sexta-feira, setembro 30, 2005
Menos Obra
Estamos em tempo de eleições autárquicas e a palavra “obra” anda na boca do mundo, ou melhor, dos candidatos aos órgãos do poder local : “Eu tenho obra feita, o senhor não!” ou “ chegou ao fim do mandato e não deixou obra”, expressões meio imaginadas por mim mas que encaixam que nem uma luva na nossa realidade.
Mas nunca se fala do reverso destas obras : quanto custaram ou vão custar aos eleitores, o seu impacto na qualidade de vida de todos nós.
E depois há a obsessão do crescimento, betão e mais betão, casas e mais casas e mais habitantes. Tem sido a receita para o desastre : especulação imobiliária e suburbanização da vida social e, em consequência, recuo da qualidade de vida.
Que país pretendemos legar às gerações vindouras?
A cidade onde vivo tem sido, desde há décadas, prisioneira dessa lógica, a ponto de me restar pouca crença no futuro; os danos que lhes causámos são irreversíveis, a obra dos homens às avessas com a natureza.
“Menos obra” já seria um começo.
Mas nunca se fala do reverso destas obras : quanto custaram ou vão custar aos eleitores, o seu impacto na qualidade de vida de todos nós.
E depois há a obsessão do crescimento, betão e mais betão, casas e mais casas e mais habitantes. Tem sido a receita para o desastre : especulação imobiliária e suburbanização da vida social e, em consequência, recuo da qualidade de vida.
Que país pretendemos legar às gerações vindouras?
A cidade onde vivo tem sido, desde há décadas, prisioneira dessa lógica, a ponto de me restar pouca crença no futuro; os danos que lhes causámos são irreversíveis, a obra dos homens às avessas com a natureza.
“Menos obra” já seria um começo.
Digam-me lá...
Este é o nome do novo espaço na coluna da direita onde aparecerão algumas perguntas sobres as questões mais candentes do país, do mundo ou do universo.
Desde já convido todos os a deixarem lá a marca da vossa opção. Se quiserem fazer o obséquio de explicar a vossa escolha, terei todo o prazer de receber os vossos comentários através de e-mail. Poderei publicar os mais interessantes (assinados pelo autor ou anónimos - conforme a vossa escolha), se assim o permitirem (indinquem-no no e-mail).
Que não se diga que no Office não há liberdade de expressão.
Desde já convido todos os a deixarem lá a marca da vossa opção. Se quiserem fazer o obséquio de explicar a vossa escolha, terei todo o prazer de receber os vossos comentários através de e-mail. Poderei publicar os mais interessantes (assinados pelo autor ou anónimos - conforme a vossa escolha), se assim o permitirem (indinquem-no no e-mail).
Que não se diga que no Office não há liberdade de expressão.
Por pouco
Ontem fiz uma coisa que há muito tempo não fazia.
Ouvi um jogo completo pela rádio.
A cada minuto que passava, a esperança que o resultado fosse diferente daquele premeditado pela razão, aumentava. É certo que o golo genovês chegou cedo, mas a 2ª parte foi do Vitória.
Após bolas ao poste e outras a saltar ali perto da baliza, à espera de um desvio, veio o apito final. E eu fiquei com a sensação de que podíamos ter tido mais sorte, um pouco mais de arte e um pouco mais de vento lateral no livre do Nandinho.
Por pouco perdemos e por pouco íamos ganhando.
Domingo, business as usual.
Ouvi um jogo completo pela rádio.
A cada minuto que passava, a esperança que o resultado fosse diferente daquele premeditado pela razão, aumentava. É certo que o golo genovês chegou cedo, mas a 2ª parte foi do Vitória.
Após bolas ao poste e outras a saltar ali perto da baliza, à espera de um desvio, veio o apito final. E eu fiquei com a sensação de que podíamos ter tido mais sorte, um pouco mais de arte e um pouco mais de vento lateral no livre do Nandinho.
Por pouco perdemos e por pouco íamos ganhando.
Domingo, business as usual.
quinta-feira, setembro 29, 2005
Espanto e Ironia
É com espanto e ironia que vejo o coro de protestos da direita blogosférica pelas pressões do governo sobre membros da Alta Autoridade para a Comunicação Social, ontem desprezada como mais uma inútil entidade reguladora (para os liberais, eufemismo para descrever o longo braço do Estado nos media), hoje bastião da liberdade e independência.
Direito de propriedade
No seguimento da declaração de Odemira como Território Livre de Organismos Geneticamente Modificados (OGM) pela Câmara Municipal, António Camilo (o presidente) declarou (via Diário do Alentejo):
Infelizmente, tenho a sensação que o lamento do autarca, de não poder decidir do uso a dar à propriedade privada, é comum a muitos governantes. No seu papel de planeadores e defensores do bem comum, muitas vezes actuam e legislam sobre matérias que só devem depender das escolhas individuais.
Tal como os proprietários de terrenos podem optar por declarar as suas propriedades como zonas de não caça, também os municípios deveriam poder optar por declarar o seu território como Zona Livre de Transgénicos, proibindo este tipo de culturas.Estou em crer que se tratou de uma declaração não devidamente reflectida do edil. Não me parece plausível que o autarca socialista advogue que a câmara municipal tenha direitos iguais aos dos proprietários sobre os seus terrenos, ao ponto de poder decidir da origem das sementes que aí se plantam.
Infelizmente, tenho a sensação que o lamento do autarca, de não poder decidir do uso a dar à propriedade privada, é comum a muitos governantes. No seu papel de planeadores e defensores do bem comum, muitas vezes actuam e legislam sobre matérias que só devem depender das escolhas individuais.
O apelo socialista de Marques Mendes
Num jantar de apoio à candidatura de Fernando Negrão, o presidente do PSD considerou que a luta autárquica será entre PSD e CDU, apelando por isso ao voto útil em Fernando Negrão.
Este apelo é claramente dirigido aos eleitores que durante anos votaram em Mata Cáceres e que nas últimas eleições elegeram Carlos de Sousa, numa forma de protesto sem motivação ideológica.
Tendo em conta as últimas posições políticas de Marques Mendes, é possível que o "centrão" socialista seja sensível a este apelo. Mais ainda tendo em conta que o candidato do PS (e no que me diz respeito, alguns elementos das suas listas) pode não representar uma alternativa credível aos tradicionais eleitores do PS.
Este apelo é claramente dirigido aos eleitores que durante anos votaram em Mata Cáceres e que nas últimas eleições elegeram Carlos de Sousa, numa forma de protesto sem motivação ideológica.
Tendo em conta as últimas posições políticas de Marques Mendes, é possível que o "centrão" socialista seja sensível a este apelo. Mais ainda tendo em conta que o candidato do PS (e no que me diz respeito, alguns elementos das suas listas) pode não representar uma alternativa credível aos tradicionais eleitores do PS.
Mémorias Cinematográficas
Nas minhas memórias cinematográficas figura esta cena de antologia que culmina a obra-prima de Carol Reed, “O Terceiro Homem”; passo a transcrever a famosa passagem do filme :
"In Italy for 30 years under the Borgias they had warfare, terror, murder, and bloodshed, but they produced Michelangelo, Leonardo da Vinci, and the Renaissance. In Switzerland they had brotherly love - they had 500 years of democracy and peace, and what did that produce? The cuckoo clock ..."
Foi Orson Welles quem deu corpo à personagem de Harry Lime, espécie de contrabandista que decide passar para a “cortina de ferro”.
