Governo Adia Dívidas Dos Clubes Para 2010

Para o futebol há sempre mais uma prorrogação, de preferência até à eternidade.
Ao governo anterior aplica-se bem o ditado : entrada de leão, saída de sendeiro.
E continuamos com contribuintes que são mais iguais do que os outros.
Fará o Vitória de Setúbal parte daquele grupo de eleitos?

Mais Uma Vez O Bloco Central

PS e PSD, numa reedição do bloco central de triste memória, decidiram alterar a Lei Autárquica para permitir a criação de executivos de uma só cor política. Desvirtua-se assim o sentido de voto em nome da estabilidade dos executivos, fazendo tábua rasa das oposições, que são remetidas para a obscuridade das assembleias municipais.
Convém dizer que nas autarquias a oposição exerce-se sobretudo nas reuniões de câmara, onde as várias forças políticas estão representadas pelos vereadores que legitimamente elegeram. As assembleias municipais têm um papel menor, reúnem-se de forma muito espaçada no tempo, não assumindo por isso o carácter de um parlamento fiscalizador dos actos do executivo. E não é de crer que a legislação agora aprovada altere esse quadro, mesmo se com medidas de reforço dos poderes das assembleias; medidas estas com muito de cosmético.
Sai reforçado o poder pessoal dos autarcas e dos seus escolhidos, consolidam-se as teias de interesses e dependências, mais pessoais do que políticas.
E com a redução do espaço de intervenção das oposições, temos o debate empobrecido e pior democracia.
Tudo isto é agravado por não haver ainda uma lei de limitação dos mandatos dos titulares de cargos executivos, o que faz recear pela perpetuação do caciquismo.
O papel dos eleitores será o de legitimar presidentes com um poder quase absoluto durante os quatro anos de duração do mandato. Os que votarem em outras forças políticas terão uma representação virtual.
É, em suma, a democracia reduzida ao mínimo denominador comum.

Invasão chinesa

aaaaa

O par feminino Li Na e Zheng Jie passou aos quartos de final do Estoril Open.
Patrocinadas pelos têxteis americanos da Nike, provavelmente produzidos na China.

Era, talvez, de lhes impôr uma "cláusula de salvaguarda" até se se apurar se se trata de uma importação que afecta a indústria portuguesa de contrafacção de marcas internacionais e as crianças que nela trabalham.

Amigos dos capitalistas

"Se há investidores que têm dúvidas sobre a localização das suas empresas, podem olhar, agora, para Palmela como uma opção a considerar". via Região de Setúbal

As palavras de um assessor do presidente da câmara municipal de Palmela decorrem da atribuição, a esta, de um prémio da Agência Portuguesa de Investimentos "por ter sido uma das mais eficazes do país na redução dos chamados «custos de contexto»". Foi premiada a capacidade da edilidade de despachar as burocracias que permitem a instalação de novas empresas no concelho, tendo o assessor explicado que os mesmos mecanismos são aplicados a todas, não só às de grande dimensão e que giram em torno da Autoeuropa.

A câmara de Palmela tem maioria absoluta da CDU.

Democratas Venezuelanos

Os democratas venezuelanos pela voz do antigo presidente, Carlos Andrés Pérez :

La menace se profile. « Chávez doit mourir comme un chien parce qu’il le mérite », a froidement déclaré, depuis son exil, l’ancien président Carlos Andrés Pérez (destitué pour corruption), avant d’ajouter : « Nous ne pouvons pas simplement nous débarrasser de Chávez, puis, immédiatement après, avoir une démocratie. Nous aurons besoin d’une période de transition de deux ou trois ans pour jeter les fondations d’un Etat où prévaudra l’empire de la loi. Lorsque Chávez tombera, nous devrons fermer l’Assemblée nationale et la Cour suprême (8)».

É o vinho

"Era o vinho, meu Deus era o vinho
Era a coisa que eu mais adorava
Só por morte meu Deus, só por morte
Só por morte o vinho deixava

Ai eu hei-de morrer numa adega
Ai com um copo de vinho na mão
Ai o vinho é minha mortalha
Ai a pipa é meu caixão"
(Quinta da Mimosa, 1998, Casa Ermelinda Freitas)

Via Distrito Online:
"A localidade de Fernando Pó recebe, entre os dias 6 e 8 de Maio, a 10ª Mostra de Vinhos das Freguesias de Marateca e Poceirão.
Uma data marcante para os produtores do concelho que criaram o evento, já que representa um processo evolutivo que dotou as empresas de maior capacidade competitiva e garantiu o reconhecimento nacional e internacional dos vinhos de qualidade produzidos na região. Este ano, a Mostra decorre junto à Associação Cultural e Desportiva de Fernando Pó, onde os visitantes podem provar vinhos das 33 adegas inscritas."

O novo ganso

É Pecado

Propor que o ensino da Religião e Moral seja disciplina opcional nas escolas, como o fez o primeiro-ministro de Timor, Mari Alkatari. Colheu a ira da Igreja Católica, cujos bispos vieram a terreiro exigir a demissão daquele titular.
Força determinante na vida social deste jovem país, a Igreja parece negar o direito de escolha às famílias timorenses. É, pois, uma história que se repete, sempre que detém hegemonia ou tutela sobre uma dada sociedade.

Sim Alteza, mas...

