reportagens televisivas que mostram o Sr Ministro, o seu fiel Secretário de Estado, edis e demais governação a subir para o amarelo enquanto sorriem para a câmera. Felizmente e a fazer fé no que se lê, parece que não vai haver o histórico bloqueio da cidade - um dia de férias para quem o podia tirar, um dia de terror para os outros e um dia improdutivo na capital da República.
Apercebo-me do desfazamento desta gente com a realidade que são, por exemplo, a má qualidade e envelhecimento dos autocarros da Carris; as paragens que no Inverno asseguram grandes molhas (da chuva e de quem passa a conduzir, indiferente a quem leva com a água que salta dos ribeiros criados no alcatrão pelos rodados dos próprios autocarros...); as condições do terminal da Praça de Espanha (interface rodoviário para a margem Sul).
A DECO publicou na edição de Setembro um estudo sobre este assunto (ou aqui). Alguns dos seus conselhos vão no sentido do Estado intervir, regulamentando mais e gastando mais. As conclusões mostram que compensa trazer o carro para a cidade.
Cabe às empresas de transportes (depois de lhes serem retirados os subsídios - aos preços, p.ex. - geradores de ineficiência de gestão e a outras, depois de privatizadas) tornarem-se mais eficazes, apresentando soluções que pela comodidade, rapidez, trajecto e custo, lhes tragam mais clientes. Assim poderia-se equacionar um cenário em que o futuro de Lisboa passaria por um sistema como o de Londres, onde as portagens para circular na cidade diminuiram o tráfego em 15% e os congestionamentos em um terço (fonte: Economist, link "premium content"). Haveria coragem política para estender esta opção ao Porto, onde até hoje não chegou o princípio do utilizador pagador quando se passa de margem? Em vez de se subsidiar a empresas de transporte, quem quizesse trazer o seu carro, teria de pagar um prémio por isso.

Só para esclarecer

Alguns amigos, preocupados com o meu Lounging, pedem-me esclarecimentos.
Dadas esta definição ou esta outra, fico-me pela minha. Mesmo correndo o risco de ter a lógica da definição "monthy-pithiana" de dinosauro, é a minha definição.

"Ter tempo para ouvir, ler e escrever coisas que me interessam.", LA dixit.

Um pouco mais Heróis

A primeira medalha já foi conquistada!
Outros Heróis continuam a tentar. Como todos os dias.

Já era hora...

...da blogosfera acolher e dar voz ao proletariado, campesinato e intelectuais que não se revêem nas destrutivas políticas de liberalização, destrutivas das conquistas do PREC.
Alegrai-vos, ò oprimidos! Chegou o O Anacleto!

sexta-feira, setembro 17, 2004

Começar de novo...

Coltrane's Sound - JC
Depois de hoje, sexta-feira, em que uma reunião pareceu durar todo o tempo do mundo, poder viajar até casa ao som do Mestre, é um privilégio assaz compensador.
Melhor foi o convite que estava no topo das mensagens da tarde: "Vem cá a casa ver o Vitória!" dizia-me o meu irmão, ao telefone.
A semana acabou. O Verão está quase.
Coltrane fica para sempre.
Bom fim de semana.

O túnel de Sta. Engrácia

Deixem lá o senhores acabar o seu túnel!
É que como as coisas estão, corre-se o risco de o PS vir a compensar João Soares, pela derrota nas primárias socialistas, com uma cadidatura à CML a tempo de ser ele a fazer os acabamentos.

Querem mais de ladrilhos e azulejos? Querem?

quinta-feira, setembro 16, 2004

Nova Lei do Arrendamento

Adenda: Ver também o mais recente "Nova Lei do Arrendamento - II".

O governo prepara para a semana alterações legislativas no mercado de arrendamento.
Segundo esta notícia, vão ser criados períodos de protecção até três anos, tendo-se em conta a idade do arrendatário e o seu rendimento. Pretende o governo salvaguardar aqueles que acima de 65 anos não tenham rendimentos que suportem alterações contratuais. Aqueles que ficarem de fora destes limites passarão a negociar directamente com o senhorio.

É díficil liberalizar sem parecer um malfeitor de pobres víuvas indefesas, naquele que é um dos últimos resquícios da fixação administrativa de preços. Só que as restrições hoje existentes ajudam à quase inexistência de um mercado.
A verdade é que o investimento em imóveis pode ser uma alternativa apetecível ao conservador aforrador português, que gosta de ver a sua poupança aplicada em coisas tangíveis. Veja-se a procura de "quintinhas" e montes alentejanos ou o elevado número de segundas habitações (de férias, na maioria, e desabitadas quase todo o ano). Com fundos próprios ou com recurso ao crédito, estes investimentos só fazem sentido se o retorno anular o custo de oportunidade de fixar capital a longo prazo num activo normalmente com pouca liquidez.
Do lado da procura nota-se uma reduzida mobilidade residencial dos portugueses. A maior parte de nós tende a fixar-se durante (quase) toda a vida numa mesma área urbana e aí procurar emprego. Torna-se então mais atractiva a aquisição de casa. Excepção, será o caso dos professores e o dos estudantes universitários...
Depois do fim do crédito bonificado, faltava que o governo aligeirasse (ou idealmente, eliminasse) os entraves à livre negociação e fixação de preços entre as partes, retirando-se do mercado da habitação.
Só assim se pode pedir responsabilidades aos senhorios que até agora se viam privados do seu direito a gozarem os rendimentos e a titularidade do investimento.