O Som no Office
Creation - Branford Marsalis & The Orpheus Chamber Orchestra
Schiiuuu...
Silêncio.
Ouçam...
quarta-feira, setembro 28, 2005
Quando os Factos Contrariam os Dogmas
Neste caso, os dogmas liberais para a competitividade das nações (Estado mínimo, carga fiscal reduzida e fraca protecção social) não resistem à prova dos factos, como se pode ler no World Economic Forum, num artigo que versa sobre o sucesso dos países nórdicos :
The Nordics are also challenging the conventional wisdom that high taxes and large safety nets undermine competitiveness, suggesting that what is important is how well government revenues are spent, rather than the overall tax burden per se.
The Nordics are also challenging the conventional wisdom that high taxes and large safety nets undermine competitiveness, suggesting that what is important is how well government revenues are spent, rather than the overall tax burden per se.
Três bebés
Primeiro nasceu o Bisnau.
Depois nasceu o Bocage.
Agora nasceu o Sebastião.
Em dois meses, nasceram três bebés no Sado.
Três golfinhos bebés.
Depois nasceu o Bocage.
Agora nasceu o Sebastião.
Em dois meses, nasceram três bebés no Sado.
Três golfinhos bebés.
Uma Falácia
A Autoridade Nacional Palestiniana nada faz para impedir o terrorismo em Israel, argumento tão glosado pela direita pró-israelita da blogosfera.
Trata-se de uma falácia, pois não podemos exigir a outrem que aja quando insidiosamente o privamos dos meios de acção. É que para agir não basta querer, é preciso poder.
Ora, Israel empenhou-se ao longo dos últimos anos em erodir a ANP, com a destruição das suas estruturas militares e administrativas. Com o vácuo criado beneficiaram os extremistas, Hamas, Jihad Islâmica e uma miríade de grupos armados, que impõem a lei no território de Gaza.
Em suma, Israel destruiu as estruturas formais de poder, o embrião de um Estado, contribuindo, de forma involuntária, é certo, para a ascensão do Hamas, que, pelo carácter informal da suas organizações, não era um alvo tão fácil de atingir quanto a ANP.
Hoje, a ANP não tem simplesmente força para desarmar tais grupos, sendo obrigada a negociar, mais do que a impor a sua autoridade em todo o território; não pode mergulhar Gaza numa luta fratricida de consequências imprevisíveis.
Importa ainda dizer que a retirada unilateral de Gaza não se inscreve em nenhuma agenda negocial, mas tão-só numa fria realidade : a protecção dos colonatos era cada vez mais dispendiosa e a prazo insustentável por força da demografia; foi isso mesmo que Sharon invocou num discurso à nação israelita. E quanto a Jerusalém Oriental e à Cisjordânia, aí é uma outra história.
Trata-se de uma falácia, pois não podemos exigir a outrem que aja quando insidiosamente o privamos dos meios de acção. É que para agir não basta querer, é preciso poder.
Ora, Israel empenhou-se ao longo dos últimos anos em erodir a ANP, com a destruição das suas estruturas militares e administrativas. Com o vácuo criado beneficiaram os extremistas, Hamas, Jihad Islâmica e uma miríade de grupos armados, que impõem a lei no território de Gaza.
Em suma, Israel destruiu as estruturas formais de poder, o embrião de um Estado, contribuindo, de forma involuntária, é certo, para a ascensão do Hamas, que, pelo carácter informal da suas organizações, não era um alvo tão fácil de atingir quanto a ANP.
Hoje, a ANP não tem simplesmente força para desarmar tais grupos, sendo obrigada a negociar, mais do que a impor a sua autoridade em todo o território; não pode mergulhar Gaza numa luta fratricida de consequências imprevisíveis.
Importa ainda dizer que a retirada unilateral de Gaza não se inscreve em nenhuma agenda negocial, mas tão-só numa fria realidade : a protecção dos colonatos era cada vez mais dispendiosa e a prazo insustentável por força da demografia; foi isso mesmo que Sharon invocou num discurso à nação israelita. E quanto a Jerusalém Oriental e à Cisjordânia, aí é uma outra história.
O candidato maoista
O candidato do PCTP/MRPP costuma queixar-se de não ter as mesmas oportunidades de transmitir as suas propotas. O RSO deu-lhe essa hipótese fazendo-lhe uma entrevista.
No final, fico com a ideia que Carlos Costa Gomes não tem nenhuma proposta que o distinga de trotskistas ou mesmo de comunistas("revisionistas"). Em resumo diz:
Já agora: o que será a "psicoterapia de regressão" e o "negócio de multi-nível" (as actividades profissionais do candidato)?
No final, fico com a ideia que Carlos Costa Gomes não tem nenhuma proposta que o distinga de trotskistas ou mesmo de comunistas("revisionistas"). Em resumo diz:
Queremos que as pessoas reflictam sobre o nosso propósito, porque vamos continuar a trabalhar convictamente para que, um dia, as pessoas vivam felizes num sistema socialista que caminhe para um verdadeiro comunismo.
Já agora: o que será a "psicoterapia de regressão" e o "negócio de multi-nível" (as actividades profissionais do candidato)?
terça-feira, setembro 27, 2005
Odemira sem transgénicos
A Câmara Municipal de Odemira demarcou o concelho como Território Livre de Organismos Geneticamente Modificados (OGM) e propõe-se fazer tudo o que puder para impedir a sua cultura.
Entre as razões para esta iniciativa, a CMO aponta "a reconhecida pureza do território odemirense não deve ser manchada por este tipo de atitudes, onde é mais importante o lucro desenfreado e imediato do que o uso racional do solo e a utilização de sementes naturais".
Entre as outras razões apontadas, nenhuma indica para factos científicos que suportem a decisão. Será que os autarcas do PS de Odemira se informaram, recorrendo, por exemplo, a estudos portugueses sobre o assunto (e que mereceram destaque internacional)? Será que que discutiram o assunto com os empresários agrícolas do concelho ou somente se ativeram à proposta da Quercus, Geota, Attac, CNA,... reunidas na referida «Plataforma “Transgénicos Fora do Prato”»?
Enfim, mais uma demarcação territorial na tradição da já esquecida "Zona Livre de Armas Nucleares".
Entre as razões para esta iniciativa, a CMO aponta "a reconhecida pureza do território odemirense não deve ser manchada por este tipo de atitudes, onde é mais importante o lucro desenfreado e imediato do que o uso racional do solo e a utilização de sementes naturais".
Entre as outras razões apontadas, nenhuma indica para factos científicos que suportem a decisão. Será que os autarcas do PS de Odemira se informaram, recorrendo, por exemplo, a estudos portugueses sobre o assunto (e que mereceram destaque internacional)? Será que que discutiram o assunto com os empresários agrícolas do concelho ou somente se ativeram à proposta da Quercus, Geota, Attac, CNA,... reunidas na referida «Plataforma “Transgénicos Fora do Prato”»?
Enfim, mais uma demarcação territorial na tradição da já esquecida "Zona Livre de Armas Nucleares".
O Som no Office
Excelentes canções. Quando as acabamos de ouvir, temos de as escutar mais uma vez.
Ouvir em repeat.
Muitas vezes.
Ouvir mais do mesmo autor.
Smog
No Clube Lua, a música dos Smog impregnou a atmosfera.
Belas canções estranhamente tecidas por Bill Callahan, de presença simples em palco, mas com a força para nos cativar.