"«Nas democracias, a opinião pública funciona, mas se as pessoas preferirem estádios de futebol, estradas e casas da música, não há dinheiro para recuperar o património», afirmou D. Duarte Pio, no sábado, durante uma visita ao Convento de Jesus. O Duque de Bragança associou-se à concentração convocada pelo recém-criado “Movimento de Defesa do Convento de Jesus” (MDCJ), que juntou perto de uma centena de pessoas." Região de Setúbal

Sua alteza real tem razão ao pressupor que deveria haver limites aos gastos públicos, tendo em conta o seu custo de oportunidade. Mas não é essa a prática, republicana e monárquica, de o estado em tudo se envolver e sobre tudo se responsabilizar. Há muitos gastos ("estádios de futebol" e "casas da música") que são bons exemplos de áreas que deviam ser deixadas aos privados (clubes, organizações de artistas, de espectadores ou empresários) para que aí investissem, tendo a liberdade de controlar os custos e fixar os preços.
Abundam também os exemplos de monumentos históricos preservados pelo investimento privado, como o caso das pousadas históricas. Estes não são donos ausentes e desinteressados pelo seu património.

Os custos de estacionar

"Aumentar a oferta de estacionamento nas zonas centrais da cidade é o objectivo da Câmara Municipal de Setúbal, que vai encomendar um estudo nesse sentido. O estudo terá como objectivo a construção de parques de estacionamento subterrâneos, aliada ao ordenamento do estacionamento de curta duração, à superfície e que permita à câmara apresentar uma decisão fundamentada – com base em dados concretos de estacionamento, tais como volumes, rotatividade e oferta - sobre uma proposta de ordenamento e localização do estacionamento no centro da cidade." via Setubalense

Ao ler esta notícia, recordei-me de dois posts no Jaquinzinhos, um intitulado "Mobilidade e Estacionamento" e outro refente a algumas propostas que Miguel Portas (BE) fez aquando da sua candidatura ao munícipio lisboeta em 2001, algumas para resolver o problema de estacionamento.
Com sempre, excelente leitura.

Hoje, na Galeria Zé dos Bois, a folk urbana de Nina Nastasia.
Lá estarei.

Terceira posta explicativa

Já perceberam este escriba do "Office Lounging"?

While you think about it, try loungin'.

O som do Office

Loungin'
"Everybody knows they have times when they wanna just lay back
kick their feet up, y'know
listen to some good music and just lounge
That's right, I said lounge"

O Nova Obra de Arte de Setúbal

Sobre o monumento ao 25 de Abril feito de tetrapodes, a minha reacção é de estranheza. Mas isso pode não ser necessariamente mau, quem sabe se não se entranhará na envolvente urbana.
Só o vi uma vez, quando de um passeio nocturno na cinzenta Av.ª Luísa Todi. Como disse atrás, estranhei aquela presença, mas não fiz qualquer juízo de valor.
Ao ler o artigo da publicação “on line” Setúbal Na Rede, fiquei com a sensação de que se trate de um objecto polémico e de que a reacção da Artiset foi meramente corporativa; tivesse sido um artista setubalense o contemplado, e as críticas não seriam tão virulentas. Pelo que disseram os entrevistados, parece-me que, em simbolismo e significado, não diferirá muito daquele implantado na Praça de Portugal. Mais uma vez, o imaginário industrial e o lema da união faz a força; a ligação ao mar faz-se pela indústria e não pela natureza.
Vejo a tua reacção nas alusões do artista a esta globalização que a todos toca e inquieta.

Eu boçal contribuinte, não percebo nada de arte

O monumental monumento comemorativo do 25 de Abril, que vai ser inaugurado na Av. Luisa Todi, continua a causar polémica. Muitos têm sido os que criticam o conceito, os materiais e a dimensão da estrutura. Esta consiste na assemblagem de vários tetrapodes, os mesmos blocos de betão que servem para construir portos marítimos.

Sobre estas apreciações artísticas, disse Margarida Rocha, coordenadora do curso de Educação Visual e Tecnológica da ESE de Setúbal (via Setúbal na Rede), que as pessoas "não estão habituadas a observar a arte que não é figurativa" reconhecendo "uma grande carga simbólica na escultura".

Eu serei um dos boçais que acha que se trata de um amontoado de blocos de betão, representativos de um carregamento vindo da fábrica da Secil na Arrábida. Proponho mesmo que esta "grande carga simbólica" seja repartida pela senhora e pelo edil Carlos Sousa que em boa hora achou que a câmara mais endividada do país devia gastar dinheiro com aquele trambolho.

Espero que se a maioria municipal mudar, o próximo executivo mande explodir a dita coisa ou que a use nas obras de expansão do porto. Em qualquer caso, o dinheiro já está gasto, para gáudio dos que acham que os estado deve financiar opções artistícas.

Vais ver! Ah vais, vais...!

Um acidental adepto de uma agremiação desportiva de um bairro alfacinha, que por sinal conseguiu chegar à final da Taça de Portugal, onde terá a honra de defrontar o Vitória, acha que sou o único adepto vitoriano.
Por acaso até sou sócio com quotas pagas até final da época. Um verdadeiro cromo da bola, é a verdade.
Mas a resposta vai ele ter quando o VIII Exército (todos os adeptos e sócios, não só a claque) invadir o Jamor. Até acho que Helena Coelho vai lá estar (tu vê lá...a inveja é coisa feia!) :

José Manuel Fernandes e o Papa

No editorial do Público de ontem, José Manuel Fernandes exultava com a eleição do Cardeal Ratzinger, chegando mesmo a estabelecer um paralelismo entre o combate ao comunismo, levado a cabo por João Paulo II, e a missão evangelizadora do novo Papa face à ditadura do relativismo que grassa na Europa.
Em suma, o Papa Bento XVI estaria para a Europa como o Presidente Bush está para os EUA, em ambos o mesmo combate contra um mundo amoral, sem hierarquias e valores.
Move-se José Manuel Fernandes num quadro maniqueísta, em que a moral não existe fora da religião.
Abeiramo-nos perigosamente do abismo da anomia social, pois andamos desavindos com o cristianismo. Para nós, europeus, não há salvação fora da Igreja. Abandonemos, pois, os ídolos criados no caldo de uma cultura de massas muito capitalista, da música Rock à Pop (que o nosso Papa tão bem destrinça), o feminismo, o culto dos anos 60 e o egotismo.
É, sem surpresa, uma lógica de exclusão, e na longa lista de anátemas figura também o liberalismo. Talvez o espírito de José Manuel Fernandes tenha sido expurgado desta ideologia.