Para que se não repitam cenas como a que ocorreu em Lisboa no mês de Agosto, quando um prédio desabou em Campo de Ourique, é preciso que os senhorios tenham condições para fazer obras. Não só aumentam a durabilidade do activo onde investiram, como melhoram o bem estar do inquilino.

Quanta honra!

Para o JCD do Jaquinzinhos e para o JPP do Abrupto, os meus agradecimentos.
Voltem sempre!

Morreu Johnny Ramone

It's Alive - Ramones
E vão três...
Qual foi o puto que nunca pulou ao som dos Ramones?
"...Rock rock rockaway beach rock rock rockaway beach..."

quarta-feira, setembro 15, 2004

Campanha "Super 95" num Hiper perto de si!

Como dava conta ontem O Intermitente, a Autoridade da Concorrência vai recomendar, entre outras medidas, a livre instalação de postos de combustíveis nos parques de estacionamento dos hipermercados.
Estimei que fosse rápida a reacção de ANAREC através do seu galante líder, António Saleiro. Aí está:

"«Se a Autoridade da Concorrência quer baixar os preços que recomende às petrolíferas que pratiquem os mesmos preços», em vez de colocar em causa a segurança dos portugueses, sublinhou o presidente da ANAREC, António Saleiro, à agência Lusa."

É que postos de gasolina em zonas urbanas, na imediata vizinhança de prédios (inclusivé nos seus rés-do-chão) ou locais de grande frequência pública (escolas, jardins), dos quais todos nós conhecemos exemplos, não apresentam perigosidade para o Sr. Saleiro.

O facto de os hipers poderem a vir constituir-se em centrais de compra de combustível, forçando as petrolíferas a venderem a preços baixos, com elevado rappel e a prazos a perder vista preocupará certamente a ANAREC. Esta terá de descobrir novas maneiras de permanecer no mercado. Também aí se verá a capacidade de imaginação dos seus gestores: será que os hiper não estarão interessados em joint-ventures? Certamente o know-how dos sócios da ANAREC será uma mais valia.
Teremos então quatro grandes grupos de operadores: as petrolíferas com distribuição própria e revenda, as sem distribuição própria, as empresas revendedoras e um reforçado grupo de potenciais ou já actuantes revendedores(as grandes superfícies).

Poderemos ter à vista a real liberalização do mercado (e preço) dos combustíveis, com a qual o consumidor virá a ganhar.

A Culpa Bígama

Com receio que a culpa fosse morrer solteira, o PS arranjou-lhe dois maridos e alguns padrinhos.
O próximo S. Geral do PS, decerto, agradece a resolução deste problema antes da sua eleição. Além de não queimar ligações aos líderes locais, irá beneficiar com a demonstração pública de aplicação de disciplina interna.
Pelo menos desta vez alguém é responsabilizado politicamente pelos seus comportamentos mais que indignos.O PS ganha crédito face ao silêncio envergonhado do PSD de cada vez que A.J.Jardim abre a boca ou ao embaraço do PP no caso de A.F.Torres.
Infelizmente, a trágica morte do Prof. Sousa Franco e o consequente processo de mea culpa do aparelho, não impedem que a baixa política caciqueira (de todos os partidos!) continue a mostrar-se ao país à hora do telejornal.

ADENDA: Ontem, antes de se saber realmente qual a decisão, o Daniel "Barnabé" Oliveira atirou forte, mas ao lado e falhou...

Som d'estante...

Ocean Rain - Echo & The Bunnymen
"...The killing moon
Will come too soon..."

Foi há 20 anos. "Ocean Rain" - Echo & The Bunnymen.

terça-feira, setembro 14, 2004

A (in)eficiência pública

Hoje, o Semanário Económico dá conta de um trabalho levado a cabo por dois economistas do ISEG, que compara dados de trinta países da OCDE, na Saúde e na Educação.

Numa altura em que PSL descobriu a solução para financiar a gula financeira do SNS através da diferenciação nas taxas moderadoras, o jornal retira do estudo que"...seria apenas necessário utilizar 63% dos recursos financeiros, para atingir os mesmos resultados em termos de esperança média de vida e taxa de mortalidade infantil."

Já para a Educação, o Semanário refere que "em Portugal deveria ter sido possível, com 30% dos gastos efectuados em Educação, obter os mesmos níveis de sucesso escolar. "
Curiosamente, o Público noticia outro estudo da OCDE, dando conta das baixas retribuições auferidas pelos professores face aos resto dos seus congéneres. Ao mesmo tempo, teremos também um ratio bastante baixo de professores por milhar de alunos.