Oh, deviam ser sempre assim as Segundas-feiras!
segunda-feira, setembro 26, 2005
André Valente
Nem tudo é mau quando falamos de cinema português, tantas vezes alvo de apressados julgamentos. Recordo “André Valente”, de Catarina Ruivo, primeira obra muito promissora, que vi no ano passado.
Um fino olhar sobre a infância, uma infância bela e caótica, filmada sob o signo da precariedade. As provações da realidade, a obrigação de crescer (que requer muita coragem) estão lá, expostas de forma muito inteligente.
É um filme duro, mas os momentos de reinvenção da felicidade são enternecedores. As personagens têm espessura e é difícil não as amar.
Excelente a fotografia, dos interiores sombrios aos desolados (suburbanos) espaços exteriores.
Em suma, um exemplo de uma boa aplicação dos fundos de apoio ao cinema português. Pena que tenha tido uma passagem discreta pelas nossa salas de cinema. Lá fora recebeu reconhecimento e foi até premiado (em Locarno e, salvo erro, num festival da Coreia do Sul).
Muito e muito obrigado
Gostaria de agradecer a quem de direito (junta de freguesia ou poder central local) pelas obras que efectuaram nos passeios lá da rua.
Onde haviam buracos, agora há calçada. Onde não havia nada, agora há passeios. Uma coisa em bom.
Assim até dá gosto votar.
Queria também deixar uma sugestão. Não esperem 4 anos para verificar se as pedras ainda lá estão ou se a natureza já cumpriu a sua função de preencher o vazio dos buracos no passeio.
Onde haviam buracos, agora há calçada. Onde não havia nada, agora há passeios. Uma coisa em bom.
Assim até dá gosto votar.
Queria também deixar uma sugestão. Não esperem 4 anos para verificar se as pedras ainda lá estão ou se a natureza já cumpriu a sua função de preencher o vazio dos buracos no passeio.
domingo, setembro 25, 2005
Medicina Tradicional Chinesa
Passou despercebido à maioria dos portugueses, porém realizou-se em Lisboa o 1.º Congresso Ibero-Americano de Medicina Tradicional Chinesa, organizado pela APA-DA (Associação Portuguesa de Acupunctura e Disciplinas Associadas), organização essa que é presidida pelo bem conhecido Dr. Pedro Choy.
Tive a oportunidade e o prazer de estar presente e posso garantir que o mundo ocidental necessita de ser mais esclarecido sobre esta prática milenar, nomeadamente os políticos, que têm o poder nas mãos de regularizar esta prática, o que parece estar para acontecer (esperamos que da melhor forma).
Entretanto, é de lamentar que um acontecimento desta envergadura, com convidados internacionais para fazer palestras e com as presenças do embaixador da República de China, representante do Ministério da Saúde, Casa de Macau, não tenha sido alvo de cobertura pelos média.
Já agora um parentesis, embora todos os grupos parlamentares tenham sido convidados, apenas o do Bloco de Esquerda acabou por responder favoravelmente, não tendo no entanto comparecido. Demasiados afazeres eleitorais?
Tive a oportunidade e o prazer de estar presente e posso garantir que o mundo ocidental necessita de ser mais esclarecido sobre esta prática milenar, nomeadamente os políticos, que têm o poder nas mãos de regularizar esta prática, o que parece estar para acontecer (esperamos que da melhor forma).
Entretanto, é de lamentar que um acontecimento desta envergadura, com convidados internacionais para fazer palestras e com as presenças do embaixador da República de China, representante do Ministério da Saúde, Casa de Macau, não tenha sido alvo de cobertura pelos média.
Já agora um parentesis, embora todos os grupos parlamentares tenham sido convidados, apenas o do Bloco de Esquerda acabou por responder favoravelmente, não tendo no entanto comparecido. Demasiados afazeres eleitorais?
sexta-feira, setembro 23, 2005
Estado e Cultura
Do campo liberal vêm críticas às políticas culturais do Estado português, reclamando deste que se abstenha de financiar projectos artísticos com o dinheiro dos contribuintes (a velha máxima de que não há almoços grátis).
Vitupera-se o Estado por impor gostos ao subsidiar as artes, perpetuando a dependência dos criadores, que acabariam convertidos em agentes propagandísticos desse mesmo Estado (aqui, estão a lembrar-se de André Malraux, que por acaso até era de direita).
A realidade é porém bem mais complexa. Na maioria dos casos, os burocratas têm apenas uma imagem relativa do que será a materialização do projecto cultural sobre o qual estão obrigados a decidir a afectação de recursos por natureza escassos. A história está cheia de exemplos do que afirmei, mesmo em estados totalitários não raro emergia uma obra não do agrado das ortodoxias (veja-se o desagrado manifestado por Staline quando da segunda parte do filme de Sergei Eisenstein, Ivan, o Terrível).
Voltando à questão das subvenções, é evidente que a crónica dependência do financiamento público não é sadia. Ora, isso é agravado pelas vicissitudes do nosso Estado (decisões tantas vezes opacas ) e por uma sociedade civil frágil, cujas elites financeiras revelam pouca apetência pela promoção das artes.
Num tal contexto, o papel do Estado deve ser o da pluralização da oferta cultural, apoiando a inovação e os jovens criadores. Com isso ganhará a nossa sociedade, enriquecida por novas perspectivas face a um mercado que estreita e uniformiza : atente-se na triste paisagem televisiva, que com a privatização se limita acima de tudo a dar-nos telenovelas e reality shows; um olhar distraído sobre o tempo em que tínhamos dois canais do estado bastaria para constatar como então a programação era muito mais diversificada e rica. E o cabo não veio melhorar muito o actual estado de coisas.
Idealmente, seria desejável que os actores culturais buscassem as suas fontes financiamento na sociedade civil, mas infelizmente não vivemos no melhor dos mundos (aqui, neste nosso presente, eu sou pragmático) e o Estado acaba por ser incontornável se queremos alargar e diversificar a oferta cultural, que é uma dimensão importante da vida dos indivíduos e das sociedades.
Vitupera-se o Estado por impor gostos ao subsidiar as artes, perpetuando a dependência dos criadores, que acabariam convertidos em agentes propagandísticos desse mesmo Estado (aqui, estão a lembrar-se de André Malraux, que por acaso até era de direita).
A realidade é porém bem mais complexa. Na maioria dos casos, os burocratas têm apenas uma imagem relativa do que será a materialização do projecto cultural sobre o qual estão obrigados a decidir a afectação de recursos por natureza escassos. A história está cheia de exemplos do que afirmei, mesmo em estados totalitários não raro emergia uma obra não do agrado das ortodoxias (veja-se o desagrado manifestado por Staline quando da segunda parte do filme de Sergei Eisenstein, Ivan, o Terrível).
Voltando à questão das subvenções, é evidente que a crónica dependência do financiamento público não é sadia. Ora, isso é agravado pelas vicissitudes do nosso Estado (decisões tantas vezes opacas ) e por uma sociedade civil frágil, cujas elites financeiras revelam pouca apetência pela promoção das artes.
Num tal contexto, o papel do Estado deve ser o da pluralização da oferta cultural, apoiando a inovação e os jovens criadores. Com isso ganhará a nossa sociedade, enriquecida por novas perspectivas face a um mercado que estreita e uniformiza : atente-se na triste paisagem televisiva, que com a privatização se limita acima de tudo a dar-nos telenovelas e reality shows; um olhar distraído sobre o tempo em que tínhamos dois canais do estado bastaria para constatar como então a programação era muito mais diversificada e rica. E o cabo não veio melhorar muito o actual estado de coisas.