O som no Office

Se este não é um grande disco, não sei o que será um grande disco. E o meu amigo Bruno, que anda lá longe a ganhar a vida, também gosta.

Itapuã
Um velho calção de banho
o dia pra vadiar
Um mar que não tem tamanho
e um arco-íris no ar
Depois, na Praça Caymmi
sentir preguiça no corpo
e numa esteira de vime
beber uma água de coco, é bom
Passar uma tarde em Itapuã
ao sol que arde em Itapuã
ouvindo o mar de Itapuã
falar de amor em Itapuã

O proprietário desleixado

«Paredes descarnadas e vulneráveis a infiltrações, revestimentos de madeira destruídos, tectos com buracos, salas cheias de entulho, portas e janelas arrombadas e com vidros partidos, claustros invadidos por musgo, lixo e ervas daninhas. (...)
"Há 15 anos encerrou-se o monumento à cidade e a sua não utilização ajudou à degradação"(...)"Tudo o que aqui está é da responsabilidade do Ministério da Cultura, não podemos fazer aqui nada sem autorização"[afirmou Carlos de Sousa, presidente da Câmara Municipal de Setúbal]» via Setubalense


O Forte de S. Filpe e o Convento de Jesus serão os imóveis históricos mais significativos de Setúbal. Enquanto o primeiro foi transformado em pousada e tem sido conservado, o Convento continua a degradar-se, depois de há muitos anos ter sofrido uma intervenção, aparentemente conduzida com o saber arquitectónico de uma turma da pré-primária. O proprietário pouco se tem interessado pelo seu imóvel. É natural: é dono de um vasto património e as receitas que de que dispõe não lhe permitem preservar e cuidar dos seus bens. Outro dono pensaria em alienar estes imóveis, diminuindo a dispersão dos custos de manutenção e realizando dinheiro com o qual cuidaria melhor dos outros.
O problema é que falamos do estado central, aquele que muitas vezes é apontado como o grande patrocinador das artes e cultura, sem o qual a identidade nacional desaparecia e ao qual os agentes culturais, invariavelmente, pedem ajuda financeira.
No exemplo em apreço, gostava que me explicassem o benefício da nacionalização da cultura. De preferência antes que ele rua.

Kate

Cat eyes.

O monumental monumento

Se Lisboa tem a controversa escultura de Cutileiro, que no alto do Parque Eduardo VII comemora o 25 de Abril, também Setúbal tem o seu monumental monumento revolucionário. Este ficará na Av. Luísa Todi.
Carlos Sousa entusiasmou-se pelo trabalho que o escultor José Aurélio diz simbolizar "a resistência ao regime totalitário". Trata-se de três tetrapodes, os mesmos que são usados para construir muralhas marítimas.

Estranhamente, ou não, os "populares" quando questionados sobre o dito monumento sentem-se "envergonhados", "escandalizados", achando mesmo que se trata de "dinheiro mal gasto".

O candidato laranja

Fernando Negrão será o candidato do PSD à autarquia setubalina. Na mesma corrida estarão o actual edil eleito pela CDU, Carlos Sousa, e o candidato do PS, Catarino Costa.
Sobre este último, já se sabe que pretende notabilizar-se gastando o mais possível em obras públicas que lhe deixem notoriedade histórica.
Carlos Sousa tem gerido um uma edilidade sem um tostão, não tendo conseguido empreender o que teria planeado, quando a fama o catapultou do alto de Palmela para a praça de Bocage.
Não é ainda conhecido o candidato do BE. Dados os resultados das legislativas, terá algum interesse saber se o Bloco consegue apresentar nomes nas listas à autarquia e às juntas de freguesia capazes de transpor para o nível local os votos que conseguiu no distrito.

O juiz Fernando Negrão pode bem ser um nome com crédito suficiente em Setúbal para cativar o voto do "centrão" autárquico. A este nível eleitoral, as pessoas podem contar mais que os partidos.

Sem comentários

Ashley

Can I help you scratch, miss...?

Uma Campanha Muito Profana

É o caso do clube de fãs do Cardeal Ratzinger, com a venda de bonés e camisolas com a inscrição Papist, como cita hoje o jornal diário Público.
São os ventos da secularização a assolar um dos sectores mais conservadores do espectro católico.

D. Hugo Quixote Chavez de la Mancha

"Venezuelan President Hugo Chavez urged everyone to read Miguel de Cervantes' Spanish classic.
He called on everyone to "feed ourselves once again with that spirit of a fighter who went out to undo injustices and fix the world".
"To some extent, we are followers of Quixote," he told viewers of his Hello President TV show.
The Venezuelan edition contains a prologue written by Portuguese Nobel literature laureate Jose Saramago. " via BBC.

Nada surpreendente. O novo grande defensor dos oprimidos iguala-se ao tresloucado aristocrata D. Quixote. Só que as suas acções não são só perigosas para si nem só a si entusiasmam, como acontecia ao dito fidalgo nos seus ataques ao gigantes disfarçados de moinhos. Hugo Chavez está a influenciar um país e mesmo um continente de desprovidos, prontos a acreditar nas suas loucuras, inconscientes dos danos que daí podem decorrer.

