segunda-feira, novembro 23, 2009

Leitura sobre Carris



The Penguin Complete Saki - Saki (Hector Hugo Munroe)

Este livrinho vai ter de ser consumido aos poucos, saboreando cada história.

Em defesa da Nicarágua e do Bom Governo Sandinista

Ever since the FSLN (Sandinista Front for National Liberation) took office in January 2007, the US government and its European allies have worked hard to deny or discredit the sharp trends for positive change achieved by the new Sandinista administration. Health indicators like maternal mortality or the number of patients treated have improved dramatically, as have education indicators like school attendance and literacy. The Nicaraguan economy has sustained exceptional export growth, improved foreign currency reserves and has managed to control inflation at levels just below those of neighbouring Costa Rica. The government has completely transformed the country's energy situation and decisively improved the population's food security.

In Axis of Logic

P.S. Evidentemente que isto não agrada às direitas. As de cá e as de lá. Tão-pouco aos que reduzem o mundo ao mercado do pensamento único. É assim com Ortega. É assim com Morales.

quinta-feira, novembro 19, 2009

Leituras sobre Carris



O Retrato de Dorian Gray - Oscar Wilde

Ao fazer este post descubro que estreou em Inglaterra o filme e que este chegará a Portugal no final do ano.

segunda-feira, novembro 16, 2009

Boris ryzhy - O Trailer

Boris Ryzhy
















Boris Ryzhy, um filme/documentário de Aliona Van der Horst.

Boris Rhyzy

quinta-feira, novembro 12, 2009

Daquilo com que não se compram melões

Um amigo referia-se, há uns tempos, ao dinheiro como “aquilo com que se compram melões”. Todos os dias, proletário suburbano que sou, vou para o meu local de trabalho à procura de justificar a continuidade dos meus rendimentos, para que não faltem melões lá em casa.
Trabalho integrado numa estrutura hierárquica em tudo semelhante à da maioria das organizações empresariais de maior dimensão. Tal como em muitas, na hora de tomar decisões, há quem mande e há quem obedeça, há quem planeia e quem executa. Tal como na maioria das organizações, há regras que vão do “dress code” até às chamadas “due diligences” para, por exemplo, contratar fornecedores.
Quem planeia e executa são Homens, com todos os defeitos e qualidades da condição humana. A rede que une estas pessoas baseia-se na confiança mútua, no respeito entre todos e no respeito pelas regras de todos conhecidas (internas ou da Lei geral).
Quem participa nesta rede de tem de actuar com responsabilidade. Individual, sem dúvida. Antes de alguém ser integrado numa destas organizações, faz-se o possível para obter referências que permitam antever se se comportará com a necessária responsabilidade face às tarefas que lhe venham a ser atribuídas. É a soma destes comportamentos individuais, balizados pelas regras de conduta que se afirmaram ao longo dos anos como as que melhor servem a organização, que a ajudarão (também) a posicionar-se para actuar em mercados competitivos.

Introduzo aqui outra palavra: honra.
O respeito por regras de Bem e o reconhecimento do Mal aprende-se ao longo da nossa infância e adolescência entre aqueles a quem mais nada obriga que o sentimento de amor e protecção, recorrendo aos costumes que se provou serem os que melhores avançavam o sucesso dos membros de uma civilização.

Para mim, responsabilidade e honra dificilmente devem ser separadas. Encontrá-las juntas deveria ser natural e expectável num profissional competente. Deveriam ser constantes na atitude que cada indivíduo tem perante a sua actuação em todos os caminhos da vida, no que a si mesmo diz respeito e à sua família. Esta última é para mim a fonte primária onde ambas são adquiridas. Ambos os conceitos ficam assim ligados ao nome que cada um de nós carrega. O meu comportamento ao longo da minha vida é testemunha dos meus pais, irmãos, avós… Não sendo eu crente, ainda assim tenho que o quarto mandamento é bem importante. Não esqueço, de modo algum, a influência de amigos, da escola, de todos os demais que connosco se cruzam, mas tenho a família como a grande definidora do carácter de cada indivíduo. Por outro lado sou um profundo crente do livre-arbítrio, na capacidade que cada um tem de decidir por si e actuar em seguida. Como decide e como actuará, não podem deixar de ser formatadas pelos valores que formaram cada ser humano.