Idealmente, seria desejável que os actores culturais buscassem as suas fontes financiamento na sociedade civil, mas infelizmente não vivemos no melhor dos mundos (aqui, neste nosso presente, eu sou pragmático) e o Estado acaba por ser incontornável se queremos alargar e diversificar a oferta cultural, que é uma dimensão importante da vida dos indivíduos e das sociedades.
"A Direita e a Cultura” (comentário social)
Entre a grande delegação centrista/popular/democrata-cristã presente no S. Luiz, estava o candidato à câmara de Setúbal, Nuno Magalhães.
Registo o seu interesse pelo tema debatido e que reforça a proposta de "um projecto ambicioso a nível cultural e geológico" que tem para Setúbal. Mesmo que manifeste pouca vontade de ser vereador.
Registo o seu interesse pelo tema debatido e que reforça a proposta de "um projecto ambicioso a nível cultural e geológico" que tem para Setúbal. Mesmo que manifeste pouca vontade de ser vereador.
Afinal Ela Estava Ausente
O nosso mundo às avessas uma vez mais :
Segundo a juíza Ana Gabriela freitas, o mandado de prisão preventiva emitido pelo Tribunal da Relação de Guimarães não foi executado porque a ex-autarca "encontrava-se ausente, alegadamente, para o Brasil".
Considerou ainda que a candidata se encontrava numa situação de “aparente fuga à justiça”.
Segundo a juíza Ana Gabriela freitas, o mandado de prisão preventiva emitido pelo Tribunal da Relação de Guimarães não foi executado porque a ex-autarca "encontrava-se ausente, alegadamente, para o Brasil".
Considerou ainda que a candidata se encontrava numa situação de “aparente fuga à justiça”.
quinta-feira, setembro 22, 2005
Coisas Obscuras
Confesso que não vi abertura dos telejornais de ontem à noite.
Por uma questão de higiene mental não quis ver as luzes da ribalta sobre Fátima Felgueiras.
Mas hoje, ao ler o Público, fiquei atónito. A ser verdade o que se escreve naquele periódico, o regresso da foragida foi previamente negociado com a cúpula do PS (deveremos também dizer o governo?), numa tentativa de acautelar danos colaterais; ou dito de outro modo, relatos comprometedores para o partido.
Trata-se de mais um episódio que vem minar a credibilidade da nossa vida política, como se assistíssemos ao estertor do regime saído do 25 de Abril. Por este andar, ainda chegaremos à IV República, de pendor presidencialista à francesa, que cada vez mais colunistas advogam e parece ser um sentimento difuso entre muitos portugueses, a avaliar pela última sondagem da Universidade Católica.
E o que dizer da celeridade da Justiça na alteração das medidas de coacção ? Promiscuidade entre o poder político e o poder judicial?
Por uma questão de higiene mental não quis ver as luzes da ribalta sobre Fátima Felgueiras.
Mas hoje, ao ler o Público, fiquei atónito. A ser verdade o que se escreve naquele periódico, o regresso da foragida foi previamente negociado com a cúpula do PS (deveremos também dizer o governo?), numa tentativa de acautelar danos colaterais; ou dito de outro modo, relatos comprometedores para o partido.
Trata-se de mais um episódio que vem minar a credibilidade da nossa vida política, como se assistíssemos ao estertor do regime saído do 25 de Abril. Por este andar, ainda chegaremos à IV República, de pendor presidencialista à francesa, que cada vez mais colunistas advogam e parece ser um sentimento difuso entre muitos portugueses, a avaliar pela última sondagem da Universidade Católica.
E o que dizer da celeridade da Justiça na alteração das medidas de coacção ? Promiscuidade entre o poder político e o poder judicial?
Um Liberal Apocalíptico
Dissertando sobre a guerra do Iraque, o ilustre blogger advoga, e bem, a retirada das forças militares anglo-americanas e apêndices. Depois, desemboca no declínio da Civilização Ocidental, num registo que um conservador ultramontano não desdenharia :
Enquanto nos distraimos no meio da areia por causa de um liquido preto e levar as maravilhas e defeitos do centralismo democrático (que históricamente apenas levaram à social-democracia), a mudança de polaridade da civilização para a Ásia continua. Uma guerra ou crise política e económica a mais (sistema monetário e estado social) e a civilização cristã (desaparecida no meio dos fluxos demográficos, contracepção, aborto, familia monoparental, livre emigração, etc) vai ser encontrada como uma curiosidade num qualquer texto de história daqui por uns séculos.
Enquanto nos distraimos no meio da areia por causa de um liquido preto e levar as maravilhas e defeitos do centralismo democrático (que históricamente apenas levaram à social-democracia), a mudança de polaridade da civilização para a Ásia continua. Uma guerra ou crise política e económica a mais (sistema monetário e estado social) e a civilização cristã (desaparecida no meio dos fluxos demográficos, contracepção, aborto, familia monoparental, livre emigração, etc) vai ser encontrada como uma curiosidade num qualquer texto de história daqui por uns séculos.
Culturalismo
Representam, ou não, estes agentes culturais uma das maiores aglomerações de clientelismo pedinchante dos governantes?
Que enviesamento na governação do dinheiro dos contribuintes causam estes arrufos peticionários, manifestações (como ocorreram no passado por causa dos dinheiros para o teatro) ou artigos de jornal ? Temos nós consciência que muitos "opinion-makers", públicos defensores da cultura, constroem as suas análises e comentários procurando proteger este sistema de subvenções? Que enviesamento no discurso e produção artística, destes agentes culturais, causa a dependência da repartição política dos subsídios?
Têm os consumidores de produtos culturais (blasfémia! chamar-lhes produto cultural, como se de produtos, p.ex., de mercearia se tratassem...) consciência que eles são suportados pelos impostos de todos nós? Beneficiamos todos, da mesma forma e com igual disponibilidade, dos produtos culturais pagos pelos subsídios?
Porque é que o gosto artístico de alguns iluminados prevalece na escolha de quem recebe a repartição do rendimento retirado ao país sobre a forma de impostos (mais uma função do estado providência)? Não propociona isso dúvidas sobre a objectividade e racionalidade (tão ao gosto da intelectualidade iluminada) do processo de atribuição de subsídios? Não propicia este processo uma luta entre os agentes das várias áreas culturais, canibalizando-se dessa maneira?
Texto já colocado no Insurgente.
Que enviesamento na governação do dinheiro dos contribuintes causam estes arrufos peticionários, manifestações (como ocorreram no passado por causa dos dinheiros para o teatro) ou artigos de jornal ? Temos nós consciência que muitos "opinion-makers", públicos defensores da cultura, constroem as suas análises e comentários procurando proteger este sistema de subvenções? Que enviesamento no discurso e produção artística, destes agentes culturais, causa a dependência da repartição política dos subsídios?
Têm os consumidores de produtos culturais (blasfémia! chamar-lhes produto cultural, como se de produtos, p.ex., de mercearia se tratassem...) consciência que eles são suportados pelos impostos de todos nós? Beneficiamos todos, da mesma forma e com igual disponibilidade, dos produtos culturais pagos pelos subsídios?
Porque é que o gosto artístico de alguns iluminados prevalece na escolha de quem recebe a repartição do rendimento retirado ao país sobre a forma de impostos (mais uma função do estado providência)? Não propociona isso dúvidas sobre a objectividade e racionalidade (tão ao gosto da intelectualidade iluminada) do processo de atribuição de subsídios? Não propicia este processo uma luta entre os agentes das várias áreas culturais, canibalizando-se dessa maneira?