Melissa

Bruxinha...

Os Nórdicos

Bem, os nórdicos aí estão a cumprir o papel dos antigos estados comunistas.
Para suprir o sentimento de orfandade de alguns liberais...

A Visão de Catarino

Catarino Costa, candidato socialista à Câmara de Setúbal, aposta na obra de encher o olho, sem utilidade e critério urbanístico, como tem sido, desgraçadamente, a sina desta cidade nos últimos dois decénios. É o discurso do betão é quem mais ordena em todo o seu esplendor.
Se vencer, não hesitará em gastar o que tem e o que não tem. Tudo em nome da “obra feita”.
Só nos resta esperar que a onda rosa tenha esmorecido na costa das legislativas.

O que pode vir aí

O provável candidato do PS à câmara setubalina, Catarino Costa, acha que a edilidade tem gasto pouco (ele chama-lhe investimento) em obras e que o conselho está "cada vez mais para trás no ranking dos concelhos do país".

Se a onda rosa que assolou o país se mantiver, este poderá ser o próximo edil de Setúbal. Para mim fica claro que é um adepto fervoroso, e praticante dedicado, da arte de malbaratar o dinheiro dos impostos. O cobrado pelos actuais e os futuros, necessários a suportar o déficite gerado pelas suas decisões de gastos.

Pobres nórdicos

À atenção do meu amigo Luís Marvão, excelso lateral esquerdo da equipa do Office, fica esta posta no Insurgente.
Porque as aparências iludem e nem sempre uma mentira repetida muitas vezes se torna uma realidade, uma verdade.

A Limitação dos Mandatos

Parece que, finalmente, vem aí a lei da limitação dos mandatos dos titulares de cargos políticos executivos, que constitui uma lufada de ar fresco para a nossa Democracia.
É o tempo da extinção dos dinossauros, nem mesmo a pérola do Atlântico escapará a esta vaga.
Um pouco mais a sério, é na esfera do poder local que os efeitos desta lei vão ser mais sentidos. Aqui, o poder é perene, são conhecidos os exemplos de políticos há muito em funções executivas em câmaras municipais e juntas de freguesias, cultivando uma relação paternalista com o eleitorado. As teias de interesses e dependências que se vão tecendo reduzem a alternância democrática à sua expressão mínima; a cidadania é castrada.
A renovação deste corpo dirigente é, pois, bem-vinda e, esperemos, com reflexos positivos na relação entre eleitor e eleito.

A Direita Americana Contra o Mundo Académico

Republicanos e conservadores constituem uma pequena minoria nos meios académicos, segundo estudos recentemente publicados.
Trata-se de um facto que muito preocupa o governo americano, que se prepara para propor legislação (Academic Freedom Laws) para combater a hegemonia liberal (no sentido que este termo assume no imaginário político americano) e os “nichos totalitários”.
Por que razão a direita republicana tem tão pouca expressão no meio universitário ?
O colunista do New York Times, Paul Krugman, dá a resposta :

"Scientific American may think that evolution is supported by mountains of evidence, but President Bush declares that "the jury is still out." Senator James Inhofe dismisses the vast body of research supporting the scientific consensus on climate change as a "gigantic hoax." And conservative pundits like George Will write approvingly about Michael Crichton's anti-environmentalist fantasies.
Think of the message this sends: today's Republican Party - increasingly dominated by people who believe truth should be determined by revelation, not research - doesn't respect science, or scholarship in general. It shouldn't be surprising that scholars have returned the favor by losing respect for the Republican Party."

Sarah

Nem só de vampiros vive uma rapariga.

Vai tu!

"Será por mim recebido com honras de cróia quem, blaterando miúdas justezas em torrentes de aprazimento auto induzido, pretender reconfortar o omaso por conta da vara condoída com tamanha faculdade no amarfanhar do dicionário. "

Blaterando miúdas e o camandro... reconfortar o não sei quê... vara condoída e tal... e mais não sei quantos...
Depois admira-te se receberes certos e determinados tipos de mails.

Happy birthday, Vit!

O "Vitriolica Webb's Ite", blog da Miss Vit (e da Madge e da Violet), celebra hoje o seu primeiro aniversário.
Esta mui simpática e sempre bem humorada brito-azeitonense tem ilustrado a blogosfera com os traços de um Portugal que por vezes nem reparamos que existe nem nos lembramos de questionar.
É, sem dúvida, um dos melhores blogs portugueses e minha visita diária.

Finalmente visto

No final, fiquei-me a perguntar como nos redimimos de tudo o que fazemos para nos redimir.

O som no Office

Chrominance Decoder - April March

Que merveille!

Unanimismo

Sem fazer mais juízos de valor sobre o senhor em causa, pergunto se só quem tiver opiniões endeusatórias do papel da ONU, das suas agências, cante louvas à eficiente e eficaz aplicação das suas resoluções, está qualificado para ser embaixador na mesma?

Esta promoção do unanimismo, é com satisfação desempenhado pelos meios de comunicação social. Estes estão sempre dispostos a lutar pelo politicamente asséptico.
Será que já nos esquecemos do processo de audições de Rocco Buttiglione para a comissão europeia? Disse ele posteriormente:
"A Europa enfrenta uma batalha ideológica contra aqueles que querem impor uma nova ortodoxia: um relativismo moderno onde não existem verdades. Este relativismo está a ser imposto a todos. E depois existem aqueles - como eu - que acreditam que no liberalismo, que argumentam que as pessoas têm o direito a defender as suas próprias opiniões, a sua própria verdade, esse velho conceito de Voltaire. Mas "eles" recusam isso."

