quinta-feira, março 27, 2008
terça-feira, março 25, 2008
Nove anos
Mas a história não acaba aqui: em nome de intervencionismo humanitário, mais de 230.000 sérvios e membros de outras minorias étnicas (turcomanos, ciganos) viram-se obrigados a procurar refúgio na Sérvia central, deixando as suas casas e haveres à mercê do pogrom albanês.
Em 2004, novo pogrom albanês levou ao exílio cerca de 4000 sérvios kosovares. Desde então, as pilhagens, os raptos e os assassínios sucedem-se, estimando-se que tenham afectado perto 1500 não-albaneses, a maioria deles sérvios.
E a Nato continua no Kosovo.
segunda-feira, março 24, 2008
Impressões sobre a nossa escola
Muitos têm dissertado sobre os males que assolam a escola pública. No Blog Arrastão, Daniel Oliveira chega mesmo afirmar que, “com a democratização do ensino, a escola deixou de ser um instrumento de ascensão social”, formulação por certo corroborada por muitos outros publicistas.
Ora, eu não poderia estar mais em desacordo com esta forma de ver as coisas.
Creio, ao invés, que o alargamento do ensino em direcção à escolaridade obrigatória foi, para muitos alunos oriundos de meios socialmente desfavorecidos, um instrumento efectivo de mobilidade social. Todos nós, os que passámos pela escola pública, conhecemos esses bons exemplos; boas histórias. Não se pode dizer, nestes mais de trinta anos de democracia, que tudo tenha sido mau, no universo da escola pública. Penso que ela até ajudou à mobilidade, as condições de partida (com muitos alunos oriundos de meios iletrados, ou em que a cultura letrada tinha bases frágeis) eram porém adversas. E considerando essas tais condições adversas, temos de reconhecer que o desempenho da escola pública até nem foi nada mau. Diria mais, foi assaz positivo.
Hoje, a escola pública enfrenta novos desafios, com a omnipresença de novos canais de socialização, do peso da televisão à internet, sem esquecer outros artefactos do nosso tempo, os telemóveis, os leitores de mp3, etc., etc.
Há quem prefira enfatizar a necessidade desta mesma escola se adaptar aos novos tempos. De acordo, mas convém não exagerar… Também devemos exigir esse esforço de adaptação aos alunos, independentemente da origem social ou étnica. Para tal, é necessário que as escolas sejam dotadas de um corpo de regras claro. E que essas regras perdurem no tempo, não variando ao sabor das modas e mudanças que vão ocorrendo na sociedade geral. Estabilidade é importante. Não é, infelizmente, o que hoje sucede, com as sucessivas interferências do Ministério de Educação, cujos burocratas de serviço se entretêm a criar regulamentos herméticos, ou estatutos do aluno criados a partir de cima e impostos a todas as escolas. Normalmente, a impunidade medra quando as regras não são inteligíveis e assentam sobre bases frágeis; e acabam por sofrer quer os alunos, quer os professores.
Sobre a autoridade, palavra que anda na boca do mundo, há quem sustente que, nas sociedades democráticas, ela emana do reconhecimento ou dos processos de negociação. Aqui, parece-me que (os que assim falam) olham apenas para um dos lados da questão. Esquecem que a autoridade também depende dos meios (institucionais) que um dado actor (neste caso, falamos do professor) tem à sua disposição. Porque os meios também contribuem para o reconhecimento ou aceitação da autoridade de outrem, convém não esquecer. E mesmo as sociedades democráticas não fogem à regra. Dizer que “a autoridade conquista-se” não basta, porque isso é afirmar que as qualidades intrínsecas ao actor, como por exemplo o carisma, seriam suficientes. Não são. Ou se o são, é só para uma ínfima minoria, os tais seres excepcionais. Eu também gostaria que a autoridade fosse conquistada assim, por meio de um julgamento racional, do reconhecimento das qualidades de que é portador um dado agente, mas isto é mais do domínio do dever ser, do que do ser. Possui uma carga utópica.