Em suma, parece-me importante valorizar alguns conceitos que a passagem dos tempos parece empurrar para o esquecimento. As consequências do abandono destes valores não deixariam de ser negativas não só para quem os esquece como para aqueles que com eles lidam; seja numa empresa (para os colegas e accionistas), seja na rede familiar e de relações pessoais em que cada Homem participa.

Já colocado no Insurgente.

segunda-feira, novembro 09, 2009

20 anos depois da Queda do Muro


A queda do Muro de Berlim foi há vinte anos. Foi a erupção da História no seio de um mundo que julgáramos inamovível, com os seus dois grandes blocos a moldar a geografia política de então.
Cedeu o mundo do chamado socialismo real, qual frágil castelo de cartas. E bem poderíamos aplicar a esse mundo, que hoje é parte da História, a velha expressão de Marx aquando do Manifesto Comunista: “Tudo o que era sólido se dissolve no ar”.
Foi, paradoxalmente, na pátria de Karl Marx que um regime que se reclamava do ideal comunista ergueu o muro que separou pessoas e famílias. E assim se criou um estado de servidão ainda maior do que o capitalismo que os comunistas queriam combater e superar. Em nome de um Bem Geral, social e obrigatório.
Em nome deste bem, vimos erguer-se um poderoso estado policial que destinava vastos recursos para a espionagem e devassa dos seus cidadãos. Vastas somas tão-só para corromper moralmente os indivíduos. Para insinuar o vírus da delação e da mentira nos círculos familiar e de amizade das pessoas comuns. Neste mundo, a dissidência só podia ser definida enquanto patologia. Pois não era, o socialismo real, o melhor dos mundos possíveis?
Foi na RDA (que um antigo dissidente definiu como "muito pouco democrática, muito pouco socialista, mas profundamente alemã") que a repressão foi mais metódica e minuciosa.
O Muro de Berlim foi o paroxismo do comunismo. E a data em que foi derrubado tem de ser saudada como um dia de liberdade. Independentemente do que se lhe seguiu e das injustiças sociais que grassam no nosso mundo. Porque não há socialismo sem liberdade.

P.S. Este editorial do Avante é, tristemente, uma regressão em relação a anteriores posicionamentos do PCP.

quinta-feira, novembro 05, 2009

Doclisboa - Irão II


Green Days é um filme que anda entre dois tempos. O tempo da esperança e o tempo da desilusão. A Câmara de Hana Makhmalbaf remete-nos ora para um ora para outro.
O tempo da esperança é feito de imagens da campanha eleitoral para as presidenciais iranianas . Makhmalbaf filma os rostos jovens que exprimem essa esperança. Que exprimem um desejo de mudança e de liberdade.
O tempo da desilusão é o tempo das imagens captadas por anónimos. Imagens que nos mostram a repressão sobre os manifestantes que nas ruas protestam contra a fraude eleitoral que sonegou a vitória de Mir-Hossein Mousavi. Protestam contra a ditadura de Mahmoud Ahmadinejad, o presidente da República Islâmica do Irão.
No meio destas imagens documentais que exprimem dois tempos, Makhmalbaf introduz uma personagem de ficção: a dramaturga Ava. Ava vagueia entre os dois tempos. Observa a fé dos apoiantes de Mousavi que deram corpo à chamada revolução verde, receando pela decepção que se segue à esperança. Porque ela recorda-se de Khatami, o presidente reformista que não foi capaz de fazer chegar a bom porto esse projecto de mudança social e política. É uma personagem que exprime o sentimento de desesperança de todo uma geração que tem um desejo de liberdade. De poder respirar. O teatro encerrado é o símbolo da repressão que se abate sobre essa geração.

Green Days é um filme corajoso de uma cineasta engagée. Hana Makhmalbaf, que provém de uma família de cineastas, faz da câmara de cinema uma arma política. No bom sentido.

segunda-feira, novembro 02, 2009

Texto de Alexandra Lucas Coelho em memória de Fernando Maglhães


Num texto belíssimo, a jornalista do Público Alexandra Lucas Coelho recorda o crítico de música Fernando Magalhães, que também tive o privilégio de conhecer.

A (modesta) homenagem ao radialista António Sérgio

António Sérgio (1950 - 2009)