John Bolton

Eis um retrato nada abonatório do próximo embaixador dos EUA na ONU, John Bolton :

Whatever the explanation, the hearing held by the Senate Foreign Relations Committee only added reasons for denying the job to Mr. Bolton. It turned up a third incident (we already knew of two) in which Mr. Bolton tried to have an intelligence analyst punished for stopping him from making false claims about a weapons program in another nation, notably Cuba. Trying to tailor intelligence is enough to disqualify Mr. Bolton from this job. But the hearings also provided a detailed indictment of his views on the U.N., multilateral diplomacy and treaties.
Mr. Bolton tried, but failed, to explain away his long public record of attacking the United Nations. Senator Barbara Boxer dealt rather neatly with Mr. Bolton's lamentation that he was being misquoted by playing a videotape of a 1994 speech in which he said: "There is no United Nations. There is an international community that occasionally can be led by the only real power left in the world - that's the United States - when it suits our interests and when we can get others to go along."

Claire

"Claire. If ever a moment so rare
was captured for all to compare."

Partilha conjugal

Entre o restante dote conjugal que entretanto chegou ao lar comum, vinha este album (versão lusa). Só este.
Só não chorei porque não calhou...

Competitividade

Na lista das nações mais competitivas do planeta, a Suécia surge na segunda posição, logo atrás da Finlândia, não obstante as previsões catastrofistas dos nossos amigos liberais. Portugal aparece na vigésima quarta posição.

O som no Office

Depois da escolha de ontem, impunha-se algo mais "smooth". Fica bem para uma tarde calma na repartição. Vai ficar melhor naquela varanda, a ver o mar da Zambujeira.

These Charming Men

O Pedro Mexia volta aos Smiths (pergunta para o congresso: alguém, alguma vez, sai dos Smiths?), com as opiniões de alguns escritores sobre a melhor banda de sempre.

Parabéns!

O Acidental completou o seu primeiro aniversário.
A todos os seus escribas ficam também os meus agradecimentos, enquanto leitor, por algumas das melhores postas da blogosfera.

O dia da maioridade

Ainda ontem era uma menina...

Um Curdo Na Presidência

O curdo Jalal Talabani é o novo presidente do Iraque.
Sabemos que os curdos são os melhores amigos dos americanos no Iraque e que saíram reforçados das eleições, marcadas pelo voto étnico.
O tempo histórico parece-lhes favorável, desfrutam de uma autonomia política sem paralelo nos países vizinhos, onde a clandestinidade é a condição do povo curdo.
Permanecem por resolver problemas espinhosos, como o das imensas jazidas de petróleo nas terras de maioria curda e o modo da sua repartição pelas outras regiões e comunidades do Iraque.
E o sonho da independência ainda ilumina o horizonte.

Congresso

Num fim-de-semana radioso, o congresso do PSD elegeu Marques Mendes para presidente.
Líder a prazo ou futuro primeiro-ministro é coisa que não sabemos, na volatilidade do quadro político em que vivemos.
Talvez tenha sido o congresso do PSD menos mediático de sempre.

Um daqueles dias, na repartição

The Best of Nick Cave & the Bad Seeds

Nunca fui fanático do Nick, embora lhe encontre grandes canções e lhe reconheça o talento. Por isso este disco é necessário mas também suficiente. Já sei, já sei... Podem começar os apedrejamentos. Eu hoje estou por tudo.

Patricia

Quem foi mau para si, quem foi?
Pronto...Já passou...

Ir ou não ir?

"New Order em Lisboa a 28 de Maio"

Ouvi no rádio do carro e fiquei todo contentinho. Mas estas coisas têm sempre um "mas".
Não é que se eu quiser ouver estes veneráveis senhores, terei de comprar bilhete também para os The Hives, Moby, Turbonegro e Black Eyed Peas?
Como diz uma amiga: "Belheque!"

Um gajo agasta-se; então não se agasta?

Em atraso

Eu sei que estou um pouco atrasado. Para aí uns 20 anos.
Porque é que nesta edição, os advérbios de modo, são acentuados?

Espécie em vias de não extinção

Em declarações ao Região de Setúbal Online, a nova governadora civil de Setúbal comenta a possibilidade de extinção desse órgão:
"Enquanto durar a legislatura do Partido Socialista, isso não acontecerá, pois é uma medida que não está nos planos deste Governo."

É pena.

Um Erro

Parece-me a revogação da lei dos manuais escolares, que poderia aliviar os orçamentos das famílias.
A ideia da reutilização dos manuais era, em princípio, boa, evitaria muito desperdício no sistema de educação.
Continuamos, pois, reféns das editoras.

O Não dos Franceses

Os franceses preparam-se para rejeitar, em referendo próximo, a Constituição Europeia. É pelo menos o que dizem as principais sondagens, que revelam a progressão do “não”.
Combinam-se sentimentos nacionalistas e fundadas preocupações, pelo rumo de uma União Europeia cada vez mais tecnocrática e distante dos cidadãos, na rejeição do tratado constitucional.
Pela minha parte, comungo da apreensão dos que vêem esta Europa burocratizar-se numa teia opaca. Somos, de facto, cada vez mais alvo de herméticas directivas promulgadas por personagens não eleitas, mas sim nomeadas. É um fosso que se aprofunda entre cidadãos e eurocratas. Por oposição, e com todos os seus defeitos, o Estado-nação é ainda a maior garante da Democracia.
Não me sinto afastado da ideia de uma Europa unida, com instituições políticas e mecanismos democráticos, que é a melhor garantia que temos para uma sociedade mais justa e inclusiva neste mundo globalizado. Mas não me parece que estejamos a trilhar esse caminho quando imperam as instâncias burocráticas.

Liv

Calma... Não desfaleçam já...