Na questão das regras escolares, sustento que a possibilidade de expulsão do estabelecimento escolar (não do sistema de ensino, pelo menos numa primeira fase), enquanto sanção de fim de linha, deve ser prerrogativa das escolas, e não do Ministério de Educação. Não devemos ter medo das palavras, a punição, desde que proporcional ao acto, contribui também para formar melhores cidadãos. E se falamos na necessidade de a escola não se resumir à instrução das matérias, deveríamos também ter isto
quinta-feira, março 20, 2008
Sobre a professora agredida
Imagino que muitos dos anónimos que por aí puluam, em caixas de comentários de alguns blogs de projecção, não sejam mais do que serventuários deste triste governo… Depois, há os arautos do direito de propriedade, para quem retirar o telemóvel a um aluno constitui uma grave falta. Mas, pergunto eu, não seria de instituir, nas escolas, a regra de que os telemóveis ficam à porta da sala de aula? Será que confiscar os telemóveis dos alunos antes do início da aula constitui assim um grave atentado ao sacrossanto direito de propriedade? Seria apenas por hora e meia, o tempo de duração da aula, sendo depois restituídos por uma qualquer funcionária da escola. É que, como se viu por este triste caso, os telemóveis são fonte de perturbação na sala de aula. Também me choca a leviandade com que se diz que os professores não sabem exercer a autoridade. Ora, a autoridade do professor assenta na palavra, no poder da palavra, que é um instrumento em rápida erosão, numa sociedade submetida ao primado da imagem; que vive na adoração xamânica dos artefactos tecnológicos (entre os quais os telemóveis; os papás, não raro, insurgem-se contra o profe, só porque este tirou o telemóvel ao menino…)
É muito fácil julgar aquela professora, repartir as culpas entre agressor e vítima, exercício assaz comum nos nossos dias. E é sintomático que nada se diga sobre o clima de impunidade vivido, lamentavelmente, em muitas escolas. Provavelmente, a aluna que fez aquilo voltará a sentar-se na mesma carteira da sala de aula; com a mesma professora, obrigada a suportar aquela presença. Por culpa de um Ministério de Educação que muito fala em avaliação dos professores, mas nada diz sobre os casos de indisciplina e violência que grassam no ensino. Sintomático.
Para terminar, como entenderão aqueles alunos a história da avaliação dos professores, coisa de que certa/ já ouviram falar?
P.S. Não pertenço à classe (privilegiada) dos professores.
Cheerio chaps, I'm off to London!
Duffy - Warwick Avenue
Ao vivo, no "Later... With Jools Holland" da BBC2.
Indústria
Dreaming of the old times
When a Job was there for the steady and strong
I see old faces flickering in the firelight
Faces of condemned men who did no wrong.
Da canção “Drifting Through the Days
“It wasn’t going to be a history of industry
From the 1700 to the present day – i don’t
Think that’s possible. The nature of three minute
Song is that you have to paint little pictures.
I think it’s impressions of industry and the end
of industry… and the transition from industrial
to post-industrial…that is hopefully reflected on the álbum.”
Richard Thompson
terça-feira, março 18, 2008
Violência em Mitrovica. Parte Sérvia
A violência dos confrontos ceifou a vida a um polícia ucraniano e fez vários feridos, entre civis sérvios, polícias da missão da ONU e militares da Kfor.
Diga-se desde já que foram os da NATO, com sua intervenção injusta e desproporcionada, os causadores da violência. Essas forças, com efeito, não estavam lá para garantir a segurança, mas sim para cumprir os desígnios dos principais políticos da União Europeia, que querem impor instituições estranhas aos sérvios kosovares, de que são exemplos os tribunais previstos na missão da EUlex (ilegal, porque sem mandato do Conselho de segurança da ONU). É a arrogância da União Europeia a alastrar perigosamente nos Balcãs, mais o subtexto da culpa colectiva do povo sérvio, que se tem de conformar ao destino traçado por outros. Basta ver as declarações do representante da União para o Kosovo, o holandês Pieter Feith, aqui citado pela Rádio B92.