Texto já colocado no Insurgente.
quarta-feira, setembro 21, 2005
Reformar é preciso
Roger Köppel, editor do Die Welt, escreve no Independent:
Surge-me a dúvida se o "centrão" alemão, que dividiu os votos entre Schröder e Merkel, tem vontade de ser reformado. Não estarão os alemães demasiado acostumados à economia social, onde a protecção de regalias e as políticas sociais não se coadunam com rupturas (inevitáveis para implementar as reformas)?
Se reformar é preciso, os eleitores alemães não parecem ansiosos por pagarem o preço do processo, aumentando a dimensão dos problemas por todos identificados.
O que de me faz lembrar um outro país, mais a sul.
Texto já colocado no Insurgente.
Regardless of the difficult weeks ahead, the facts will not change. Germany is crumbling under a gigantic mountain of debt. Unemployment remains at a record high. The economy is slowing down and companies are moving away.Segundo Köppel (que sobre o mesmo tema escreveu ontem no Die Welt), Schröder tem a flexibilidade suficiente para moldar uma coligação que implemente as reformas necessárias.
What we need is liberalisation and deregulation. We need to go back to the classic economic models whose success was proved time and time again during Germany's economic miracle.(...)
For Germany, it does not really matter who eventually runs the shop. The main thing is that reform is carried out as quickly and as decisively as possible.
Surge-me a dúvida se o "centrão" alemão, que dividiu os votos entre Schröder e Merkel, tem vontade de ser reformado. Não estarão os alemães demasiado acostumados à economia social, onde a protecção de regalias e as políticas sociais não se coadunam com rupturas (inevitáveis para implementar as reformas)?
Se reformar é preciso, os eleitores alemães não parecem ansiosos por pagarem o preço do processo, aumentando a dimensão dos problemas por todos identificados.
O que de me faz lembrar um outro país, mais a sul.
Texto já colocado no Insurgente.
Sábado
Acho que sábado é a rosa da semana; sábado de tarde a casa é feita de cortinas ao vento, e alguém despeja um balde de água no terraço; sábado ao vento é a rosa da semana; sábado de manhã, a abelha no quintal, e o vento: uma picada, o rosto inchado, sangue e mel, aguilhão em mim perdido: outras abelhas farejarão e no outro sábado de manhã vou ver se o quintal vai estar cheio de abelhas.
De tarde a campainha inaugurava ao vento a matinê de cinema: ao vento sábado era a rosa de nossa semana.
Se chovia só eu sabia que era sábado; uma rosa molhada, não é?
Clarice Lispector
De tarde a campainha inaugurava ao vento a matinê de cinema: ao vento sábado era a rosa de nossa semana.
Se chovia só eu sabia que era sábado; uma rosa molhada, não é?
Clarice Lispector
Uma Fábrica de Chocolate
Como vim de férias, não tenho dado muito pela campanha autárquica.
Andando pelas ruas de Setúbal, é como se nada existisse, excepção feita a uns outdoors de gosto duvidoso.
Parece pois que estas eleições são destituídas de importância, suspensos que estamos das presidenciais e dos homens providencias que se perfilam no horizonte. Pois é, o nevoeiro adensa-se...
Do que precisamos é de uma imensa fábrica de chocolates para dissipar o clima depressivo.
Impasse Alemão
Eu gostei do “impasse alemão”.
Assistimos ao decréscimo eleitoral das duas principais forças políticas, CDU/CSU e SPD, e a um reforço do pluralismo, com o aparecimento do Linke. Importa dizer que mais partidos entrariam no Bundestag, não fosse a famigerada barreira dos 5%. Seria um sistema eleitoral a adaptar ao nosso país, pois combina círculos uninominais com a proporcionalidade, na condição de expurgado da referida barreira.
Voltando às eleições alemãs, houve uma rejeição das políticas liberais de desmantelamento do Estado Social, por muitos associado a um período de prosperidade sem precedentes na História. Não seria lógico trocarmos esse capital de experiências positivas pelo canto da sereia, o futuro radioso liberal.
As soluções a encontrar, indispensáveis à sobrevivência do Estado Social, terão de partir desse legado, não dos seus escombros. Romper com o pensamento único pode ser o primeiro passo.
Assistimos ao decréscimo eleitoral das duas principais forças políticas, CDU/CSU e SPD, e a um reforço do pluralismo, com o aparecimento do Linke. Importa dizer que mais partidos entrariam no Bundestag, não fosse a famigerada barreira dos 5%. Seria um sistema eleitoral a adaptar ao nosso país, pois combina círculos uninominais com a proporcionalidade, na condição de expurgado da referida barreira.
Voltando às eleições alemãs, houve uma rejeição das políticas liberais de desmantelamento do Estado Social, por muitos associado a um período de prosperidade sem precedentes na História. Não seria lógico trocarmos esse capital de experiências positivas pelo canto da sereia, o futuro radioso liberal.
As soluções a encontrar, indispensáveis à sobrevivência do Estado Social, terão de partir desse legado, não dos seus escombros. Romper com o pensamento único pode ser o primeiro passo.
terça-feira, setembro 20, 2005
De Regresso
Regressado de férias.
O encanto de Budapeste; o prazer de descobrir a quietude dos pátios ocultados pelos majestosos edifícios das avenidas agitadas de Peste. Desfrutar da atmosfera da Váci Utca ou da imponência da Avenida Andrassy, deparar com um belo café, uma galeria ou um antiquário. Havia um doce sabor a decadência, nem tudo estava no seu lugar e em muitos edifícios podíamos sentir a erosão do tempo. Era uma beleza inimiga da perfeição.
A tranquilidade bucólica de Buda convidava à meditação e da sua vista privilegiada, da Galeria Nacional Húngara ou do Castelo Real, contemplávamos o Danúbio e as pontes. As pontes que me deixam tantas saudades.
Ah! Não me podia esquecer do maravilhoso vinho húngaro...
Afinal...
... amigos como dantes, Norton de Matos e Chumbita Nunes, comunicam a continuidade do treinador.
Lá continuará a aproveitar a sombra do banco do Vitória (que o Sol ainda é forte) e a perguntar a Carlos Cardoso quem deve substituir. Lá vão os sócios da bancada ao Sol (que como se sabe ainda é forte) continuar a dizer mal da família do técnico...
Diz-me um colega de repartição que devo ter paciência. Como sócio do Belenenses, ele está encartado para o dizer. Mas também... bolas! eles levaram-nos o Meyong que se tem fartado de marcar golos! Que era outro que passava a vida a ser assobiado pelos tais sócios escaldados do Sol.
Lá continuará a aproveitar a sombra do banco do Vitória (que o Sol ainda é forte) e a perguntar a Carlos Cardoso quem deve substituir. Lá vão os sócios da bancada ao Sol (que como se sabe ainda é forte) continuar a dizer mal da família do técnico...
Diz-me um colega de repartição que devo ter paciência. Como sócio do Belenenses, ele está encartado para o dizer. Mas também... bolas! eles levaram-nos o Meyong que se tem fartado de marcar golos! Que era outro que passava a vida a ser assobiado pelos tais sócios escaldados do Sol.
Internet gratuita?
Na sede do clube "Os Amarelos", já funciona um dos postos de acesso gratuito à internet, previstos no programa Setúbal - Península Digital.
Depois de vencer as marchas populares (em Junho) e de servir de observatório para a implosão troiana, o bairro Santos Nicolau volta a estar na crista da onda do choque tecnológico.