O Amor É Lão Lindo! - Especial

Ao assinalar o ínicio da minha colaboração com o Insurgente, insta-me o Acidental Rodrigo, cujo bom-humor melhora substancialmente a blogosfera, a transferir para a nova colaboração a série de posts sobre música que coloquei no Office ("O Amor É Lão Lindo!"). O Rodrigo, que lamentavelmente é benfiquista, dá mesmo uma sugestão.
Num sinal de que o Office tem identidade própria e vai continuar, a sugestão do Rodrigo fica neste "web log", e é a ele dedicada. E a quem ele a quiser dedicar.
Este deve ser o post mais abichanado que já escrevi (e antes que me chateiem, não sou homofóbico nem homossexual).


Welcome to the Pleasuredome - Frankie Goes to Hollywood

Alternativa?

Via Setubalense:
«No dia em que a extensão do serviço ferroviário da Fertagus que liga Setúbal a Lisboa assinala seis meses de existência, o balanço que a empresa faz é positivo.Diariamente 75 mil pessoas escolhem este transporte para se deslocarem.(...) se tem vindo a registar "a expectativa de alguns clientes no sentido do reforço da oferta no trajecto Coina-Setúbal" sendo que o mesmo "dependerá sempre do nível de procura existente" mas, até ao momento, "não existem condições para proceder a quaisquer alterações de oferta".»

A frequência de comboios entre Setúbal e Lisboa não me parece suficiente para que seja uma alternativa viável ao transporte em autocarro. O tempo de viagem é semelhante e a frequência é maior, no caso do último.
Não devemos esquecer que a Fertagus é subsidiada pelos contribuintes, recebendo até 2010 cerca de 57,6 milhões de euros, como compensação da redução do período de concessão, sendo que investiu 161,7 milhões de Euros. Se considerarmos que o preço de cada viagem Setúbal-Entrecampos é de 3.9 euros, temos que o subsídio assegura à Fertagus o equivalente a 14.535.462 viagens.

O Som no Office

La Revancha del Tango - Gotan Project

Voltei a ouvir este disco. Lembro-me que me apaixonei, de imediato, por estes tangos electrónicos, da primeira vez que os ouvi na Voxx.

Exercendo o contraditório

Caro Marvão, nos últimos 15 anos vimos aparecer democracias parlamentares em regimes onde havia "um aparelho repressivo contrário ao florescimento de tais liberdades." Em muitos, não foi um processo de regeneração do "status quo" do regime instalado, mas sim de revolta da população, consciente de que os seus direitos iam mais além dos permitidos por esses "aparelhos". Não será (ainda?) o caso de Cuba, mas na China, Tianamen foi um exemplo de revolta de quem luta colectivamente pelos seus direitos individuais. Em Cuba, as tentativas de organização de movimentos pelas liberdades individuais têm sido violentamente reprimidas, embora o novo governo espanhol e por arrasto a UE, achem que podem levar o velho ditador a amaciar as sua práticas.
A abertura ao investimento estrangeiro, trará práticas laborais mais "progressistas" (gostaste desta?) ao mercado laboral chinês, mais de acordo com as práticas dessas empresas nos mercados de origem ou noutros onde operem.

Os Trabalhadores Chineses

Ainda sobre a abertura dos mercados aos têxteis da China , nunca referi que os trabalhadores chineses “eram menos sensíveis à liberdade de expressão e de associação”. Disse apenas haver um aparelho repressivo contrário ao florescimento de tais liberdades.
A deslocalização de empresas europeias, por si só, dificilmente induzirá novos comportamentos laborais, pois dá-se num quadro coercivo e faz recurso ao emaranhado da subcontratação. Com isto não quero dizer que não emergirão acções reivindicativas da população laboral, em resultado das desigualdades (por exemplo, salariais e regionais) suscitadas pelo desenvolvimento capitalista. Aliás, já há notícias de greves na china. Mas, é bom lembrar, estas lutas têm lugar no quadro de um regime não democrático, com os constrangimentos que daí decorrem para os trabalhadores e as suas organizações, longe do contexto de liberdades cívicas existentes na Europa. E isso faz toda a diferença.

Acasos

Desde ontem que há mais um palrador a viver lá em casa.
Quando a ilustríssima doutora lá de casa chegou ao seu escritório, encontrou uma pequenina bola de penas azuladas, ferida e assustada, recolhida a um canto do quintal. Lá o conseguiu apanhar. Depois de me telefonar a contar que passaríamos a ter mais um hóspede, levou-o para casa e montou-lhe habitação própria.
Que acaso terá levado o bicho, fugido sabe-se lá donde e sem grande experiência de vôo, sobrevivendo aos gatos vadios que abundam naquela zona, ao encontro da sua protectora? Agora lá está, espaçosamente engaiolado é certo, mas com todas as atenções que a digníssima doutora costuma dispensar aos seus "pets".

Virginia

Olhos verdes não são traição.
Não são, pois não Virginia?

Colaboração no Insurgente

O convite que recebi para colaborar no Insurgente era irrecusável.

Vou continuar a escrever no Office Lounging, porque haverá escritas mais pessoais que aqui terão abrigo mais adequado.
Além do mais, o exercício do contraditório com o Luís Marvão é para continuar. Para já, ele prometeu-me mais motivos para discordar dele. Ou seja, vai passar a escrever mais. Pelo menos assim espero.
A todos os que por aqui passam, obrigado. Espero que continuem a visitar-nos e a deixar os vossos comentários.