A intransigência dos políticos da União Europeia, ao não reconhecerem também o direito dos sérvios kosovares à autodeterminação, ou seja, a permanecerem dentro da República Sérvia, pode ser a faúlha de um novo conflito. Porque é não de crer que os sérvios se conformem com esse destino de humilhação. E este último episódio veio demonstrar que a aposta é na partição de facto do Kosovo. A ver vamos qual será a reacção dos militares da Nato.
Em Portugal, há muita gente que também não os compreende
O jornal oficial cubano Granma afirmou nesta sexta-feira que a deserção de sete jogadores cubanos que competiam no pré-olímpico de futebol, em Tampa, Estados Unidos, é um "golpe baixo".
"A seleção cubana sub-23 sofreu uma vergonhosa deserção de sete integrantes - amparados pela Lei de Ajuste Cubano, incentivadora de posturas desleais -, que fizeram com que a equipe jogasse ontem contra Honduras com apenas dez jogadores e sem reservas", afirmou o Granma, referindo-se à partida disputada na noite de quinta-feira, em que a equipe cubana perdeu de 2 a 0 para os adversários.
(...)
As autoridades esportivas cubanas já haviam caracterizado na véspera como "traição" e uma "irresponsabilidade" a deserção de sete jogadores: Manuel Miranda, Erlys García, Yenier Bermúdez, Yornady Alvarez, Loanny Cartaya, Yenry Díaz e Eder Roldán.
(...)
Um dos desertores, o zagueiro Yenry Díaz, disse à imprensa em Tampa que abandonou a equipe para ficar nos Estados Unidos e poder "estudar e jogar futebol profissional".
Vários jogadores cubanos de futebol desertaram nos últimos anos nos Estados Unidos, entre eles Maikel Galindo, um dos maiores artilheiros da Liga Profissional Americana (MLS). Esta série de fugas que prejudica o esporte cubano desde 1959 aumentou a partir da década de 90 com a crise econômica, provocada pela queda da União Soviética.
O que faz falta é mais social - versão sei-lá-quantas
"E o que é tal coisa?" pergunta o leitor menos familiarizado com o programa socialista de planeamento central. Eis a explicação, nas palavras do ainda presidente da Câmara Municipal de V.N. de Gaia (RTP):
"seria o Estado assumir aquilo que pediu às autarquias, que foi o investimento para a aquisição dos edifícios [de habitação social] e da sua construção e, em contrapartida, as autarquias definirem projectos de investimento em creches, em escolas, em lojas sociais do cidadão, no combate à toxicodependência, na promoção da segurança"
Já quanto ao que sejam "lojas sociais do cidadão", tenho de deixar à imaginação do leitor a possibilidade de compreender para que serviria tal coisa e os programas sociais que iria desenvolver (certamente, nunca antes tentados em em nenhum outro departamento estatal), quem as iria operar e com que recursos. Mas isto são minudências que não interessam ao programador socialista. Nunca interessaram. Assim hajam impostos para redistribuir e quem os pague.
Já colocado no Insurgente.
É assim mesmo, camarada Odete! Há que lembrar a esses pequenos capitalistas, com derivas autoritárias, com quem é que se meteram!
A Assembleia Municipal Extraordinária da passada sexta-feira foi bastante concorrida pelo público, maioritariamente comerciantes, que esperava ver debatidas soluções para o clima de insegurança que se vive na cidade. Tal acabou por não acontecer, e, a maioria das pessoas, após patearem algumas intervenções dos deputados, abandonaram a sala a meio do debate.Não é difícil imaginar a perturbação da Sra. Presidente da Assembleia Municipal. A memória das suas emotivas prestações televisivas não se perdeu. Apenas no PCP ainda se crê que a Sra. Presidente da Assembleia Municipal transmite uma imagem digna de credibilidade à intervenção do partido herdeiro dos regimes autoritários comunistas.
(...)