Mas dizer que se trata de acesso gratuito, parece-me um exagero. Veja-se o financiamento por ano, totalizando até 2006 um valor de 7.283.433 euros .
São estes os valores que suportam o programa, de cuja comissão executiva faz parte o actual presidente da câmara de Setúbal, Carlos de Sousa. O principal financiamento vem do programa POSI, no âmbito do 3º Quadro Comunitário de Apoio. Este programa é gerido pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia e pela Agência de Inovação. Participam também os munícipios da Associação de Municípios do Distrito de Setúbal.
Como se vê, os acessos são pagos. Não pelos utilizadores mas por todos os contribuintes portugueses e europeus. Nada do que os organismos do estado nos apresentam é gratuito mas antes a aplicação (gasto) do dinheiro dos impostos cobrados. Em Portugal ou noutro país.
Depois de vencer as marchas populares (em Junho) e de servir de observatório para a implosão troiana, o bairro Santos Nicolau volta a estar na crista da onda do choque tecnológico.
Mas dizer que se trata de acesso gratuito, parece-me um exagero. Veja-se o financiamento por ano, totalizando até 2006 um valor de 7.283.433 euros .
São estes os valores que suportam o programa, de cuja comissão executiva faz parte o actual presidente da câmara de Setúbal, Carlos de Sousa. O principal financiamento vem do programa POSI, no âmbito do 3º Quadro Comunitário de Apoio. Este programa é gerido pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia e pela Agência de Inovação. Participam também os munícipios da Associação de Municípios do Distrito de Setúbal.
Como se vê, os acessos são pagos. Não pelos utilizadores mas por todos os contribuintes portugueses e europeus. Nada do que os organismos do estado nos apresentam é gratuito mas antes a aplicação (gasto) do dinheiro dos impostos cobrados. Em Portugal ou noutro país.
segunda-feira, setembro 19, 2005
sexta-feira, setembro 16, 2005
O caneiro
Hoje de manhã, enquanto passava por cima da Ponte 25 de Abril, ouvi na rádio a notícia do perigo em que incorria. Pelos vistos, o vale de Alcântara corria o risco de ruir e todas as estruturas que por ele passam corriam o risco de desabar.
Fiquei a matutar.
Afinal, não tinham havido umas obras, que duraram uma eternidade, com alterações de trânsito bem incómodas? Não tinham elas decorrido do mergulho de um autocarro no parque de estacionamento da estação de Campolide em Novembro de 2003?
Curioso... As notícias (já com dois anos) dizem que não só as obras foram feitas como também o talude do lado do bairo da Liberdade seria arranjado. O relatório hoje mencionado, data precisamente desta altura. Mas já se sabe... Obras de Santana Lopes; só trapalhadas; certamente nem ele nem ninguém na CML alguma vez leu o relatório.
Também Setúbal é atravessada por várias ribeiras encanadas. Ciclicamente, perto das eleições autárquicas ou quando começa o Inverno o tema é debatido. Infelizmente, em altura de cheias, as consequências de optar por viver perto das ditas tornam-se evidentes. Mas a análise da opção de residir em zonas de maior risco (em Setúbal ou noutra cidade) podia-nos levar a outra discussão...
Fiquemos pelo caneiro alfacinha.
O dia de hoje foi fértil em acréscimos à notícia inicial do "Tal & Qual". Não houve rádio ou site de notícias que não pegasse na coisa. Todos os candidatos à edilidade se pronunciaram. No fim do dia, surge um comunicado da Câmara Municipal de Lisboa onde podemos seguir cronologicamente a novela de um rio encanado e das obras que teve, as que tem e as que vai ter. Afinal, parecia simples obter todos os dados do problema.
Já posso voltar para casa, atravessar a ponte caminho do sul. Afinal há quem trabalhe para evitar a derrocada geral. O que fica: um caso de "much ado about nothing" ou de jornalismo alarmista (num timing seleccionado), sem o devido fundamento de investigação?
Texto já colocado no Insurgente.
Fiquei a matutar.
Afinal, não tinham havido umas obras, que duraram uma eternidade, com alterações de trânsito bem incómodas? Não tinham elas decorrido do mergulho de um autocarro no parque de estacionamento da estação de Campolide em Novembro de 2003?
Curioso... As notícias (já com dois anos) dizem que não só as obras foram feitas como também o talude do lado do bairo da Liberdade seria arranjado. O relatório hoje mencionado, data precisamente desta altura. Mas já se sabe... Obras de Santana Lopes; só trapalhadas; certamente nem ele nem ninguém na CML alguma vez leu o relatório.
Também Setúbal é atravessada por várias ribeiras encanadas. Ciclicamente, perto das eleições autárquicas ou quando começa o Inverno o tema é debatido. Infelizmente, em altura de cheias, as consequências de optar por viver perto das ditas tornam-se evidentes. Mas a análise da opção de residir em zonas de maior risco (em Setúbal ou noutra cidade) podia-nos levar a outra discussão...
Fiquemos pelo caneiro alfacinha.
O dia de hoje foi fértil em acréscimos à notícia inicial do "Tal & Qual". Não houve rádio ou site de notícias que não pegasse na coisa. Todos os candidatos à edilidade se pronunciaram. No fim do dia, surge um comunicado da Câmara Municipal de Lisboa onde podemos seguir cronologicamente a novela de um rio encanado e das obras que teve, as que tem e as que vai ter. Afinal, parecia simples obter todos os dados do problema.
Já posso voltar para casa, atravessar a ponte caminho do sul. Afinal há quem trabalhe para evitar a derrocada geral. O que fica: um caso de "much ado about nothing" ou de jornalismo alarmista (num timing seleccionado), sem o devido fundamento de investigação?
Texto já colocado no Insurgente.
quinta-feira, setembro 15, 2005
Vivó Vitória!
aaaaa
Amanhã, com a voz dorida, contarei das minhas alegrias. Ou das tristezas, se assim calhar.
Já sabe que a bola é redonda, são onze de um lado e doze do outro - eu e mais alguns milhares, seremos o 12º jogador do VFC!
E sei que comigo estará todo o Bonfim.
Amanhã, com a voz dorida, contarei das minhas alegrias. Ou das tristezas, se assim calhar.
Já sabe que a bola é redonda, são onze de um lado e doze do outro - eu e mais alguns milhares, seremos o 12º jogador do VFC!
E sei que comigo estará todo o Bonfim.
Incêndio na Zambujeira - extinto
Ao que me informam os enviados especiais do Office à Zambujeira, o incêndio foi originado pela queda de um eucalipto em cima de um poste de electricidade, fazendo com que os cabos iniciassem o fogo.
Reporta-se também que a fonte de abastecimento dos aviões empregues no combate ao fogo, foi o mar.
Reporta-se também que a fonte de abastecimento dos aviões empregues no combate ao fogo, foi o mar.
quarta-feira, setembro 14, 2005
Unidos à nascença
Acreditem se quiserem. Se não acreditam, vão ver aos arquivos.
Nascidos a 9 de Setembro de 2004:
XanelCinco
Quid Rides?
Office Lounging
Que vento inspirador sopraria nessa quinta-feira?
Nascidos a 9 de Setembro de 2004:
XanelCinco
Quid Rides?
Office Lounging
Que vento inspirador sopraria nessa quinta-feira?
Incêndio na Zambujeira
Já faltava.