A China e a liberdade de Comércio

Sobre as cláusulas de segurança para a indústria têxtil, assolada pela competitividade chinesa, nunca se fala da desigualdade de direitos. Com efeito, na China o custo do factor trabalho é mais baixo do que na Europa, em geral, e do que em Portugal, em Particular, também por força de um poderoso quadro coercivo, onde se inclui, entre outra coisas, a proibição do direito à greve. Ao invés, na Europa a livre negociação ou, se quisermos, o conflito regulado entre trabalhadores e empresários faz parte do corpo de valores centrais da sociedade.
Em suma, a concorrência, erigida em pura abstracção, ilude a realidade dos direitos sociais. É o livre-cambismo cego às condições de vida e aos direitos humanos, que não hesita em pôr no mesmo plano prisioneiros de um qualquer cárcere chinês e trabalhadores assalariados da indústria europeia. Lógica avessa a todo o humanismo, não hesitou, no passado, em impor-se através da política da canhoeira, de que a guerra do ópio é triste exemplo, embora hoje prefira os canais da legitimação tecnocrática.

O Som no Office

The B-52's

Uma das maravilhas que a tecnologia pôs à disposição dos "nerds", foram os toques polifónicos nos telemóveis. Cada vez que alguém me telefona, o "Rock Lobster" ouve-se bem alto.
Se este disco não vos der vontade de dançar, não sei o que vos fará abanar o esqueleto!
Vá lá, "dance this mess around"!

Sideways

Também fui ver o Sideways, filme marcado pelo cheiro e sabor a vinho, deliciosa comédia romântica, em que o desencanto não ofusca a esperança.
O final é ambíguo e inteligente, o écrãn fecha-se quando o protagonista vai ao encontro da mulher que conheceu na viagem californiana; sublinha-se o importante, a procura que nos liga à vida.
É um registo americano, no bom sentido da palavra, é claro.

Proteccionismo na UE

Espero que também nesta área, o nosso governo siga o exemplo que vem dos nórdicos. Neste caso, da Suécia. No entanto, temo que a vontade de proteger esta indústria, um dos eternos "campeões nacionais", leve Sócrates a apoiar a implementação das cláusulas de salvaguarda.
Via FT:
«The European Union's response to higher Chinese textile exports shows "a growing and worrying protectionist trend" which could eventually undermine the EU's economic competitiveness, Sweden's trade minister has warned.
Highlighting a growing divide within the 25-nation bloc over the benefits of trade liberalisation, Thomas Ostros told the FT: "There is an increase in protectionist ideas which I feel is very troublesome, not least in the light of the Lisbon strategy (to turn the EU into the world's most competitive economy.) In the long run, it will mean less economic growth and fewer jobs if we use that type of strategy."
The warning comes as the European Commission is expected to adopt guidelines on Wednesday on how to apply so-called safeguard measures on Chinese clothing imports. (...)
The row over Chinese clothing imports follows the worldwide lifting of textile quotas on January 1. A Brussels official said the 25-nation EU was now "profoundly and almost equally split" between countries advocating curbs and those, such as the UK and Sweden, warning that such measures would send a damaging signal about the EU's commitment to free trade.
"We have had a 10-year period to prepare ourselves for free trade in textiles and we should have used that period for preparation," said Mr Ostros. "It is not a sustainable strategy to shelter ourselves now from imports." »

Sigilo bancário

Via Deutsche Welle:
"A Alemanha restringiu o sigilo bancário. Uma nova lei criada para dificultar sonegação de imposto gera insatisfação entre bancos e clientes e ocasiona maior evasão de capitais.(...)
Além do Fisco, outros órgãos públicos dos âmbitos social, trabalhista e financeiro também têm o poder de pesquisar dados bancários. Para fazer uma consulta, no entanto, as autoridades têm que alegar motivo e objetivo concretos. Esta determinação impede consultas em massa e outras arbitrariedades na aplicação da lei. O cliente, no entanto, só fica sabendo da consulta depois que ela foi feita.(...)
Os bancos austríacos estão tirando proveito da nova lei alemã. "No momento, estamos registrando um forte interesse por parte de investidores alemães", declarou Hans Schinwald, membro da diretoria do consórcio bancário Raiffeisen, de Salzburg, ao Financial Times Deutschland. "O fato de o cliente de banco ter se tornado transparente na Alemanha desde 1º de abril oferece chances enormes aos bancos austríacos."
Na Áustria, o sigilo bancário é protegido pela Constituição. Os órgãos públicos só são autorizados a fazer consultas bancárias se um processo penal já tiver sido aberto. Pedidos de consulta vindos de outros países têm que ser anteriormente encaminhados a uma central jurídica. "

Obrigado

Queria agradecer ao Sr. 68.142.249.# por ter sido o dez milésimos visitante aqui da repartição.
Se se apresentar no guichet de atendimento ao público, trazendo consigo documento passado pelo seu ISP, comprovativo da sua identidade, poderá reclamar o brinde-mistério a que tem direito.

Para que não sofra na expectativa do que será, digo-lhe já que é uma linguiça e um pão lá de Odemira.

Bombástico!

Parabéns à Charlotte pelos dois anos da Bomba Inteligente.

Finalmente

"A portaria 362/2005, que altera o regulamento de construção e exploração de postos de combustíveis, considerado "excessivamente" restritivo pelo anterior Governo, vai permitir a implantação de postos de abastecimento em áreas sensíveis, como hipermercados, mediante parecer do Serviço Nacional de Bombeiros e Protecção Civil." via Público

Agora, abriguem-se, porque o Sr. António Saleiro (líder da ANAREC) vai começar a disparar em todas as direcções. Ou será que o facto de a portaria, que corrige um entrave legislativo à liberalização da venda de combustíveis, ter sido publicada já durante o governo PS, lhe vai acalmar os ânimos? Dada a sua história recente com o partido, duvido.