A saída intempestiva do PSD aconteceu logo após os munícipes presentes na sala terem sido ameaçados pela presidente da Assembleia Municipal, Odete Santos, por estarem constantemente a intervir no debate, pateando, batendo palmas e interpelando os deputados. “Se voltarem a ter expansões desse género eu ponho-os na rua”, expressou Odete Santos, tentando intimidar o impaciente público. Descontentes com a forma como o debate estava a ser conduzido e com a falta de soluções concretas para os problemas que as afectam, as pessoas acabaram por sair da sala, em forma de protesto.
Claro que o representantes do BE não deixaram os créditos da sua coligação de movimentos esquerdistas por mãos alheias:
O Bloco de Esquerda mostrou-se preocupado com aquilo a que chamou de “guetização” da cidade, ou seja, “a formação de guetos em certas zonas da cidade, nomeadamente na zona depois da Pedra Furada”, explicou Valentina Loução.Ou seja: o que faz falta é mais social.
segunda-feira, março 17, 2008
Shipbuilding
E eu lembrei-me desta canção, assim, cantada por Robert Wyatt. Mas é de Costello.
domingo, março 16, 2008
Leituras sobre Carris
O Instituto Smithsonian - Gore Vidal
Em tudo na vida há uma lição.
A minha foi de não voltar a ler nada de Vidal.
Pelo menos enquanto tiver boa memória.
Não é por nada de mais.
Nem por ele ser democrata (a la américaine), nem por se chamar Gore.
Bom... Mais ou menos por isso. Por sê-lo em demasia nas palavras deste livro.
sábado, março 15, 2008
Reforma: outros tempos, outras latitudes.
1894-1971
in O Século Soviético, de Moshe Lewin
segunda-feira, março 10, 2008
Enganos. Ou o sistema de avaliação
António Barreto, in PÚBLICO, 9/03/08.
domingo, março 09, 2008
A justa revolta dos professores
(...) Sou professor do Ensino Secundário de História, tenho um Mestrado e um Doutoramento (tirados no ISCTE) em História Contemporânea, ou seja, sou doutorado na área científica em que sou docente, mas vou ser avaliado (de acordo com as grelhas) científico-pedagógicamente na minha área de docência por um Licenciado em geografia (Coordenador de Departamento), e vou ser também avaliado pelo Presidente do Conselho Executivo, neste caso um bacharel em fim de carreira!!
Pedro Brandão, in Abrupto.
A manifestação dos professores excedeu as melhores expectativas, ao reunir cerca de cem mil pessoas, número impressionante, muito para além da capacidade mobilização sindical e partidária, entenda-se, PCP, partido que continua a povoar a imaginação de muito cronista da nossa imprensa dita de referência. É ver a força que lhe atribuem, muito para além da imaginação dos próprios comunistas. É ver o artigo de Fernando Madrinha, no Expresso, uma peça digna da melhor retórica do governo de Sócrates.
A revolta dos professores é justa, depois de uma campanha insidiosa que fez dos docentes bodes expiatórios dos problemas que assolam o ensino, veio um iníquo, diríamos até aviltante, sistema de avaliação.
É a expressão de um profundo mal-estar cuja causa primeira radica na tecnocracia do Ministério da Educação, povoada de especialistas que fizeram da escola pública campo privilegiado da engenharia social, tornando a vida dos professores um inferno burocrático. E como se não bastasse, agora tudo querem reduzir a critérios mensuráveis, enfim, à quantificação, esse mito (e desgraça) da nossa época. É o abastardamento do ensino!
Os cientistas sociais foram contaminados pelo vírus da avaliação, vivem num mundo de objectivos específicos, de estatística e mensurabilidade, que confundem com a realidade (como se esta se reduzisse a indicadores, em muitos casos grosseiros). A mais das vezes é um engano de que eles não se dão conta, mas há que reconhecer que foram muito bem sucedidos: o seu discurso está enraizado no tecido social e, naturalmente, é fonte emprego (ora aqui está uma corporação de que ninguém fala).