"Um incêndio rural deflagrou esta quarta-feira às 13:35 numa área de mato na zona de Zambujeira do Mar, concelho de Odemira (Beja), e duas horas depois ainda não estava circunscrito, informaram os bombeiros." (DD; Obrigado ao Miguel)
"Um incêndio rural deflagrou esta quarta-feira às 13:35 numa área de mato na zona de Zambujeira do Mar, concelho de Odemira (Beja), e duas horas depois ainda não estava circunscrito, informaram os bombeiros." (DD; Obrigado ao Miguel)
Zambujeira - V
C'est en septembre
Pays de mes jeunes années
Là où mon père est enterré
Mon école était chauffée
Au grand soleil
Au mois de mai, moi je m'en vais
Et je te laisse aux étrangers
Pour aller faire l'étranger moi-même
Sous d'autres ciels
Explicações de geografia política
«O Bloco de Esquerda promove, no dia 17, às 10 horas, no Salão da Cooperativa Pluricoop, Largo Zeca Afonso, em Grândola, um encontro subordinado ao tema: "Litorais ameaçados do distrito de Setúbal. Que alternativas?".
Os promotores do encontro dizem-se "preocupados com a ameaça que alguns projectos imobiliários representam para o equilíbrio social e ecológico das zonas litorais do distrito de Setúbal" ao mesmo tempo que afirmam ser "preciso alertar a opinião pública e abrir debate sobre as alternativas a esta ofensiva". » (Via ROS)
É uma boa ocasião para explicar ao candidato do BE à câmara de Setúbal que Tróia pertence à juridisção do concelho de Grândola.
Se quiser mesmo fazer do empreendimento de Tróia o tema principal da sua campanha, recomendo-lhe que apanhe o ferry e vá pregar para outras freguesias. Literalmente.
Os promotores do encontro dizem-se "preocupados com a ameaça que alguns projectos imobiliários representam para o equilíbrio social e ecológico das zonas litorais do distrito de Setúbal" ao mesmo tempo que afirmam ser "preciso alertar a opinião pública e abrir debate sobre as alternativas a esta ofensiva". » (Via ROS)
É uma boa ocasião para explicar ao candidato do BE à câmara de Setúbal que Tróia pertence à juridisção do concelho de Grândola.
Se quiser mesmo fazer do empreendimento de Tróia o tema principal da sua campanha, recomendo-lhe que apanhe o ferry e vá pregar para outras freguesias. Literalmente.
Muito me honram - (Update)
Em nome dos funcionários desta modesta repartição, agradeço os parabéns que recebemos.
Da perfumada Miss Pearls. Dos vitorianos Luís (Abnegado), Carlos (Tugir) e João (Lusitano). Dos escribas d' A Arte da Fuga. Do sulista, sportinguista e liberal Rui Carmo. Do J.A. do PuraEconomia. Do meu amigo BB. Do Diogo da Cooperativa. Do André (Observador) e do FCG (The Guest of Time), companheiros de insurgências. Do Rodrigo (Acidental). Do Bruno (Desesperada Esperança). Do Nuno (A Forma do Jazz). Do BilidaQuid (Quid Rides?).
O Rodrigo recordou uma "série" de boa memória aqui no Office, sugerindo o "Eye in the Sky". Sobre o disco, pode-se ler no AllMusic:
Da perfumada Miss Pearls. Dos vitorianos Luís (Abnegado), Carlos (Tugir) e João (Lusitano). Dos escribas d' A Arte da Fuga. Do sulista, sportinguista e liberal Rui Carmo. Do J.A. do PuraEconomia. Do meu amigo BB. Do Diogo da Cooperativa. Do André (Observador) e do FCG (The Guest of Time), companheiros de insurgências. Do Rodrigo (Acidental). Do Bruno (Desesperada Esperança). Do Nuno (A Forma do Jazz). Do BilidaQuid (Quid Rides?).
O Rodrigo recordou uma "série" de boa memória aqui no Office, sugerindo o "Eye in the Sky". Sobre o disco, pode-se ler no AllMusic:
The album deals with the futuristic outlook of how our lives will be constantly monitored by "Big Brother" and the manner in which man's right for freedom and choice may someday be thwarted by the government, or the powers that be.Bem escolhido.
terça-feira, setembro 13, 2005
O que faz falta à nossa agricultura
As jovens pertencem à Associação de Jovens Agricultores da Baviera e, tal como as suas colegas austríacas já fazem há dois anos, apresentaram o novo calendário da organização.
"Somos jovens lavradoras que gostam da vida e da agricultura", dizem elas.
Vocês sabem de quem eu estou a falar...!
“Estabilidade, seriedade e diálogo”, “Melhorar a qualidade de vida dos Palmelenses em 100 dias”, “15 mil pessoas do concelho que não têm médico de família vão ver o seu problema resolvido”, “pôr a funcionar, de uma vez por todas, o Gabinete de Protecção Civil”, “execução do projecto para o quartel dos bombeiros”, “rede de centros de dia e infantários que sirva convenientemente a população”, “contribuir decisivamente para abrir um novo ciclo económico, cultural e de desenvolvimento em Palmela”, “revitalizar a indústria tradicional e atrair novos investidores ao concelho”, “ter em Palmela a sede do encontro bienal da cultura”.
Estas propostas só serão concretizadas com trabalho. Muito trabalho.
Pelo menos é o que ele propõe nos seus cartazes.
Estas propostas só serão concretizadas com trabalho. Muito trabalho.
Pelo menos é o que ele propõe nos seus cartazes.
segunda-feira, setembro 12, 2005
Feira de S. Mateus
Uma grande falha minha foi não ter falado na Feira de S. Mateus em Viseu. É uma feira centenária e que, com os melhoramentos do espaço onde se realiza, está mto melhor organizada.
Por isso aqui fica uma proposta de fim de semana em Viseu:
Almoço no restaurante "O Cortiço", depois um passeio que poderá ser pelo Caramulo e o o seu Museu dos Coches, Penalva do Castelo e a sua Quinta da Insua (a rivalizar com a Casa de Mateus, embora menos conhecida), ou a Serra da Estrela, etc... Depois à noite uma visita à Feira, onde poderão experimentar enguias da Murtosa (em molho de escabeche), com batata à racha (cortadas a meio e cozidas com casca). Para sobremesa, umas farturas com vinho verde...
No outro dia descansar e regresso...
Vão pensando...
Visto
O filme é... Quer dizer,... Bom, então é assim: explodem o planeta onde um tipo vive e fazem-no viajar pela galáxia, sempre com uma toalha atrás...
Não, não é só isto... É muito mais...
É melhor irem ver. Mas vão mesmo.
E lembrem-se:
Patrocínios privados, divertimentos públicos
O candidato do BE à câmara de Grândola diz que os projectos turísticos previstos para o concelho "têm um carácter neo-liberal, que não vão ter um impacto na criação de emprego". O candidato vai longe, propondo novos paradigmas:
Texto já colocado no Insurgente.
Queremos dar um novo conceito de bem público. A autarquia está a passar para as mãos dos interesses económicos, tomando como por exemplo a Feira de Agosto, onde praticamente todos os eventos são patrocinados pelos grupos económicos.Inaceitável! Como se atrevem os capitalistas a pagar o divertimento do povo? E logo na vila morena...
Texto já colocado no Insurgente.
E não é que ganhámos...?
Não foi no velhinho Bonfim, mas num moderníssimo estádio em Coimbra. E as outras riscas verdes também se portaram bem...
sábado, setembro 10, 2005
365 dias depois
"Olá!