Será que se ligarmos os dois estudos, podemos concluir que se se gasta dinheiro a mais na Educação (dada a (in)eficiência do sistema) e que os seus principais agentes (é verdade: também há os alunos) ganham relativamente pouco, é porque o(a)s Técnicos Auxiliares de Limpeza e Vigilância (antigos contínuos) são pagos ao nível do Mourinho, tendo uma eficiência inferior ao do Sporting este fim de semana? Consumirão eles os 70% de recursos desperdiçados? Só pode ser isto, não é?
É que os 70% podiam ser usados num aumento extraordinário dos professores. Ou em mais tempo de férias pagas.
Ou em mais e melhores escolas. Ou em bolsas premiando a performance. Ou em menos impostos.

Aceitam-se sugestões...

...A Benção, Afilhado...

Miguel,

Obrigado pela apresentação à blogosfera. O padrinho agradece e retribui com a tradicional benção: "Deus t'abençoi!"

Já sabes que tens uma casa às ordens...

Harmonização fiscal na Europa

A entrada dos novos membros, com taxas de impostos sobre o rendimento das empresas bastante mais baixas, pôs em guarda o bloco mais intervencionista e com taxas mais altas.

No entanto no Tribunal de Justiça da UE parece haver uma visão bastante mais liberal da circulação de capitais e da instalação de pessoas ou firmas. O que parece surpreender é que as suas decisões decorrem da actual legislação comunitária, aplicando-se a empresas e aos cidadãos individuais.
Mais surpreendente parece ser a disposição da Comissão em processar os Estados que continuem a manter essas barreiras fiscais.

Será já o efeito liberalizador do José Manuel Barroso?

segunda-feira, setembro 13, 2004

Presidenciais 2004 nos Estados Unidos

Se está interessado em seguir a campanha para as, já muito próximas, eleições presidenciais americanas sugiro-lhe a que vá seguindo as informações e links disponibilizados neste blog português.

Se nunca percebeu exactamente como funciona o sistema eleitoral americano (não se preocupe, não será o único...), este sítio do Departamento de Estado dos EUA responde-lhe às suas dúvidas. Tem a vantagem de ter uma versão em português, entre outras línguas.

E, sim: há mais partidos e candidatos a concorrer além dos representados pelas mulas e pelos elefantes...

Outra vez o IRS...

Há uns anos atrás, durante o consulado Cavaquista, introduziu-se o princípio do estudante-pagador.
Quem passou por esse período lembra-se, tal como eu, dos colegas que apesar de serem públicos o seu nível de vida e os famosos "sinais exteriores de riqueza" acabavam por ter reduções nos pagamentos.
A base da diferenciação entre os que pagavam mais e menos era o IRS declarado pela família. A mesma que PSL agora advoga para diferenciar as taxas moderadoras a pagar no SNS.
Quem paga a maior parte dos impostos, vai passar a pagar ainda mais da conta do sistema de saúde. Estou a falar da maioria da classe média empregada por conta de outrém cujos rendimentos tributáveis são facilmente apurados e conferidos.
Talvez que Berlusconi tenha razão e fugir ao fisco é natural no Homem. Não sou eu que o vou contradizer. As vantagens são cada vez maiores e mais evidentes.

Ah pois é!

Ontem à tarde, e depois durante as primeiras horas da noite, o Vitória foi razão para várias alegrias.
Foi bom ir ao estádio na companhia do meu irmão e de um amigo que há algum tempo tinha deixado de ir ao Bonfim. É pena que outro parceiro continue a adiar o seu regresso ao Bonfim...
Foi excelente ver o Vitória jogar sem medir limites ao esforço nem olhar ao nome dos adversários.
Foi magnífico ver milhares de sócios gritarem bem alto "VITÓRRRRIA!" e já lá mais para o fim ainda terem pulmões para o tradicional "Só Mais Um!".

PS-Apesar de o Sporting ter perdido, ainda consegui ouvir várias gargalhadas do meu pai.

sexta-feira, setembro 10, 2004

Memória a Negro



Passaram 3 anos.

O Bonfim todo de verde


No domingo, às 19.30, o Vitória enfrenta o Sporting no Bonfim. A Superliga está de volta a Setúbal!
Depois dos 1-4 em Penafiel, espero que o Sporting saia do relvado com o semblante triste e carregado, comum aos vencidos. Não precisam de sofrer muitos: 1-0 é suficiente. Já o ano passado, um golo de Orestes, foi suficiente para gelar Alvalade em jogo para a Taça.

Só tenho pena que o meu pai não possa estar em Setúbal para ver o jogo comigo. Já sei que vou receber um telefonema por cada golo do seu Sporting. Se o Vitória perder vou ficar aborrecido. Triste não, porque esse(s) telefonema(s) do meu pai dão direito a ouvir-lhe algumas gargalhadas. É lá possível um filho ficar triste?

quinta-feira, setembro 09, 2004

Olá!

Sejam benvindos!
Uma da hipóteses de nome para este blog era "Ocasional". Isto porque a frequência de actualização será essa: ocasional.
Vamos a ver no que isto vai dar...