Em tempo de repetição de fórmulas depressa convertidas em dogmas, só Vasco Pulido Valente e António Barreto aludiram ao logro desta avaliação.
sexta-feira, março 07, 2008
Persepolis
Visualmente muito sedutor, Persepolis é vagamente inspirado na vida da iraniana Majarne Strapi, que provém de uma família aristocrata. Tinha um tio que foi príncipe e comunista também. As suas vidas vão entrar em rota de colisão com a História, em tempo de revolução. De Revolução Islâmica; em que a esperança representada pela queda da monarquia depressa dá lugar ao desespero. Pelo meio, o Ocidente frívolo… e cínico.
Negro, violento e trágico, mas também corrosivo. E a ironia também se abate sobre Marjane.
quarta-feira, março 05, 2008
O Público fez 18 anos
Confesso ser leitor do PÚBLICO desde o primeiro dia. Os meus pais também o adoptaram, quando o Diário de Lisboa, que era o jornal lá de casa, não resistiu à voragem do Público.
Muita coisa mudou. O PÚBLICO já não tem os suplementos de antigamente, o Pop-Rock e os Sons que ajudaram a formar o meu gosto pelas músicas. Hoje sem o fulgor dos primeiros tempos, o PÚBLICO lá vai trilhando o seu caminho, jornal de referência, sim senhor, mas com cedências aqui e acolá.
Eu, pela minha parte, lá vou continuando a lê-lo e até já parece que ganhei o gosto pelo martírio, ao não dispensar os editoriais de José Manuel Fernandes.
Temos primárias!
Depois da (espantosa) sucessão de vitórias de Barack Obama, foi a vez de Hillary Clinton vencer nos estados do Ohio e do Texas e lançar incerteza quanto ao desfecho das primárias do partido democrático.
No entanto, Barack Obama conseguiu minimizar os danos no Texas, onde, apesar do voto hispânico, a vitória de Hillary foi estreita; por escassa margem e praticamente sem influência ao nível da repartição dos delegados.
Um dado interessante foi o facto de Hillary Clinton ter ganho pontos entre os eleitores indecisos, o que deixa entrever que a campanha negativa que o seu staff lançou sobre o rival Obama até produziu resultados. Ou não estivéssemos nos Estados Unidos.
terça-feira, março 04, 2008
Insignificâncias
Caro rebel, tarefa ingrata: uma insignificância distingue-se por não se distinguir, por não repararmos nela.
Este exercício vai-me obrigar a trazer 6 seis 6 delas para o rol das significâncias. E a reparar que reparo nelas.
Ainda assim, cá vai:
- As crónicas do Nuno Rogeiro na Sábado (páginas desperdiçadas, mas o editor é que sabe), qualquer programa onde bote faladura [obrigado (not!) por me fazer lembrar desta com a referência a uma outra coluna de opinião]
- As pequenas glórias do dia a dia
- As pessoas que se agarram às pequenas glórias do dia a dia
- As palavras das pessoas que se agarram às pequenas glórias do dia a dia
- As caras, ora carrancudas, ora alarves, que se adivinham nas palavras das pessoas que se agarram às pequenas glórias do dia a dia
- Quem não sabe rir das caras, ora carrancudas, ora alarves, que se adivinham nas palavras das pessoas que se agarram às pequenas glórias do dia a dia
Insignificante, claro.
Leituras sobre Carris
O Presidente, o Papa e a Primeira-Ministra - John O' Sullivan
Sou velho o suficiente para me lembrar das tomadas de posse de Reagan, das greves dos mineiros em Inglaterra e das viagens do Papa à sua aprisionada Polónia natal.
Sou novo o suficiente para esperar que líderes com as suas capacidades possam imergir por entre as Nações que se vão esquecendo o quanto custou a Liberdade e a derrota do totalitarismo comunista (pelo menos na Europa...).
No entretanto, vamos vivendo num tempo incerto onde velhas ideologias, negras de morte, voltam a encontrar quem por elas se fascine, fortalecidas pelo nevoeiro que chega às memórias e as torna ténues.
Por isso, a importância deste livro.