Visto

Já tinha gostado muito de "As Confissões de Schmidt", da forma como a história de recomposição de uma vida foi contada.
Este "Sideways" agradou-me ainda mais. A maneira como é sofrida a solidão de quem não teve sorte de mostrar o quanto pode amar e de como as hipóteses de encontrarmos quem potencie as nossas qualidades são poucas e podem aparecer uma única vez na vida, é-nos contada através do vinho, do seu trajecto desde a uva - cada casta com as suas particularidades - dos cuidados que lhe são dados para que possa atingir todo o seu potencial.
Excelentes interpretações.

O tempo e a Morte

A semana foi marcada pelo Papa, os comentários em tom marcadamente póstumo, antecipando a sua morte.
O tempo da comunicação social já nem pelo acontecimento se rege. É assim que quando veio a notícia da morte do Papa João Paulo II, já nada havia a dizer, porque tudo já tinha sido dito.
E como seria de esperar, o panegírico encheu os écrans das televisões horas a fio. Desfilaram a defesa da vida, o ecumenismo, a abertura às outras confissões religiosa e, em jeito de apêndice, a libertação dos povos da cortina de ferro.

O Som no Office

Complete Paris Sessions, Vol. 3 - Clifford Brown
Porque é que tantos bons morrem novos?

Um seu servidor

Esta agora...!
Então e agradece-me porquê?
A menina Pearls é que faz a fineza de obsequiar este pobre manga de alpaca com a sua simpatia; eu é que agradeço!

Problemas vínicolas

Os produtores de vinho do Porto estão preocupados com o futuro. Mais uma indústria que sente os custos salariais a subir. Será que se pode deslocalizar a sua produção?
Via Reuters:
«With the drop in sherry sales in recent years a warning of what can happen to a niche market wine, port makers confess to some worries about the centuries-old trade. (...)
The growing role of supermarkets in key markets such as France, Belgium, Portugal and the Netherlands have squeezed margins for cheaper ports that rely on volume for profit, industry executives said. (...)
Labour costs have more than doubled in the last five years as wages began to rise to European levels, Symington said [Paul Symington is a managing director at family-run Symington, the biggest port wine group]. "When Portugal was more of a Third World country, it (wages) was not an undue problem. But now, it (Portugal) is not," he said. Mechanization is hard in the uneven terrain. Growers are turning to immigrant labor as native workers seek jobs elsewhere.(...)
The industry also is worrying about being flooded by 20 million liters of port, equivalent to about four Olympic-sized swimming pools, held by the cash-strapped Casa de Douro.
The one-time regulator and union, restructured in February as a registrar for the 30,000 grape growers, wants to sell the wine to help clear its 68 million euros of debt. Port houses fear sales could leave the market awash for years.»

Ganhámos!

Finalmente o Vitória conseguiu vencer, para contentamento do Bonfim.
Tenho que saudar o regresso do capitão Hélio à equipa. O centro para o terceiro golo veio dos seus pés.

A ler

O João Noronha escreve no Insurgente sobre como são parciais os pressupostos das reacções públicas dos "grandes e poderosos deste mundo" ao falecimento de João Paulo II.

300.000 mortos depois

Via Economist:
"IT WAS an “historic first for international law”, according to Citizens for Global Solutions. Other leading human-rights bodies concurred that the United Nations Security Council’s vote, on Thursday March 31st, to refer 51 suspected war criminals in Sudan’s Darfur region to the International Criminal Court (ICC) was an historic step. (...)
America has called the attacks on black Darfuris “genocide”, though a UN report in January stopped short of describing it thus.(...)
Few observers imagine that peace can be achieved without a much larger and more robust foreign military intervention.(...)Currently, there are only 2,000 African Union (AU) peacekeepers there, lacking the resources to face down the janjaweed. After the mass slaughter in Bosnia and Rwanda in the 1990s, the world said “never again”. Yet the world has stood by while genocide, or something like it, has been perpetrated in Darfur. America, with its reluctance to back the ICC, is not the only culprit: China has blocked effective sanctions, fearing the consequences for itself if precedents are set for tough UN action against human-rights abuses."

Liderar ou não liderar?

Tenho lido com interesse os textos no Lusitano e no Desesperada Esperança, sobre António Borges, os seus projectos políticos e a suas indecisões sobre assumir-se ou não como candidato a liderar o PSD. Gostaria de acrescentar um comentário.
Nos passados meses e em tempos mais recentes, António Borges tem concedido várias entrevistas onde explana as suas ideias para o país, mas sempre num tom de não compromisso próprio com a sua aplicação. Estas entrevistas têm criado um clima de expectativa tal que se pode dizer que se espera que uma expectativa repetida muitas vezes torna-se-á uma realidade. Nota-se na entrevista de hoje ao Público que o discurso é mais virado para o interior do partido, para como este se deve preparar e quais a ideias que deverão nortear o projecto a apresentar aos portugueses.
A abstração física de todas as ideias, conceitos ou programas políticos precisa de homens que as materializem. Como homens que são, certamente terão dúvidas e por vezes cometerão erros, embora num passado recente tenha havido quem se autorgasse uma aura imune a estas humanidades. O papel de salvador do PSD tem sido empurrado para Borges e é demonstrativo da necessidade que as organizações têm de se rever em líderes credíveis (na personalidade e nas capacidades de trabalho), sob pena das ideias que as juntam não terem o catalizador que as demonstre aplicáveis e as execute. A cada entrevista que passa, inclusive pelos nomes que se juntam à sua volta, Borges parece indicar estar a estudar o papel com cada vez mais vontade de o interpretar.

O Som no Office

aaaFreak In - Dave Douglas
Agarrem-se bem. E depois levantem vôo. Para todo o lado.