Sejam benvindos!Uma da hipóteses de nome para este blog era "Ocasional". Isto porque a frequência de actualização será essa: ocasional.Vamos a ver no que isto vai dar..."
Viu-se no que isto deu.
Assinou um tal de LA. Que ainda não se foi embora...
Sejam benvindos!Uma da hipóteses de nome para este blog era "Ocasional". Isto porque a frequência de actualização será essa: ocasional.Vamos a ver no que isto vai dar..."
Viu-se no que isto deu.
Assinou um tal de LA. Que ainda não se foi embora...
sexta-feira, setembro 09, 2005
Candidato a candidato
Há mais um português na disposição de se canditar a P.R. para ajudar o país.
De seu nome Luís Botelho, tem 37 anos e é professor de Engenharia Electrónica da Universidade do Minho. Apresenta-se aos eleitores com uma "Nova Atitude" (o slogan de campanha).
Eis algumas das suas propostas:
De seu nome Luís Botelho, tem 37 anos e é professor de Engenharia Electrónica da Universidade do Minho. Apresenta-se aos eleitores com uma "Nova Atitude" (o slogan de campanha).
Eis algumas das suas propostas:
o cargo de Presidente da República não pode continuar a ser encarado como um prémio de carreira.(...)E ainda:
"Se não conseguir criar condições em Portugal para que a área florestal seja em cada ano inferior a 100 mil hectares, obviamente, demito-me"
promover a discussão sobre uma possível instalação da Presidência da República no Paço dos Duques de Guimarães
quinta-feira, setembro 08, 2005
Finalmente o regresso à rotina
Depois de umas férias relaxantes, lá para as bandas da Zambujeira, estive desterrado em trabalho em Viseu (desterrado não é bem o termo, porque eu adoro Viseu e é a minha cidade natal). Mas em Setúbal sempre tenho razões mais fortes para estar.
Mas voltando ao assunto, com isto tudo, já lá vão dois meses que não dou sinal de vida.
Mas aqui estou e precisamente no dia da implusão das torres de Tróia. E quanto a isso, espero que finalmente Tróia tenha o esplendor que a sua beleza natural merece, e que o empreendimento contribua de forma decisiva para a evolução da região, crescimento económico e diminuição do desemprego. Toda essa zona agradece, depois de anos de problemas laborais.
Mas voltando ao assunto, com isto tudo, já lá vão dois meses que não dou sinal de vida.
Mas aqui estou e precisamente no dia da implusão das torres de Tróia. E quanto a isso, espero que finalmente Tróia tenha o esplendor que a sua beleza natural merece, e que o empreendimento contribua de forma decisiva para a evolução da região, crescimento económico e diminuição do desemprego. Toda essa zona agradece, depois de anos de problemas laborais.
É hoje!
"Oito mil binóculos vão ser distribuídos no recinto da Festanima, nas Escarpas de São Nicolau, a 8 de Setembro, dia de arranque do certame, a partir das 15h00, para os visitantes assistirem à implosão das torres de Tróia." (CMS)
Será disto que fala o Bloco de Esquerda, temendo que a partir de agora, só se poderá ver Tróia por um canudo? Via SnR:
"Foi com a entrega de um “canudo” de cerca de 4 metros na Câmara Municipal de Setúbal, que o Bloco de Esquerda quis mostrar o seu total desacordo com o empreendimento turístico que será construído em Tróia. João Bárbara, candidato do Bloco de Esquerda à autarquia, diz que a apresentação deste projecto como solução dos problemas da região é “uma falácia” e defende que com o avanço os setubalenses “vão ver cerceado o acesso às praias em Tróia”.
Porque é quo Dr. Bárbara não entregou o "canudo" ao presidente da Câmara de Grândola?
quarta-feira, setembro 07, 2005
Anarquia no Office
Um membro do partido anarquista alemão, mostra um cartaz com um dos lemas da sua campanha: "Arbeit ist Scheisse".
O partido pretende o total regresso da humanidade à estupidez.
Regresso..?
terça-feira, setembro 06, 2005
Zambujeira - IV
C'est en septembre
C'est en septembre
Quand l'été remet ses souliers
Et que la plage est comme un ventre
Que personne n'a touché
C'est en septembre
Que mon pays peut respirer
Zambujeira - III
C'est en septembre
En été mon pays à moi
En été c'est n'importe quoi
Les caravanes le camping-gaz
Au grand soleil
La grande foire aux illusions
Les slips trop courts, les shorts trop longs
Les hollandaises et leurs melons
De cavaillon
segunda-feira, setembro 05, 2005
Zambujeira - II
C'est en septembre
C'est en septembre
Quand les voiliers sont dévoilés
Et que la plage, tremblent sous l'ombre
D'un automne débronzé
C'est en septembre
Que l'on peut vivre pour de vrai
Zambujeira
C'est en septembre
Les oliviers baissent les bras
Les raisins rougissent du nez
Et le sable est devenu froid
Oh blanc soleil
Maitres baigneurs et saisonniers
Retournent à leurs vrais métiers
Et les santons seront sculptés
Avant Noël
sexta-feira, setembro 02, 2005
Weirdo
Uma Coleguinha: O Luís gosta de Jazz...
Outra Coleguinha: Ah..!?
Uma Coleguinha: É...Só ouve coisas esquisitas...
Outra Coleguinha: Ah!
Uma Coleguinha: Tem é a mania que é intelectual, é o que é...!
Biografia completa de um escriba enquanto ouvinte de música.
Fiquei explicado.
Weirdo: A person regarded as being very strange or eccentric.
Outra Coleguinha: Ah..!?
Uma Coleguinha: É...Só ouve coisas esquisitas...
Outra Coleguinha: Ah!
Uma Coleguinha: Tem é a mania que é intelectual, é o que é...!
Biografia completa de um escriba enquanto ouvinte de música.
Fiquei explicado.
Weirdo: A person regarded as being very strange or eccentric.
quinta-feira, setembro 01, 2005
OGM não aumentam alergias
Via ABC News:
"Despite concerns from some critics of genetically modified crops that the foods may raise consumers' risk of allergic reactions, a new study finds no evidence that this is the case.(...)
The researchers, led by Rita Batista of Portugal's National Health Institute in Lisbon, gave 77 study participants allergy tests to see whether they reacted differently to the GM corn and soy than they did to conventional varieties.
None of them did, according to findings published in the Journal of Allergy & Clinical Immunology."
Menos argumentos a favor dos que pretendem impedir a o cultivo e comercialização destes produtos. E há quem precise deles para sobreviver.
"Despite concerns from some critics of genetically modified crops that the foods may raise consumers' risk of allergic reactions, a new study finds no evidence that this is the case.(...)
The researchers, led by Rita Batista of Portugal's National Health Institute in Lisbon, gave 77 study participants allergy tests to see whether they reacted differently to the GM corn and soy than they did to conventional varieties.
None of them did, according to findings published in the Journal of Allergy & Clinical Immunology."
Menos argumentos a favor dos que pretendem impedir a o cultivo e comercialização destes produtos. E há quem precise deles para sobreviver.
Debate autárquico
Informa-me o Setúbal na Rede que irá decorrer no dia 5 de Setembro, no Auditório da Universidade Moderna de Setúbal, um debate com os candidatos à Câmara Municipal de Setúbal. Lá estarão Carlos de Sousa (CDU), Catarino Costa (PS), Fernando Negrão (PSD), Nuno Magalhães (CDS-PP) e João Bárbara (BE).